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Candidato à Presidência Jair Bolsonaro é esfaqueado em Juiz de Fora

O candidato à presidência da República Jair Bolsonaro foi atacado com uma faca durante um ato de campanha, em Juiz de Fora (MG), nesta tarde (6). A assessoria da Polícia Militar de Minas Gerais confirmou que o candidato foi retirado do local por populares e levado para atendimento em Hospital Santa Casa em Juiz de Fora. Uma pessoa foi detida.

Por volta das 21h, a equipe médica responsável pelo caso informou que Bolsonaro teve a hemorragia estancada e passou por cirurgia no intestino. Um boletim afirmou que houve a necessidade de realizar uma colostomia. Em até dois meses, ele provavelmente terá de ser operado novamente.

Bolsonaro sofre atentado a faca

Creative Commons – CC BY 3.0 – Candidato fazia ato de campanha quando foi atacado. Foto: Reprodução / Redes sociais

Pelo Twitter, o filho de Jair Bolsonaro, Flávio Bolsonaro, afirmou que o episódio “infelizmente foi mais grave do que esperávamos”. Ele disse que a perfuração atingiu parte do fígado, do pulmão e da alça do intestino do presidenciável. O candidato passou por procedimento com uma equipe de 10 médicos na Santa Casa de Juiz de Fora (MG).

PF instaura inquérito

A Polícia Federal vai apurar o ataque contra Jair Bolsonaro. Em nota, a PF confirmou que o homem suspeito de ter esfaqueado o candidato, Adélio Bispo de Oliveira, de 40 anos, foi detido por populares e seguranças e conduzido por policiais federais para a Delegacia da Polícia Federal em Juiz de Fora (MG), onde está prestando depoimento. Antes de ser retirado do local, o suspeito chegou a apanhar de pessoas que acompanhavam o evento.

Temer: “atentado contra Bolsonaro é exemplo de intolerância em campanha”

O presidente Michel Temer se manifestou a respeito do atentado contra o candidato do PSL após Bolsonaro levar uma facada na tarde desta quinta-feira (6). Para Temer, o episódio serve de exemplo para aqueles que pregam a intolerância em suas campanhas.

“Se Deus quiser, o candidato Bolsonaro passará bem. Tenho certeza que não haverá nada mais grave, esperamos. Mas que sirva de exemplo para que as pessoas que hoje estão fazendo campanha percebam que a tolerância é uma derivação da própria democracia”, disse Temer em evento realizado na tarde de hoje (6), no Palácio do Planalto.

No início da noite, o presidente conversou com o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, pediu reforço na segurança dos candidatos à presidência.

Demais candidatos à presidência da República também manifestaram repúdio à violência. A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Rosa Weber, e presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, também divulgaram comunicados em que demonstram preocupação com a violência durante as eleições e pedem celeridade nas investigações.

Suspeito detido

Suspeito de atacar o candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro, durante um ato de campanha em Juiz de Fora (MG), Adelio Bispo de Oliveira, de 40 anos, já tinha sido acusado pelo crime de lesão corporal, segundo a Polícia Militar de Minas Gerais (MG). O boletim de ocorrência em que Oliveira é acusado de atentar contra a integridade física de outras pessoas é de 2013. Leia mais na Agência Brasil.

Adélio Bispo - suspeito de ataque a Bolsonaro

Creative Commons – CC BY 3.0Adélio Bispo – suspeito de ataque a Bolsonaro. Foto: Divulgação/Assessoria de Comunicação Organizacional do 2° BPM

Agressão ao candidato “era prevista por pessoas mais próximas”, afirma filho

O deputado estadual Flávio Bolsonaro (RJ), filho mais velho de Jair Bolsonaro, disse que o risco de o pai sofrer agressão “era prevista por pessoas mais próximas” e avaliou que pode ser resultado do que o candidato defende na campanha. “Quem ainda não percebeu contra o que a gente está lutando acho que hoje foi mais uma prova. A gente sempre sabia que isso podia acontecer. A gente tem se prevenido e tem evitado muita coisa, mas quando acontece como aconteceu hoje é que a ficha cai”, afirmou.