Central Notícias

Índice de Preços ao Produtor varia -0,84% em outubro

Na comparação mês contra mês anterior, apenas o produto “carnes de bovinos congeladas” se destaca tanto em termos de variação quanto de influência. “Resíduos da extração de soja”, “carnes de bovinos frescas ou refrigeradas” e “sucos concentrados de laranja” foram os outros produtos de maior influência (responderam por -1,57 p.p., em -1,99%). Sobre o preço dos quatro produtos pesa a apreciação do Real (da ordem de 8,0%), em outubro. Porém, no caso de carnes bovinas, em outubro foi observada uma maior oferta de bois para os frigoríficos, que, no mercado interno, ainda se depararam com uma demanda arrefecida.

O setor, além de ser o de maior contribuição entre todas as atividades levantadas, foi a maior influência em módulo (-0,36 p.p. em -0,84%) na variação do mês e a quarta (1,31 p.p. em 13,04%) no acumulado no ano.

Refino de petróleo e produtos de álcool: a variação dos produtos do setor, em outubro, foi de 1,57%, menor do que a observada em setembro (7,43%), porém maior do que a de agosto (0,14%). Com o aumento de outubro, o acumulado no ano atingiu os 26,92%, o que é não só maior do que outros outubros passados, mas também a maior taxa já vista nesse tipo de comparação. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, a taxa recuou de 37,70% (setembro) para 35,50% (outubro). Nessa comparação, desde maio de 2018, as variações estão acima dos 30% (37,16%, na média).

São os mesmos produtos listados como destaque em termos de variação e em termos de influência, e a única variação negativa de preços foi observada em “gasolina automotiva”, o segundo produto em peso (em torno de 15,0%) do setor (o primeiro, com mais de 50,0%, é “óleo diesel e outros óleos combustíveis”).

O destaque dado ao setor se deveu a ter sido a terceira maior variação de preços (26,92%), no acumulado no ano; a segunda (35,50%), na taxa anual; a terceira influência (0,20 p.p. em -0,84%), no M/M-1; e a segunda tanto no acumulado no ano (3,08 p.p. em 13,04%) quanto no M/M-12 (3,87 p.p. em 15,12%).

Outros produtos químicos: a indústria química, em outubro, apresentou uma variação média de preços, em relação a setembro, de 0,63%, menor variação desde dezembro de 2017 (0,10%), completando quatorze meses seguidos de elevação de preços. Com isso, houve uma variação positiva de 29,55% no acumulado no ano (a maior ocorrida em um mês de outubro, desde o início da série em 2010) e 33,24% nos 12 últimos meses, variação superior à de outubro de 2017, quando o acumulado no ano havia sido de 5,17% e o acumulado em 12 meses, de 5,97%.

Os resultados estão ligados aos preços internacionais, aos custos da matéria-prima importada, aos preços dos derivados de petróleo, especialmente da nafta, à relação do Dólar em frente ao Real, que alcançou, no mês, -8,4%; 14,2%, no acumulado no ano; e 17,8%, em 12 meses. Em outubro, dos 32 produtos analisados no setor, 18 tiveram aumentos de preços, contra 29 do mês de setembro; o que explica a passagem de 4,25%, em setembro, para 0,63% em outubro.

Em relação aos quatro produtos de maior influência, três apresentaram valores positivos, sendo eles: “etileno (eteno) não saturado”, “borracha de estireno-butadieno” e “propeno (propileno) não saturado”, apenas “polipropileno (PP)” teve um resultado negativo. No acumulado no ano e no acumulado nos últimos 12 meses, todos os produtos tiveram resultados positivos e foram coincidentes: “adubos ou fertilizantes à base de NPK”, “etileno (eteno) não-saturado”, “herbicidas para uso na agricultura” e “polipropileno (PP)”.

Metalurgia: de setembro para outubro, houve uma queda de -3,19%, primeira variação negativa desde janeiro de 2018 (-0,06%), e a mais intensa queda desde junho de 2015 (-3,56%).

Mesmo com este resultado a atividade acumulou no ano uma variação de 15,17% e, nos últimos 12 meses, de 19,18%. Entre dezembro de 2013 (base da série) e outubro de 2018, os preços do setor tiveram uma variação acumulada de 50,25%.

Entre os quatro produtos que tiveram as maiores variações de preços, considerando mês contra mês anterior, acumulado no ano e acumulado nos últimos 12 meses, apenas o produto “bobinas ou chapas de aços inoxidáveis, inclusive tiras” apresentou todos os resultados positivos. Para os produtos “ligas de alumínio em formas brutas”, “barras, perfis e vergalhões de cobre e de ligas de cobre” e “lingotes, blocos, tarugos ou placas de aços ao carbono” as variações no mês foram negativas, muito em função da depreciação do Dólar frente ao Real (8,4%). Estes produtos são os que mais influenciaram os resultados negativos desta atividade em outubro contra setembro. Os quatro produtos em destaque, tiveram influência de -3,21 p.p. na variação total, ou seja, 0,02 p.p. foi a influência dos demais 18 produtos.

Visão geral da privacidade

Este site usa cookies para que possamos oferecer a melhor experiência de usuário possível. As informações dos cookies são armazenadas em seu navegador e executam funções como reconhecê-lo quando você retorna ao nosso site e ajudar nossa equipe a entender quais seções do site você considera mais interessantes e úteis.

×