Economia

Ação da Via Varejo tem nova alta e salta 14% em 2 pregões; B2W vira para queda e Marfrig sobe 3%

SÃO PAULO – O Ibovespa fechou a sessão desta terça-feira (14), com destaque mais uma vez para as ações de varejistas e de frigoríficos.

Os papéis da Via Varejo (VVAR3) tiveram nova sessão de alta após dispararem na véspera. Em duas sessões, os papéis subiram 14,10%. Vale destacar que os ativos registraram o terceiro maior ganho do Ibovespa em 2019, com os investidores confiantes na recuperação da varejista. Na véspera, a companhia arquivou junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) formulário que aponta que a diretoria da empresa comprou R$ 4,52 milhões em ações ordinárias em dezembro através de quatro operações. O material, contudo,  não especifica o comprador.

A Marfrig (MRFG3) também avançou, 2,81%, enquanto os ativos da Minerva (BEEF3) viraram para queda durante o pregão e fecharam em baixa de 0,76%, após a forte valorização de quase 9% na véspera para os ativos BEEF3. Elas receberam habilitação da Arábia Saudita para exportar carne bovina produzida no Uruguai. Ainda no noticiário de Marfrig, os papéis subiram até 3,8%, para R$ 11,47, maior nível intradiário desde 26 de novembro, depois que o Citi elevou sua recomendação de neutra para compra, aumentando o preço-alvo de R$ 11,50 para R$ 14.

Também em destaque, está a Qualicorp (QUAL3), que subiu 2,41% com a avaliação positiva do Bradesco BBI e após a companhia fechar venda de plano QSaúde para fundador da empresa. Já a B2W (BTOW3), que chegou a subir 3,66% após a varejista anunciar a compra dos Supermercados Now, virou para baixo e fechou em queda de 1,19%.

Os ativos da Vale (VALE3), em dia de ânimo com os dados da balança comercial chinesa mostrando avanço nas importações do gigante asiático, fecharam com ganhos de 0,61% após chegarem a subir 1,90% e ultrapassarem a cotação pré desastre de Brumadinho. As importações de minério de ferro subiram 11,7% em dezembro na base de comparação mensal.

. Confira os destaques:

Vale (VALE3)

As ações da Vale subiram até 1,9%, para R$ 56,35, maior nível intradiário desde 8 de novembro de 2018, e apagaram as perdas após o colapso da barragem em Brumadinho.

Em 24 de janeiro de 2019, um dia antes do desastre, as ações fecharam a R$ 56,15. Nesta sessão, os papéis são impulsionados pelos dados da balança comercial chinesa, que mostraram aumento de 11,7% da importação do minério de ferro em dezembro na comparação mensal.

Cemig (CMIG4

A Cemig informou na noite de ontem que concluiu a aquisição da participação da Eletrobras na Companhia de Transmissão Centro-Oeste de Minas Gerais S.A. (Centroeste). A Cemig pagou R$ 44,7 milhões na participação da Eletrobras, que detinha 49% do capital social da Centroeste. A Cemig informou no mesmo comunicado que a aquisição “não afeta o seu programa de desinvestimentos que está em curso” e que a compra da Centroeste foi uma ocasião pontual. Em outro comunicado enviado ontem à CVM, a Eletrobras confirmou a transação e o pagamento.

B2W (BTOW3)

A B2W Digital adquiriu a totalidade das ações do SuperNow Portal e Serviços de Internet, empresa que administra a plataforma Supermercado Now, que é focada no varejo alimentar via e-commerce. A companhia não informa o valor da transação no comunicado, assinado pelo diretor de Relações com Investidores, Fábio da Silva Abrate.

O Supermercado Now começou a operar em 2016. Através da plataforma, o cliente escolhe um supermercado e seleciona os produtos que quer comprar, com opções de entrega no endereço definido por ele em até duas horas ou em horário agendado. Há ainda a opção de retirada em loja. Hoje, o Supermercado Now tem parceria com 30 redes de supermercados, e de acordo com a B2W, os clientes têm alta recorrência, com usuários cadastrados há pelo menos um ano realizando 2,3 compras ao mês em média.

“O modelo de negócios, de comprovado sucesso em outros países, possui grande oportunidade de crescimento no Brasil e permitirá à B2W expandir sua presença na categoria de Supermercado, abrindo uma nova frente de crescimento”, afirma a varejista digital em comunicado.

Veja também: Compra do Supermercado Now aumenta escala da B2W, mas não eleva recomendações para as ações

Conforme destaca a XP Investimentos, o SupermercadoNow aumenta de maneira relevante a presença e a escala da B2W na categoria de alimentos, uma das mais complexas de serem operadas no canal online (menos de 1% das vendas da categoria são feitas via e-commerce versus 7% para o setor de varejo como um todo). “A B2W já vinha operando no segmento por meio de parcerias com algumas redes regionais, como a Zona Sul no Rio de Janeiro. Além disso, criam-se oportunidades relevantes de cross-sell, em função do perfil de alta recorrência da categoria”, avalia a equipe de análise.

Pão de Açúcar (PCAR4)

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