O que são fungicida sistêmico e de contato e qual utilizar?

Mobilidade e sistemicidade de fungicidas do grupo químico das estrobilurinas
(Fonte: Menten & Banzato, 2016)
Vantagens e desvantagens do uso de fungicidas sistêmicos
Os fungicidas sistêmicos geralmente são usados em doses menores e em menor número de aplicações se comparados aos fungicidas de contato.
Por serem móveis, apresentam baixa fitotoxicidade. Eles também têm alta especificidade, atuando sobre patógenos específicos, causando menos desequilíbrio no sistema e menor contaminação ambiental.
Contudo, os sistêmicos são mais caros e podem causar aparecimento de resistência no patógeno se usados indiscriminadamente e fora das recomendações.
Vale destacar que isso pode ser evitado seguindo as recomendações e alternando entre grupos químicos distintos e fungicidas de contato.
O que são fungicidas de contato?
Os fungicidas de contato não penetram na planta, são apenas adsorvidos e permanecem no local de aplicação. Desse modo, a maioria (mas nem todos) desses compostos não tem ação sobre os tecidos que crescem após a aplicação.
Por essa razão, esses fungicidas podem ser lavados pela chuva, por exemplo, têm ação restrita à proteção e devem ser aplicados de forma preventiva, antes da germinação de esporos e penetração dos fungos. Após a infecção esses produtos não terão efeito.
Os principais fungicidas de contato são os cúpricos, sulfurados, ditiocarbamatos (Mancozeb) e isoftalonitrila (Clorotalonil). Eles têm amplo espectro de ação, tendo atividade em multi-sítios. Dada a sua baixa especificidade, esses produtos podem causar toxicidade na planta, mas tem menor probabilidade de gerar resistência nos patógenos.
Qual fungicida utilizar?
Dependendo da cultura que se está trabalhando, os fungicidas disponíveis, bem como o manejo para aplicação, será distinto, seguindo as especificidades de cada cultura e suas doenças.
De qualquer maneira, todo manejo de fungicidas deve ser integrado e seguindo as recomendações para evitar problemas de ineficácia e resistência de patógenos.
Assim como no manejo de defensivos agrícolas, as doses recomendadas e a frequência de aplicação dos fungicidas devem ser respeitadas.
Além disso, é importante o uso de diferentes grupos químicos e mecanismos de ação diferentes, bem como mesclar no manejo os fungicidas sistêmicos e os de contato.
Conclusão
Como pudemos conferir ao longo do texto, os fungicidas sistêmicos e de contato são assim classificados dada a sua mobilidade na planta, mas existem outras classificações também
Os fungicidas sistêmicos são absorvidos, translocam na planta e apresentam alta especificidade. Eles têm princípios de controle mais amplos, podendo ser aplicados logo após a infecção. Contudo, seu uso indiscriminado pode gerar resistência nos fungos.
Por outro lado, os fungicidas de contato ficam na superfície em que foram aplicados. Por essa razão, têm apenas ação de proteção e devem ser aplicados de maneira preventiva para que tenham eficácia.
O manejo correto deve usar os dois tipos de fungicidas, respeitando as doses e frequência de aplicação recomendadas conforme a cultura. Com isso, tem-se um controle mais efetivo e reduz-se a probabilidade de induzir resistência nos fungos.
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Fonte: Aegro