Tecnologia

Saiba a diferença entre robôs humanoides e humanos digitais

Andriy Onufriyenko/GettyImages
A inteligência artificial torna as máquinas semelhantes aos humanos, ajudando-as a ouvir, entender e responder ao ambiente e às interações

À medida que a inteligência artificial continua amadurecendo, acompanhamos um crescimento equivalente na sofisticação dos robôs humanoides e uso de humanos digitais nas mais diversas áreas da vida moderna. Para ajudar você a ver as possibilidades, reunimos alguns dos melhores exemplos de máquinas humanizadas e onde é possível encontrá-las no dia a dia.

Robôs humanoides

Embora a forma mais antiga de humanoide tenha sido criada por Leonardo Da Vinci em 1495 (um traje mecânico blindado que podia sentar, ficar de pé e andar), as versões atuais são movidas por inteligência artificial e podem ouvir, conversar, se movimentar e responder. Eles recebem sensores e atuadores (motores que controlam o movimento) e possuem características desenvolvidas com base em humanos. Seja estruturalmente semelhante a um homem (chamado Android) ou uma mulher (Gynoid), é um desafio criar robôs realistas capazes de replicar capacidades humanas.

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Os primeiros robôs humanoides modernos foram criados com a intenção de aprimorar próteses para seres humanos, mas agora eles são desenvolvidos para nos divertir, realizar trabalhos específicos em fábricas ou atuar como assistentes virtuais de saúde e muito mais. A inteligência artificial torna as máquinas semelhantes aos humanos, ajudando-as a ouvir, entender e responder ao ambiente e às interações. Veja a seguir alguns dos robôs humanóides mais inovadores em desenvolvimento:

Atlas: Quando você vê o Atlas em ação (fazendo backflips e pulando de uma plataforma para outra), consegue entender por que seus criadores o chamam de “o humanóide mais dinâmico do mundo”. A tecnologia foi introduzida em 2013, mas seu talento para plataformas de salto foi apresentado em um vídeo em 2017. O robô foi criado para realizar missões de busca e salvamento.

Ocean One: O Laboratório de Robótica de Stanford desenvolveu o Ocean One, um robô humanoide submarino bimanual. A máquina é capaz de atingir profundidades que humanos não são, o que faz dela importante para pesquisar recifes de coral e outras espécies e características do fundo do mar. Seu design antropomórfico e a semelhança com um mergulhador humano tornam o Ocean One extremamente manobrável.
Petman: A Boston Dynamics, a mesma empresa responsável pela Atlas, também criou a Petman (Protection Ensemble Test Mannequin, Manequim de Teste do Conjunto de Proteção, em tradução livre) para testar roupas químicas e biológicas para os militares dos EUA. Quando você vê o robô bípede em movimento, é fácil identificar suas características humanas.

Robear: Outros robôs humanoides, como o Robear, podem parecer mais desenhos animados, mas suas ações definitivamente imitam o movimento humano. A máquina foi desenvolvida para possivelmente ajudar na escassez de cuidadores no Japão à medida que a população envelhece. Como resultado, o humanóide tem movimentos muito suaves e delicados.

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Sophia: O robô humanoide desenvolvido pela Hanson Robotics é um dos robôs mais semelhantes aos humanos. Sophia é capaz de manter uma conversação humana e reproduzir expressões faciais. Ela foi a primeira cidadã-robô do mundo e é a embaixadora da inovação robótica do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento.

Humanos digitais

Os seres humanos digitais são versões virtuais fotorrealistas dos seres humanos. Podem ser considerados como avatares. Embora eles não precisem necessariamente ser criados à semelhança de um indivíduo específico (eles podem ser inteiramente únicos), se parecem e agem como seres humanos. Ao contrário dos assistentes digitais, como Alexa ou Siri, esses seres virtuais baseados em IA são projetados para interagir, simpatizar e ter conversas como um humano comum faria. Veja a seguir alguns dos humanos digitais em desenvolvimento ou a serviço hoje:

Neons: as formas de vida inteligentes artificialmente criadas pelo STAR Labs da Samsung e chamadas de Neons incluem personalidades únicas, como um banqueiro, uma estrela de K-pop e um instrutor de ioga. Enquanto a tecnologia ainda é nova, a empresa espera que, em última análise, os Neons estejam disponíveis para fornecer serviços como atendimento ao cliente ou concierge.

Pop stars digitais: no Japão, novas estrelas pop estão recebendo atenção, e são feitas de pixels. Um dos membros da banda do AKB48, Amy, é totalmente digital e foi criado com base nas características das artistas humanas do grupo. Outra artista japonesa, Hatsune Miku, é um personagem virtual da Crypton Future Media. Embora tenha começado como ilustração para promover um sintetizador de voz com o mesmo nome, ela agora atrai seus próprios fãs para auditórios lotados. Com a Auxuman, a inteligência artificial está realmente fazendo música e criando artistas digitais que performam composições inéditas.

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Anfitriões IA: cópias virtuais de celebridades foram criadas pela ObEN Inc para o Spring Festival Gala, uma celebração do ano novo lunar chinês. Este projeto ilustra o potencial das IAs pessoais –um substituto de uma pessoa real para quando ela não pode estar presente em carne e osso. Da mesma forma, a agência de notícias Xinhua da China lançou uma âncora de IA que reportará notícias 24/7.

Modelos e influenciadores de mídia social: Outra aplicação dos seres humanos digitais ​​é no mundo da moda. A H&M usou modelos gerados por computador em seu site e a Artificial Talent Co. criou um negócio inteiro para oferecer modelos completamente fotorrealistas e personalizáveis. E você não precisa ser um ser humano real para atrair seguidores na mídia social. Miquela, uma “influenciadora” artificial, possui 1,3 milhão de seguidores no Instagram.

Os humanos digitais já foram usados ​​na televisão, nos filmes e nos videogames, mas há limitações quanto à sua aplicação para substituir atores humanos. E, embora seja desafiador prever exatamente como os humanos digitais podem alterar nosso futuro, há pessoas pensando em como seria a imortalidade digital ou como controlar as possibilidades negativas da tecnologia.

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Fonte: Forbes

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