Vendas no varejo variam 0,1% em junho
O segmento de Móveis e eletrodomésticos (-6,5%) exerceu o impacto negativo mais intenso sobre a taxa do varejo de junho de 2019, após a alta de 5,8% em maio. Com isso, o acumulado no ano recuou (-1,1%). O acumulado nos últimos doze meses foi de -1,5% até maio para -2,0% em junho, acentuando o ritmo de queda e permanece em trajetória descendente desde abril de 2018 (9,6%).
O setor de Tecidos, vestuário e calçados recuou (-1,1%) em relação a junho de 2018, acumulando queda (-0,4%) no ano, contra igual período de 2018. No entanto, o acumulando nos últimos doze meses passou de -0,3% em maio para -0,1% em junho, mantendo a redução no ritmo de queda observada desde março de 2019 (-0,9%).
O volume de vendas de Outros artigos de uso pessoal e doméstico, que engloba lojas de departamentos, óticas, joalherias, artigos esportivos, brinquedos etc., caiu (-0,8%) em relação a junho de 2018, e perdeu ritmo em relação a maio (2,3%). Ainda assim, o acumulado no ano avançou 4,4%. O acumulado nos últimos doze meses (6,0%) perdeu 0,8p.p. em relação a maio (6,8%).
O volume de vendas de Livros, jornais, revistas e papelaria teve forte recuo (-26,2%) frente a junho de 2018, sua vigésima 23ª taxa negativa consecutiva. As novas formas de comercialização pela internet e o fechamento de lojas físicas têm concorrido para essa retração. Com isso, o acumulado no ano teve a queda mais intensa (-27,0%) entre as oito atividades do varejo e permanece negativo desde fevereiro de 2014. O acumulado nos últimos doze meses, ao passar de -23,5% para -24,6%, acentuou a trajetória descendente iniciada em março de 2018 (-5,1%).
O segmento de Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação recuou 8,8% em relação a junho de 2018. Com isso, o acumulado no ano teve variação negativa de 0,1% até junho, após acumular 1,7% até maio. O acumulado nos últimos doze meses (0,3%) desacelerou em relação a maio (0,9%).
A atividade de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria, com aumento de 5,0% nas vendas frente a junho de 2018, registrou a vigésima sexta variação positiva consecutiva e exerceu a principal pressão positiva na taxa global do varejo. Em relação ao acumulado no ano até junho, que ao avançar 6,2% mostrou o desempenho mais elevado entre as atividades nessa comparação. Em termos de resultado acumulado nos últimos doze meses (6,1%), o setor mostrou estabilidade em relação ao resultado de maio (6,1%).
O setor de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo avançou 0,7% frente a junho de 2018, ganhando ritmo em relação a maio (-1,1%). O desempenho da atividade vem sendo sustentado pelo aumento da massa de rendimento real habitualmente recebida. O acumulado no ano recuou (-0,3%) frente a igual período de 2018. O acumulado nos últimos doze meses avançou 1,0% em junho e acelerou em relação a maio (1,3%).
O volume de vendas de Combustíveis e lubrificantes avançou 0,5% em relação a junho de 2018, sua segunda taxa positiva consecutiva. A redução dos preços de combustíveis vem influenciando positivamente o setor. O acumulado do ano ficou praticamente estável (-0,1%) frente a igual período de 2018. Com isso, o acumulado nos últimos doze meses (-2,1%) permanece negativo desde março de 2015 (-0,3%), embora com trajetória de recuperação iniciada em abril de 2019 (-3,9%).
O setor de Veículos, motos, partes e peças, ao registrar 10,0% em relação a junho de 2018, exerceu a maior contribuição positiva ao resultado de junho para o varejo ampliado. O indicador acumulado para os seis primeiros meses do ano ficou em 11,0%. A análise pelo indicador acumulado nos últimos doze meses, ao registrar 12,4% até junho, mostrou estabilidade em relação ao acumulado até maio (12,4%).
O segmento de Material de Construção voltou a recuar (-3,6%) após o resultado positivo de maio (11,8%). O acumulado no ano foi para 3,8% e o acumulado nos últimos doze meses desacelerou, passando de 3,8% em maio para 3,0% em junho.
Varejo mostra nona alta em relação ao trimestre anterior
Em bases trimestrais, o comércio varejista avançou 0,9% no 2º trimestre de 2019, sua nona taxa positiva seguida, com ganho de ritmo em relação ao 1º trimestre do ano (0,3%), nas comparações com os mesmos períodos de 2018. Esse desempenho foi influenciado por Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,3% no 2º trimestre) e por Outros artigos de uso pessoal e doméstico (4,7%).