Preços da indústria crescem pela terceira vez e ficam em 0,64% em outubro
Indústrias extrativas:
Em outubro, os preços do setor variaram em -4,76% em comparação com setembro. Com este comportamento dos preços no mês, o indicador acumulado do ano passou para 11,13%. Na comparação de 12 meses, houve variação de 1,59%.
No resultado das indústrias extrativas e de transformação, a influência do setor foi negativa: -0,22 p.p. em 0,64%. Em relação ao acumulado do ano, a influência sobre o indicador da indústria geral foi de 0,46 p.p. em 3,65%.
Os produtos que mais influenciaram a variação do mês foram os minérios de ferro e os “óleos brutos de petróleo”.
Alimentos:
Em outubro de 2019, os preços da atividade variaram em 2,12%, maior resultado desde junho de 2018 (3,35%). Com isso, o acumulado saiu de 2,01%, em setembro, para 4,17%.
Por fim, na comparação com igual mês de 2018, a variação foi de 5,02%, maior resultado desde abril de 2019 (6,37%).
O destaque do setor se deve aos seguintes fatos: foi a terceira maior variação de preços entre todas as atividades industrias, a principal influência na comparação outubro/setembro (0,47 p.p., em 0,64%) e a segunda influência na comparação outubro/dezembro de 2018 (0,94 p.p., em 3,65%).
Entre os produtos destacados em termos de variação e de influência, dois pertencem simultaneamente aos dois casos, “carnes de bovinos frescas ou refrigeradas” e “produtos embutidos ou de salamaria de suíno, exceto pratos prontos”. Os outros dois produtos mais influentes são: “rações e outras preparações utilizadas na alimentação de animais” e “carnes de bovinos congeladas”. A variação de cada um dos quatro produtos mais influentes é positiva e a influência conjunta é de 1,78 p.p., em 2.12%. O destaque maior sobre o resultado é a elevação de carnes de bovinos, em linha com o aumento do preço do boi gordo e com a exportação estimulada.
Papel e celulose: os preços do setor apresentaram variação de -1,89% em relação a setembro; levando a um resultado acumulado de -10,94% em 2019. Trata-se de uma das maiores variações, em módulo, entre as atividades que compõem o IPP, a quarta maior influência (em módulo) no acumulado no ano, ou a terceira maior influência considerando apenas atividades da indústria de transformação. Em relação aos últimos 12 meses, a atividade apresentou variação de -11,37%.
Refino de petróleo e produtos de álcool: os preços do setor, em outubro de 2019, variaram em 4,04%, maior resultado desde março de 2019 (6,77%). Dessa forma, o acumulado subiu de 11,83%, em setembro, para 16,35%. Por fim, na comparação com o mesmo mês de 2018, a variação foi de -2,18%, quarto mês consecutivo com variação negativa neste indicador.
O setor apresentou a segunda maior variação de preços entre todas as atividades industrias, a maior variação no acumulado no ano, a segunda maior influência na comparação outubro/setembro (0,41 p.p., em 0,64%) e a maior influência na comparação outubro/dezembro de 2018 (1,52 p.p., em 3,65%).
Outros produtos químicos: na comparação de outubro contra setembro, a variação média dos preços do setor foi de -1,20%, quarta variação negativa observada ao longo do ano e a primeira depois de dois resultados positivos. No acumulado, a variação foi de -4,39% e, na comparação outubro 2019/outubro 2018, foi de -11,99%, quarto resultado negativo consecutivo.
O destaque do setor se deve ao fato de ter sido, na comparação outubro 2019/outubro 2018, a maior variação (em módulo) entre todas as atividades industriais e, na comparação com o mês imediatamente anterior, a quarta maior (também em módulo) influência (-0.10 p.p., em 0,64%).
Farmacêutica: a variação de preços em outubro no setor foi de 1,45%, mantendo a alta de preços que já tinha ocorrido no mês anterior (1,04%). O setor apresentou a quarta maior variação acumulada no ano (10,08%), sendo a terceira maior alta de preços acumulados no ano da indústria. Nos últimos 12 meses, o setor apresentou a terceira maior variação (11,02%), sendo a maior alta de preços deste índice (as duas maiores variações foram negativas). As frequentes altas de preços dos últimos meses têm colocado o setor dentre as maiores variações positivas da indústria nestes dois índices. A variação acumulada do ano foi a maior da série histórica deste setor, no mês em questão, enquanto que a dos últimos 12 meses foi a segunda maior da série histórica, ficando atrás apenas da variação de junho deste ano (11,26%).