PNAD Contínua TIC 2018: Internet chega a 79,1% dos domicílios do país
O microcomputador foi o segundo equipamento mais usado, e estava em 48,1% dos domicílios com Internet, tendo, inclusive, reduzido esse percentual em comparação a 2017 (52,4%). E o uso dos tablets diminuiu de 15,5% em 2017 para 13,4% em 2018.
Já o acesso pela televisão aumentou bastante, de 16,1% em 2017 para 23,3% em 2018, embora ainda seja um percentual baixo de domicílios brasileiros investindo nesse recurso. Esse acelerado movimento de crescimento ocorreu em todas as regiões do país.
A renda interfere no tipo de equipamento utilizado. Nos domicílios com uso de Internet no tablet e televisão o rendimento médio per capita era, em geral, bem mais elevado: R$ 3.538 e R$ 3.111, respectivamente. Já nos domicílios que usavam o celular para acessar a internet, o valor era quase a metade (R$ 1.765).
Uso de conexão discada é quase zero, banda larga móvel atinge 80,2%
Quanto ao tipo de conexão utilizada, tanto a banda larga móvel (3G/4G) quanto a fixa mostraram crescimento gradual. Nos domicílios em que havia utilização da Internet, o percentual dos que usavam a móvel passou de 77,3% em 2016 para 78,6% em 2017 e atingiu 80,2% em 2018. Já o percentual dos que usavam banda larga fixa evoluiu de 71,4% em 2016 para 73,5% em 2017 e chegou a 75,9% em 2018.
Por outro lado, a conexão discada torna-se cada vez mais irrelevante, tendo passado de 0,6% em 2016 para 0,4% em 2017, e caído para 0,2% em 2018.
Na região Norte, o percentual de domicílios com banda larga fixa era de apenas 53,4%, enquanto nas demais regiões, essa proporção variava entre 74,7% e 78,5%. Na região, a rede móvel tem percentual de uso de 89,7%.
Outro comportamento atípico foi o do Nordeste, onde, ao contrário das outras regiões do país, a banda larga fixa tem mais adeptos do que a móvel: em 2018, 64,1% dos domicílios nordestinos com Internet usavam a conexão móvel, contra 77,9% de uso da fixa. Nas outras regiões, esses percentuais variaram entre de 82,3% a 89,7%.
O percentual de domicílios em que havia conexão por banda larga fixa e móvel subiu de 52,3% em 2017 para 56,3% em 2018. Já a proporção dos domicílios onde somente era usada a conexão por banda larga móvel caiu de 25,2% para 23,3%, enquanto o percentual dos que usavam somente a fixa recuou de 20,2% para 19,0%.
Acesso à Internet é mais alto entre mulheres e jovens
Aproximadamente três quartos (74,7%) da população brasileira com 10 anos ou mais de idade (181,9 milhões de pessoas) acessaram a internet no período de referência da PNAD Contínua, uma alta de 4,9 pontos percentuais em relação a 2017 (69,8%). Nesse período, esse percentual de utilização subiu de 74,8% para 79,4% na área urbana e de 39,0% para 46,5% na área rural, onde continua abaixo da metade.
Cerca de 75,7% das mulheres utilizaram a Internet em 2018, percentual um pouco acima daquele verificado entre os homens: 73,6%.
E a faixa etária que mais utilizou a Internet em 2018 foi a de 20 a 24 anos, alcançando 91,0% do público com esta idade. Mas, de 2017 para 2018, houve crescimento do uso em todos os grupos etários, tendo o de 55 a 59 anos tido o mais expressivo aumento.
O nível de instrução influencia, mas a disseminação do uso da Internet vem impulsionando também a sua utilização em segmentos de níveis de instrução mais baixos. Em 2018, o percentual de pessoas que utilizaram a Internet foi de 12,1%, no nível sem instrução, de 55,5% no fundamental incompleto e atingiu 98,3% no superior incompleto.
Cresce número de pessoas que usa Internet para chamadas de voz e vídeo
A finalidade do uso também foi investigada. O percentual de pessoas que acessaram a Internet para enviar ou receber mensagens de texto, voz ou imagens por aplicativos diferentes de e-mail não apresentou variação significativa de 2017 para 2018, mas ainda permaneceu como o objetivo mais elevado, ficando em 95,7% em 2018.
Em 2016, 73,3% das pessoas usavam a rede para chamadas de voz ou vídeo, subindo para 83,8% em 2017 e para 88,1% em 2018. Na mesma tendência, o percentual dos que acessavam a internet para assistir vídeos passou de 76,4% em 2016 para 81,8% em 2017, chegando a 86,1% em 2018.