Under 30 Devon Townsend faz milhões com vídeos-selfies e celebridades
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Enquanto estava no exterior, Townsend passou a receber mensagens de fãs por meio do Vine, pedindo mensagens pessoais. E ele fez algumas. “Eu literalmente recebi toneladas de mensagens de fãs que disseram ‘Oh meu Deus! Minha irmã adora você. Pode enviar um vídeo desejando um feliz aniversário para ela?’”. Esse entusiasmo por eles ficou em sua mente. Depois de retornar para casa, Ko e Townsend, ainda companheiros de quarto, começaram a trabalhar em vários projetos. Ko aproveitou o que aprendeu com seu tempo no Vine para criar um canal no YouTube, agora de ultra-sucesso. Enquanto isso, Townsend fez contato com Stephen Galanis, outro irmão da fraternidade Duke. Ele “me chamou com outra de suas idéias malucas”, lembra Townsend, mas desta vez uma que se encaixava no conceito de mensagens personalizadas que que flutuava pela mente de Townsend.
A ideia de Galanis era construir uma plataforma para reservar a agenda de qualquer atleta do mundo por uma quantia de dinheiro para fazer algo. “Se você queria jogar golfe com Michael Jordan ou que Carmelo Anthony comparecesse ao bar mitzvah de seu filho, a plataforma poderia tornar isso viável”, diz Townsend. Eles construíram uma versão funcional da ideia de Galanis em cerca de três meses, mas rapidamente perceberam que era muito difícil explicar a variação nos horários das celebridades. Então, decidiram se concentrar apenas em vídeos-selfies –algo fácil o suficiente para o talento cumprir e que, ao mesmo tempo, era objeto de desejo dos fãs.
Depois de aperfeiçoar a ideia, a empresa foi lançada em 15 de março de 2017, durante um experimento controlado com um atleta profissional. O terceiro cofundador de Cameo, Martin Blencowe, um conhecido de Galanis, era agente da NFL e dirigia Cassius Marsh, que jogava como zagueiro no Seattle Seahawks. Blencowe buscava contratos com marca e outras formas de renda passiva para seu cliente. Então, os fundadores convenceram Marsh a escrever para seus seguidores no Twitter que eles poderiam fazer pedidos de mensagens de vídeo personalizadas por meio do Cameo.
Mas o experimento falhou de maneira espetacular. O único cliente que eles tiveram durante o teste foi alguém que enviou um e-mail para a empresa e informou que o sistema de pagamento do site não estava funcionando. Assim, os fundadores da Cameo pediram a Marsh que gravasse uma mensagem em vídeo para a jovem e a enviasse por e-mail ao pai, que gravou a reação da filha e a enviou como feedback.
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“Ela estava sentada no chão, rindo e chorando ao mesmo tempo”, diz Townsend. “Ela estava emocionada. Essa foi a resposta mais poderosa que tivemos. Foi essa validação que nos provou que a ideia poderia funcionar e que existia demanda para o produto”.
A equipe rapidamente corrigiu o sistema de pagamento e começou a recrutar mais celebridades para participar. Algumas escolhas cruciais se seguiram. Townsend insistiu em manter uma função de checkout fácil que não requer uma conta no site, uma decisão destinada a incentivar clientes recorrentes e pessoas que se opõem especialmente a disponibilizar suas informações pessoais na para fazer compras. Isso foi “muito, muito, muito controverso como você pode imaginar”, diz Jhin. “Como não coletávamos dados do perfil, não tínhamos histórico de compras, de visita e os demais pontos que VCs adoram pontificar”.
Outra parte importante da estratégia foi focar em uma lista de celebridades famosas da internet, como o companheiro de viagem de Townsend, Cody Ko, em vez de tentar importar as principais e de padrão mais alto e que seriam mais difíceis de atrair de qualquer maneira. Essas estrelas da web já saberiam como criar o conteúdo do tamanho que a Cameo precisava — os vídeos no site têm uma média de 15 a 30 segundos. “Cody e Devon se tornaram duas das primeiras estrelas do Vine e por conta disso eles entenderam que você pode se tornar famoso por meios não tradicionais”, diz Jhin. “Devon, nos primeiros dias, procurava proativamente essas pessoas. E de várias maneiras eles tiveram um desempenho muito melhor do que os atletas e atores na plataforma.”
Agora, com um excelente 2019 no retrovisor, os fundadores querem refinar a experiência móvel e expandir para os mercados internacionais. “2020 será o ano do aplicativo”, diz Galanis. “Originalmente, não permitíamos que as pessoas fizessem compras por meio da plataforma”.