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Ibovespa Futuro cai com realização após 3 altas seguidas; dólar sobe antes de leilão do BC

SÃO PAULO – O Ibovespa Futuro abre em queda nesta sexta-feira (18) com uma realização de ganhos depois do índice à vista subir três vezes consecutivas esta semana e durante o pregão de ontem ter atingido os 119 mil pontos.

Hoje, os investidores seguem monitorando as negociações para um acordo de estímulos da ordem de US$ 900 bilhões nos Estados Unidos. O líder da maioria republicana no Senado americano, Mitch McConnell, disse que um acordo “bipartidário e bicameral está prestes a acontecer”.

Por aqui, o Banco Central realiza um leilão de linha de US$ 2 bilhões para evitar o efeito do overhedge no fim do ano. Na véspera, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, reforçou que a autoridade monetária só vai atuar no câmbio quando houver disfuncionalidade.

Também no radar, o Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para a vacinação obrigatória e o ministro Ricardo Lewandowski autorizou estados a importarem vacinas mesmo sem a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Às 09h16 (horário de Brasília), o índice futuro para fevereiro de 2021 tinha queda de 0,21%, aos 118.570 pontos.

Enquanto isso, o dólar comercial tinha leve variação positiva de 0,05% a R$ 5,081 na compra e a R$ 5,0815 na venda. O dólar futuro com vencimento em janeiro de 2021 registrava alta de 0,46%, a R$ 5,080.

No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2022 sobe quatro pontos-base a 3,00%, o DI para janeiro de 2023 tem alta de oito pontos-base a 4,47%, o DI para janeiro de 2025 avança nove pontos-base a 6,02% e o DI para janeiro de 2027 registra variação positiva de nove pontos-base a 6,82%.

Ainda no noticiário político, depois de Jair Bolsonaro dizer em live que o Bolsa Família não tem 13º por culpa de Rodrigo Maia (DEM-RJ), o presidente da Câmara pautou para esta sexta-feira a MP 1.000, que reduziu de R$ 600 para R$ 300 e estendeu o auxílio emergencial para os meses de outubro a dezembro – em que pretende incluir também o pagamento da parcela extra do Bolsa Família.

O risco fiscal é um aumento do valor do auxílio ou a tentativa, ainda que controversa, de estender o calendário de pagamentos, destaca a equipe de análise da XP Política.

Voltando ao exterior, as tensões entre EUA e China se renovam após a Reuters informar que os EUA devem barrar dezenas de empresas chinesas.

Com isso, na Ásia, a maior parte dos índices fechou em baixa na sexta. Também no radar, estão as decisões do Banco Central do Japão. A instituição anunciou que estendeu por seis meses seu programa especial voltado a reduzir as pressões de financiamento, em meio à pandemia. A meta de 10 anos de rendimento do título do governo japonês ficou em 0%, e a taxa de juros de curto prazo ficou em -0,1%.

Disputa pela Câmara

Após uma reunião de quase três horas entre presidentes nacionais e líderes das bancadas dos partidos de esquerda, PT, PDT, PSB, PCdoB e PSOL decidiram formalmente que vão vetar o apoio a qualquer candidato apoiado por Bolsonaro na disputa pela presidência da Câmara dos Deputados.

Bolsonaro apoia o candidato Arthur Lira (PP-AL). No campo opositor, o atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), busca fazer um sucessor, sem ter, no entanto, um nome definido até o momento. Há dois pré-candidatos: Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) e Baleia Rossi (MDB-SP).

Na reunião entre partidos de esquerda, lideranças de PDT, PSB e PCdoB tentaram convencer PT e PSOL a integrarem o bloco de Maia. Em entrevista ao jornal O Globo, a presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffman (PR), afirmou: “achamos que realmente dá para ir para esse bloco de centro. Temos divergências na área econômica, mas temos convergência na defesa da democracia e em pautas como o meio ambiente, por exemplo”.

Mas disse que, uma vez integrando o bloco, a esquerda deveria apresentar ainda um terceiro nome para ser avaliado ao lado de Ribeiro e Rossi. Com o apoio dos partidos de esquerda, Maia estaria em posição para fazer seu sucessor.

Também na quinta, a Câmara dos Deputados concluiu a votação de uma medida provisória editada pelo governo em setembro, que promove mudanças no setor elétrico visando conter o aumento das contas de luz até 2025 no Norte e no Nordeste, atendidos por empresas privatizadas recentemente, que pertenciam à Eletrobras. A proposta ainda precisa passar pelo Senado.

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