Economia

Ibovespa Futuro sobe mais de 1% e retoma os 80 mil pontos com alívio no exterior; dólar cai

SÃO PAULO – Após duas fortes quedas, o Ibovespa Futuro começa esta terça-feira (5) em alta com o alívio registrado no exterior em meio à reabertura de alguns países e estados americanos.

Enquanto isso, os investidores acompanham a temporada de resultados corporativos e seguem atentos aos atritos entre Estados Unidos e China e que afetaram as bolsas na véspera.

Às 09h05, o índice futuro registrava alta de 1,64%, aos 80.400 pontos, enquanto o dólar futuro para junho tinha queda de 1,01%, para R$ 5,500.

Já no mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2022 cai 12 pontos-base em 3,55%, enquanto o DI para janeiro de 2023 tem queda de 13 pontos, para 4,78%. O contrato para janeiro de 2025 recua 15 pontos-base a 6,48%.

As bolsas de valores da Europa abriram em alta nesta terça-feira com os sinais de que após ter atingido o fundo do poço, a economia pode iniciar a retomada com o abrandamento das quarentenas.

Alguns resultados corporativos dão impulso aos mercados europeus. A petrolífera francesa Total reportou lucro líquido de 1,8 bilhão de euros no 1º trimestre deste ano, em queda de 35% sobre igual período de 2019, mas acima das projeções – a expectativa da Refinitiv era de que o lucro líquido seria de 1,4 bilhão. Já o banco BNP Paribas reportou lucro líquido de 1,3 bilhão de euros – queda de 33% sobre o 1º trimestre do ano passado, mas em terreno positivo.

Os preços do petróleo estão em alta na manhã de hoje. O barril do petróleo americano WTI avançava 9%, para acima de US$ 22, enquanto o barril do Brent tinha incremento menor, de 6%, para US$ 28. A expectativa é de que a retomada da economia nos países da Ásia e da Europa aumente a demanda pela commodity.

A percepção de que a economia mundial deve melhorar foi alimentada, ontem, por relatórios dos bancos americanos Goldman Sachs e Morgan Stanley. Os sinais são de que a recuperação no 2º trimestre, contudo, ocorre na Ásia; apenas a partir do 3º trimestre deverá se espalhar para a Europa e os Estados Unidos.

Agenda econômica

Na agenda econômica, os preços na cidade de São Paulo tiveram deflação de -0,30% na última quadrissemana de abril, informou na manhã de hoje a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), ante estimativa de deflação de 0,15%.

Enquanto isso, a produção industrial brasileira desabou 9,1% em março, na comparação com fevereiro, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Foi o pior resultado para meses de março da série histórica da pesquisa, iniciada em 2002., além de ser a pior queda desde maio de 2018, quando caiu 11% por conta da greve dos caminhoneiros.

Na comparação com março do ano passado, a queda foi de 3,8%, quinto resultado negativo seguido nessa comparação. Com o tombo de março, a produção industrial passou a acumular no ano uma retração de 1,7%.

Além disso, também tem início a reunião de política monetária do Copom, que será encerrada amanhã, com expectativa do consenso de mercado de corte de 0,5 ponto percentual, a 3,25% ao ano.

PEC do Orçamento de Guerra

A Câmara dos Deputados aprovou nesta segunda-feira (4), em primeiro turno, o substitutivo do Senado da Proposta de Emenda à Constituição 10/20, chamada PEC do Orçamento de Guerra. Os parlamentares rejeitaram os destaques ao texto-base e o segundo turno deve ocorrer nesta terça-feira (5).

A PEC cria um regime extraordinário fiscal, financeiro e de contratações para o enfrentamento pandemia do novo coronavírus no país e foi aprovada pela Câmara no início de abril. No entanto, após modificações do texto no Senado , a proposta retornou para nova análise dos deputados.

A medida flexibiliza travas fiscais e orçamentárias para dar mais agilidade à execução de despesas com pessoal, obras, serviços e compras do Poder Executivo e vai vigorar até o dia 31 de dezembro deste ano – mesmo prazo para o estado de calamidade pública causado pela pandemia.

Embora o Senado tenha incluído na PEC dispositivo que condicionava o recebimento de benefícios creditícios, financeiros e tributários ao compromisso das empresas de manterem empregos, o texto aprovado excluiu esse ponto. Segundo o site da Câmara, o texto aprovado ontem retirou da PEC a lista dos tipos de títulos que poderiam ser comprados pelo BC em termos de classificação de risco. Se a Câmara mantiver texto, PEC irá à promulgação; se texto for novamente alterado, terá de ser reenviado ao Senado.

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