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Ibovespa Futuro sobe após resultado promissor de vacina de Oxford e AstraZeneca; dólar cai

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SÃO PAULO – O Ibovespa Futuro abre em alta nesta segunda-feira (23) em meio à notícia de que a vacina desenvolvida pela universidade de Oxford em parceria com a AstraZeneca mostrou uma eficácia média de 70% em prevenir a contaminação dos participantes, chegando até 90% em um dos métodos de aplicação.

Esta é a única profilaxia que possui acordo firmado com o governo federal brasileiro. Pelo acordo firmado, a produção local de cerca de 100 milhões de doses será realizada pela Fundação Oswaldo Cruz, ao custo de R$ 1,9 bilhão.

Às 09h14 (horário de Brasília), o índice futuro para dezembro subia 0,74%, aos 106.985 pontos.

O dólar futuro com vencimento em dezembro registrava queda de 0,4%, a R$ 5,359.

No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2022 sobe um ponto-base a 3,37%, o DI para janeiro de 2023 tem queda de um ponto-base a 5,10%, o DI para janeiro de 2025 recua dois pontos-base a 6,94% e o DI para janeiro de 2027 registra variação negativa de três pontos-base a 7,73%.

Entre os indicadores, os economistas do mercado financeiro projetam uma queda menor para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2020, revelou o Relatório Focus do Banco Central. De uma queda de 4,66% na semana passada, agora a mediana das projeções foi para uma retração de 4,55%. Já para 2021, a previsão para o crescimento do PIB foi elevada de 3,31% a 3,40%.

Em relação ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) a mediana das projeções subiu de 3,25% para 3,45% em 2020 e de 3,22% para 3,40% em 2021.

Para o câmbio, os economistas reduziram suas expectativas para o dólar ao fim de 2020, caindo de R$ 5,41 para R$ 5,38. Em 2021, as projeções se mantiveram em R$ 5,20.

Já para a taxa básica de juros, Selic, as estimativas continuaram em 2,00% ao ano para 2020, mas foram elevadas de 2,75% para 3,00% ao ano para 2021.

Os investidores ainda monitoram a fala de  Paulo Guedes, ministro da Economia, em três eventos nesta segunda-feira.

Guedes defende teto em 2021

Em entrevista publicada no domingo no jornal Valor, Guedes afirmou que o Brasil está praticando a recomendação do Fundo Monetário Internacional (FMI) de manter suporte para a economia durante a crise de Covid, mas afirmou que o governo pretende deixar de gastar acima do teto a partir de 2021.

“Prorrogamos duas vezes auxílio emergencial. Renovamos a primeira vez em R$ 600. Depois renovamos novamente até o fim do ano mas desta vez em R$ 300. Nós já estamos praticando o que eles estão falando. Temos praticado a retirada gradual”, afirmou.

O decreto de calamidade pública do governo em decorrência da pandemia expira no final de dezembro. Caso não seja renovado, o governo perde a prerrogativa de se endividar sem limites, levando ao fim do Orçamento especial criado para se contrapor aos efeitos da pandemia.

Assim, programas como auxílio emergencial, Benefício Emergencial e Pronampe, programa destinado a socorrer micro e pequenas empresas, ficam sem recursos.

O Orçamento regular de 2021 é limitado pelo teto de gastos, e está quase todo comprometido com despesas permanentes, como salário de servidores e Previdência. O governo busca junto ao Congresso formas de viabilizar um programa mais amplo do que o Bolsa Família sem estourar o teto de gastos, mas, até o momento, sem sucesso.

Em sua entrevista ao Valor, Guedes afirmou que o plano do governo é voltar em janeiro ao padrão fiscal limitado ao teto de gastos. O motor do crescimento seriam, então, os investimentos privados que, em sua visão, seriam estimulados por novos marcos regulatórios, como saneamento, gás natural, cabotagem, setor elétrico, petróleo e 5G.

Destes, o único aprovado e em vigor é o do saneamento. “Estamos aprovando os novos marcos regulatórios exatamente para transformar a recuperação cíclica baseada em consumo em retomada de crescimento auto sustentável com base em investimentos”, afirmou o ministro.

Vacinação no Brasil

No fim da última semana, o governo do estado de São Paulo recebeu as 120 mil primeiras doses da CoronaVac, vacina contra a Covid-19 produzida pelo laboratório chinês Sinovac, que tem no Brasil uma parceria com o Instituto Butantan.

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