Em agosto, IPCA-15 foi de 0,08%
Ainda em Habitação, o resultado do item gás encanado (0,20%) reflete o reajuste de 0,99% nas tarifas no Rio de Janeiro (0,41%), a partir de 1º de agosto. Já o resultado da taxa de água e esgoto (1,01%) é consequência da apropriação dos seguintes reajustes: Recife (0,42%) com reajuste médio de 6,70%, vigente desde 12 de agosto; Belo Horizonte (3,55%) com reajuste de 8,73%, a partir de 1º de agosto; Goiânia (3,39%) com reajuste de 5,79%, a partir de 1º de julho; e Porto Alegre (2,19%) – reajuste de 7,69% nas tarifas de uma das concessionárias, a partir de 1º de julho.
Além disso, em Fortaleza (2,56%), houve redução, no dia 2 de julho, de 15,86% para 4,31%, do reajuste concedido inicialmente em fevereiro. No entanto, a partir do dia 9 de julho, a redução foi cancelada e o reajuste de 15,86% voltou a vigorar.
Cabe destacar também o resultado do item gás de botijão (-0,42%), após a redução de 8,17% no preço do botijão de gás, nas refinarias, a partir de 5 de agosto.
Após a ligeira alta de 0,03% em julho, o grupo Alimentação e bebidas apresentou queda de 0,17% em agosto, especialmente em função do comportamento da alimentação no domicílio (-0,45%). A principal contribuição negativa no grupo veio do tomate (-14,79%), com -0,05 p.p. Adicionalmente, a batata-inglesa (-15,09%), as hortaliças e verduras (-6,26%) e o feijão-carioca (-5,61%) também registraram queda em agosto. No lado das altas, o destaque ficou com as frutas e com a cebola que subiram 2,87% e 15,21%, respectivamente.
Em Saúde e cuidados pessoais (-0,32%), a queda observada no IPCA-15 de agosto decorre especialmente de dois fatores. A desaceleração do item plano de saúde (0,03%) reflete a apropriação da fração mensal do reajuste de 7,35% autorizado, em 23 de julho, pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) com vigência retroativa a maio, a ser aplicado nos planos individuais novos – aqueles com contratos vigentes a partir de 1999. O resultado é a fração mensal do reajuste, descontando a variação apropriada nos meses de maio, junho e julho. Além disso, o item higiene pessoal (-1,83%) apresentou queda pela primeira vez neste ano, após 7 meses consecutivos de alta, e contribuiu com -0,05 p.p. no índice do mês.
Entre os índices regionais, seis das 11 regiões pesquisadas apresentaram deflação de julho para agosto, conforme mostra a tabela a seguir. O menor resultado foi registrado no município de Goiânia (-0,29%), em função da queda observada nos preços da gasolina (-5,63%). Já o maior índice ficou com a região metropolitana de São Paulo (0,31%), influenciado pela alta de 7,51% no item energia elétrica.
Região | Peso Regional (%) | Variação Mensal (%) | Variação Acumulada (%) | ||
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Julho | Agosto | Ano | 12 meses | ||
São Paulo | 31,68 | -0,06 | 0,31 | 2,68 | 3,41 |
Porto Alegre | 8,40 | 0,06 | 0,29 | 2,68 | 3,73 |
Belo Horizonte | 11,23 | 0,20 | 0,14 | 2,69 | 3,21 |
Curitiba | 7,79 | 0,18 | 0,01 | 1,78 | 2,69 |
Recife | 5,05 | 0,10 | 0,00 | 2,72 | 2,91 |
Salvador | 7,35 | 0,13 | -0,13 | 2,61 | 2,77 |
Rio de Janeiro | 12,46 | 0,26 | -0,13 | 2,41 | 3,02 |
Brasília | 3,46 | 0,22 | -0,17 | 1,84 | 2,82 |
Fortaleza | 3,49 | 0,21 | -0,19 | 3,35 | 4,09 |
Belém | 4,65 | 0,25 | -0,27 | 2,71 | 3,83 |
Goiânia | 4,44 | -0,19 | -0,29 | 1,37 | 2,73 |
Brasil | 100,00 | 0,09 | 0,08 | 2,51 | 3,22 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços, Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor. |