IPCA foi de -0,21% em novembro
Cabe destacar os seguintes reajustes nas tarifas de energia elétrica: 7,35% em uma das concessionárias de Porto Alegre (-4,79%), a partir de 22 de novembro; 15,23% em uma das concessionárias em São Paulo (-5,32%), a partir de 23 de outubro e 6,18% em Brasília (-0,63%), desde 22 de outubro.
Ainda no grupo Habitação, a variação de 2,08% no item gás encanado foi em razão do reajuste de 4,61% na tarifa no Rio de Janeiro (3,91%), em vigor desde 1º de novembro. O gás de botijão registou alta de 0,52%. A Petrobras autorizou reajuste de 8,53%, nas refinarias, em 6 de novembro, para o gás de botijão de 13kg.
No grupo Saúde e cuidados pessoais, a variação de -0,71% ocorreu, principalmente, por conta dos itens de higiene pessoal, em média, 4,65% mais baratos. No Vestuário (-0,43%), foram registradas variações negativas nas roupas masculinas (de 0,68% em outubro para -0,63% em novembro), roupas femininas (de 0,52% em outubro para -1,28% em novembro) e roupas infantis (de 0,31% em outubro para -0,43% em novembro). Na Comunicação (-0,07%), o destaque são os aparelhos telefônicos com queda de 1,44%.
No lado das altas, com 0,10 p.p. de impacto no índice do mês, o grupo Alimentação e bebidas apresentou desaceleração no nível de preços de outubro (0,59%) para novembro (0,39%) sob influência dos alimentos para consumo no domicílio (de 0,91% em outubro para 0,34% em novembro). Alguns itens ficaram mais caros de um mês para o outro, a exemplo da cebola (24,45%), do tomate (22,25%), da batata-inglesa (14,69%) e das hortaliças (4,43%). Por outro lado, o leite longa vida manteve a trajetória de queda dos últimos meses, variando -7,52% com contribuição de -0,08 p.p. no índice do mês. Na alimentação fora (0,49%), os destaques são a refeição (de 0,01% em outubro para 0,58% em novembro) e o lanche (de -0,25% em outubro para 0,29% em novembro).
Quanto aos índices regionais, conforme a tabela a seguir, todas a áreas pesquisadas mostram queda de preços de um mês para o outro, à exceção da região metropolitana de Belém (0,00%) e de Goiânia (0,12%), caracterizando-se como a maior variação entre as regiões, em virtude da alta de 23,58% no tomate e de 4,31% na energia elétrica em decorrência do reajuste de 15,56% nas tarifas em vigor desde 22 de outubro. O menor índice (-0,43%) foi registrado em Brasília motivado pelas quedas de 5,35% e 5,13%, respectivamente, na gasolina e na higiene pessoal.
Região | Peso Regional (%) | Variação (%) | Variação Acumulada (%) | ||
---|---|---|---|---|---|
Outubro | Novembro | Ano | 12 meses | ||
Goiânia | 3,59 | 0,55 | 0,12 | 3,17 | 3,67 |
Belém | 4,23 | 0,54 | 0,00 | 2,51 | 2,33 |
Rio de Janeiro | 12,06 | 0,21 | -0,02 | 3,88 | 4,45 |
Fortaleza | 2,91 | 0,63 | -0,07 | 2,83 | 3,39 |
Belo Horizonte | 10,86 | 0,41 | -0,09 | 3,99 | 4,33 |
Rio Branco | 0,42 | 0,51 | -0,11 | 2,79 | 2,79 |
São Luís | 1,87 | 0,37 | -0,11 | 2,39 | 2,39 |
Recife | 4,20 | 0,21 | -0,11 | 2,65 | 3,09 |
Curitiba | 7,79 | 0,58 | -0,26 | 3,56 | 4,15 |
Vitória | 1,78 | 0,70 | -0,30 | 4,19 | 4,60 |
São Paulo | 30,67 | 0,41 | -0,30 | 3,64 | 4,28 |
Campo Grande | 1,51 | 0,71 | -0,31 | 2,91 | 3,06 |
Aracaju | 0,79 | 0,52 | -0,31 | 1,95 | 1,95 |
Salvador | 6,12 | 0,46 | -0,31 | 3,45 | 3,56 |
Porto Alegre | 8,40 | 0,72 | -0,42 | 4,35 | 4,63 |
Brasília | 2,80 | 0,41 | -0,43 | 2,73 | 3,34 |
Brasil | 100,00 | 0,45 | -0,21 | 3,59 | 4,05 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços |