Transformação digital: tecnologias remotas foram aceleradas, mas cenário preocupa
Enquanto muitas empresas fizeram avanços significativos na disponibilização de tecnologias e experiências remotas para clientes e funcionários, a estratégia de transformação digital como um todo, vista de forma crucial para garantir a continuidade dos negócios, precisou ser paralisada por conta da Covid-19.
Essa percepção foi coletada durante a edição 2020 do Índice de Transformação Digital da Dell Technologies, produzido pela consultoria Vanson Bourne entre os meses de julho e agosto, após ouvir 4,3 mil profissionais em posições de liderança, espalhados por 18 países e divididos em 18 setores.
De acordo com a análise, projetos envolvendo segurança cibernética, recursos de trabalho remoto, experiências digitais para clientes e funcionários e mais uso de análise de dados foram priorizados e e acelerados nos últimos meses.
Porém, metade das organizações entrevistadas se preocupa por não ter feito a transição com rapidez suficiente, mesmo com 79% dizendo que estão reinventando seu modelo de negócios na hora.
Por conta desse cenário, quase 1 em cada 3 empresas pesquisadas está preocupada com a possibilidade de suas organizações não sobreviverem nos próximos anos, sendo que 60% dos entrevistados disseram que perderão mais empregos e levarão anos para retornar à lucratividade.
Obstáculos e investimentos
O estudo aponta quais fatores são considerados pelas empresas como os principais impeditivos para a implementação de uma política de transformação digital que compreenda todo o negócio:
- Preocupações sobre privacidade de dados e segurança;
- Falta de orçamento e recursos;
- Incapacidade de extrair análises valiosas de dados e/ou dificuldade em lidar com grande volume de informações;
- Falta de crescimento econômico (Inédito no estudo);
- Ausência de profissionais internos com conhecimento e experiência em áreas como análise de dados e tecnologia ;
- Mudanças nas leis e legislações;
- Falta de alinhamento e colaboração dentro da companhia sobre a cultura digital;
- Ausência das tecnologias corretas para auxiliar no momento de otimização;
- Falta de uma visão e aplicação coerente de estratégia digital;
- Fraca estrutura e governança digital fracas.
A pesquisa também apresentou as áreas nas quais as empresas pretendem investir nos próximos três anos, apresentando tanto tecnologias consideradas essenciais como a aposta em recursos considerados emergentes:
Investimentos no médio prazo (até 3 anos) em tecnologias fundamentais:
- Soluções em cibersegurança (43%)
- Ferramentas de gestão de dados (39%)
- Infraestrutura em 5G (37%)
- Ambientes multi cloud (35%)
- Softwares de privacidade (35%)
Investimentos no médio prazo (até 3 anos) em tecnologias emergentes:
- Algoritmos de inteligência artificial (32%)
- Robotização comercial e industrial (29%)
- Aplicações de borda em tempo real (28%)
- Interface natural de usuário (24%)
- Computação quântica (16%)
*Com informações do ZD Net
Infoeconomico
Fonte: Computer Word