PIB dos Municípios 2016: Semiárido responde por 5,1% do PIB do país
Entre os Municípios das Capitais, Brasília (DF), com R$ 79.099,77, ocupou a primeira posição em relação ao PIB per capita em 2016, enquanto Macapá (AP) foi a capital que ocupou a menor posição (R$ 19.935,32).
Análise geográfica mostra dinâmica na concentração do PIB dos municípios
A análise geográfica do PIB em 2016 mostrou que, nas regiões geográficas imediatas (conjuntos de municípios próximos em que um ou mais servem como polo e os demais como entorno), os municípios polo (que atraem para si os moradores dos municípios à sua volta, para a realização das mais diversas atividades econômicas e sociais) concentravam 58,9% do PIB nacional.
Entre 2002 e 2016, nas áreas de maior PIB e população – como São Paulo, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Rio de Janeiro – os municípios polo perderam participação se comparados aos do entorno, enquanto nas áreas de menor PIB – como a Região do Semiárido – ocorreu o inverso, os municípios polo ganharam participação em detrimento dos do entorno.
Na comparação entre as áreas urbanas e rurais, os 1.456 municípios predominantemente urbanos (26,1% do total) respondiam por 87,5% do PIB brasileiro. Apenas os 625 municípios predominantemente urbanos da Região Sudeste (11,2% do total) respondiam por metade do PIB nacional.
Na Cidade-Região de São Paulo 140 municípios respondem por 26,0% do PIB
A chamada Cidade-Região de São Paulo – a região de urbanização quase contínua que se estende desde Santos até Piracicaba, e desde Sorocaba até Pindamonhangaba, reunindo 140 municípios fortemente interligados e polarizados pelo município de São Paulo – concentrava, em 2016, 26,0% do PIB do país, contra 28,2% em 2002. Em média, um quilômetro quadrado de território na Cidade-Região de São Paulo produzia 68 vezes mais do que um quilômetro quadrado no restante do Brasil.
Amazônia Legal e Semiárido ganharam participação de 2002 a 2016
A Amazônia Legal (que abrange totalmente os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins, e ainda parte do Maranhão) e o Semiárido (composto por 1.262 municípios dos estados do Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia e Minas Gerais) aumentaram sua participação no PIB nacional. Entre 2002 e 2016, o Semiárido foi de 4,5% para 5,1% e a Amazônia Legal passou de 6,9% em 2002 para 8,6%. Cabe ressaltar que os números da Amazônia Legal se referem a atividade econômicas diversificadas como o agronegócio no Mato Grosso, a indústria de transformação na Zona Franca de Manaus, a indústria extrativa mineral e pecuária no Pará.
Em 2002, a Amazônia Legal respondia por 14,8% da Agropecuária nacional, passando a 21,0% em 2016. No setor de serviços (exceto a administração pública), a participação da região cresceu de 5,5% para 6,6% no período. Nessa última atividade, o Semiárido também ganhou participação, de 3,2% para 4,1%.
Metrópoles concentraram riqueza, mas perderam participação no PIB entre 2002 e 2016
Quando o PIB municipal é analisado pela ótica da hierarquia urbana, constata-se que quanto maior a hierarquia, maior a riqueza. No conjunto das 12 metrópoles brasileiras (177 municípios) o PIB per capita foi em, 2002, 2,6 vezes maior do que no conjunto dos centros locais (4.479 pequenos municípios). Esta diferença caiu para 2,2 vezes em 2016. A participação do PIB brasileira das metrópoles caiu de 47,3% em 2002 para 44,6% em 2016, enquanto nos centros locais os números subiram de 15,8% para 17,1%.
São Paulo foi a concentração urbana que mais perdeu participação no PIB de 2002 a 2016
Considerando as grandes concentrações urbanas (espaços urbanos quase contínuos que podem ser formados por um ou vários municípios, com mais de 750 mil habitantes), as maiores perdas de participação no PIB brasileiro entre 2002 e 2016 foram de São Paulo (-2 p.p.) e Rio de Janeiro (- 1 p.p.) e São José dos Campos (- 0,44 p.p.). Os maiores ganhos de participação ocorreram em Jundiaí (+ 0,34 p.p.), Brasília (+0,18 p.p.), Fortaleza (+0,15 p.p.) e Goiânia (+0,13 p.p.).
Nas Concentrações urbanas entre 100 mil e 750 mil habitantes as maiores perdas de participação no PIB entre 2002 e 2016 foram de Campos dos Goitacazes (-0,52 p.p.), Macaé-Rio das Ostras (-0,28 p.p.), Volta Redonda-Barra Mansa (-0,16 p.p.) e Ipatinga (- 0,12 p.p.) Os maiores ganhos de participação foram de Itajaí – Balneário de Camboriú (+0,25 p.p.), Uberlândia (+0,16 p.p.), Paraopebas (+0,11 p.p.) e Maringá (+0,09 p.p.).
Source: IBGE