Política

O que estas quatro gestoras esperam dos juros no Brasil

Em uma call com investidores nesta semana ele revelou, segundo nossas fontes, a mesma preocupação fiscal. Xavier não vê saída politicamente viável para o governo conseguir ampliar o Bolsa Família e enxerga o ministro da Economia, Paulo Guedes, como único pilar do teto de gastos.

O atrito entre Guedes e o ministro Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional), diz ele, lembra o relacionamento entre Joaquim Levy e Nelson Barbosa durante o governo Dilma (o fantasma de novo).

Além da política fiscal do governo, a SPX enxerga também uma falha na política monetária, pois manter tão baixos os juros em um país com alto risco fiscal praticamente expulsa seu financiador. Por isso títulos de maior duração ficaram mais caros para o governo.

A SPX está tomada na dívida de curto prazo, ou seja, acredita que os juros vão subir e que o Tesouro não conseguirá mais se financiar nos mesmos termos de hoje.

Até aqui você leu as opiniões mais céticas quanto à taxa de juros. Agora vamos ao outro lado.

Persevera

Em suas cartas mensais e aqui mesmo, no Stock Pickers, a Persevera vem há algum tempo acertando suas previsões quase sempre fora do consenso sobre a sobre a taxa de juros. Hoje a casa prevê a Selic nos patamares atuais até 2022.

Fomada por ex-gestores do HSBC, como Guilherme Abbud, que foi diretor de investimentos na América Latina do banco, a gestora diz o seguinte em sua carta de setembro:

“Os temores em relação à sustentabilidade da dívida pública, que já eram relevantes com uma dívida bruta de 77,9% do PIB [pré-covid], ficaram muito mais prementes com a dívida em 98,2% do PIB [pós-covid] (…). Apesar da indiscutível deterioração do resultado primário (…), a trajetória fiscal do Brasil ainda é relativamente bem blindada, especialmente pela âncora dos juros estruturalmente mais baixos”.

Em outras (minhas) palavras: sim, a dívida é grande e cresceu rapidamente, mas os juros hoje são baixos e continuarão por muito tempo, enquanto a inflação não chegar perto da meta.

“O investidor brasileiro ainda é traumatizado pelos fantasmas do nosso passado, e a taxa de juros longa reflete esses temores”, diz a carta.

Para a Persevera, os juros permanecem baixos.

Adam

Depois de 1.029 palavras, apresentamos a visão de uma gestora bem mais sucinta, a Adam Capital, de Márcio Appel, ex-gestor do lendário fundo Galileo, do Safra.

Na carta se setembro, a Adam diz que “A manutenção da taxa de juros na última reunião do Copom, com comunicado assimétrico, não encerra definitivamente o ciclo de queda de juros por conta do cenário benigno de inflação”, afirma a carta. “O imbróglio (…) sobre o Renda Cidadã é pano de fundo”, conclui.

A Adam permanece comprada em juros reais.

The post O que estas quatro gestoras esperam dos juros no Brasil appeared first on InfoMoney. Infoeconomico

Fonte: Infomoney Blog Epolitica

Deixe um comentário

Visão geral da privacidade

Este site usa cookies para que possamos oferecer a melhor experiência de usuário possível. As informações dos cookies são armazenadas em seu navegador e executam funções como reconhecê-lo quando você retorna ao nosso site e ajudar nossa equipe a entender quais seções do site você considera mais interessantes e úteis.

×