Economia

Ibovespa fecha em alta de 1,9% e atinge maior patamar desde 9 de setembro; dólar sobe a R$ 5,61

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SÃO PAULO – O Ibovespa fechou em alta nesta terça-feira (20) e voltou ao seu maior patamar em quase dois meses acompanhando o desempenho das bolsas internacionais. O índice Dow Jones subiu 0,4% a 28.308 pontos, o S&P 500 teve alta de 0,47% a 3.443 pontos e o Nasdaq avançou 0,33% a 11.516 pontos.

Após caírem na véspera, as bolsas dos Estados Unidos voltaram a subir diante do otimismo com a possibilidade de um acordo entre republicanos e democratas para um pacote de estímulos.

Hoje é o fim do prazo para o ultimato oferecido pela presidente da Câmara de Representantes dos EUA, Nancy Pelosi.

Um porta-voz de Pelosi disse que as diferenças estavam diminuindo nas negociações. A presidente da Câmara e o secretário do Tesouro americano, Steven Mnuchin, fazem uma nova tentativa de fechar acordo hoje. Durante a tarde, Pelosi afirmou estar otimista de que os democratas possam chegar a um acordo com a Casa Branca que poderia disponibilizar o auxílio já no início do próximo mês, o que animou ainda mais os mercados.

Por aqui, quem puxou o benchmark foram as ações de bancos, que refletiram as expectativas de que os resultados do terceiro trimestre serão mais fortes (confira as expectativas para os balanços clicando aqui). Além disso, um relatório publicado pelo Credit Suisse no domingo apontou que o cenário está mais benigno para provisões, apesar das margens ainda estarem pressionadas.

Itaú (ITUB4) subiu 4%, Bradesco (BBDC3; BBDC4) avançou 4,3% e Banco do Brasil (BBAS3) tem alta de 4,6%. Juntas, as ações dos três bancos respondem por 14,5% da composição da carteira teórica do Ibovespa. Para mais destaques de ações, clique aqui.

O principal índice da B3 teve alta de 1,91%, aos 100.539 pontos com volume financeiro negociado de R$ 25,09 bilhões. Na máxima, o principal índice acionário da B3 chegou a bater 100.721 pontos.

Com os ganhos desta terça, o Ibovespa voltou ao seu maior patamar de fechamento desde 9 de setembro, dia em que a Bolsa encerrou o pregão cotada em 101.292 pontos.

Enquanto isso, o dólar comercial subiu 0,12% a R$ 5,61 na compra e a R$ 5,611 na venda. O dólar futuro com vencimento em novembro registrava leve variação negativa de 0,03%, a R$ 5,61 no after-market.

No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2022 caiu cinco pontos-base a 3,23%, o DI para janeiro de 2023 recuou 12 pontos-base a 4,53%, o DI para janeiro de 2025 teve queda de 15 pontos-base a 6,33% e o DI para janeiro de 2027 registrou variação negativa de 15 pontos-base a 7,24%.

Hoje na Europa, continuaram como motivo de preocupação as notícias alarmantes sobre o novo coronavírus. A Irlanda se prepara para instituir seus níveis mais altos de restrições, enquanto o País de Gales pretende iniciar um lockdown nacional. Pelo lado positivo, empresas importantes listadas em bolsas do continente reportaram bons resultados.

Por aqui, embaixador Robert O’Brien, conselheiro de segurança de Donald Trump chegou no Brasil na segunda-feira com o programa oficial de assinar acordos para combate à corrupção, boas práticas regulatórias e facilitação de comércio.

Em fala a empresários durante videoconferência organizada pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) ele também criticou a China e criticou a empresa Huawei, interessada em entrar no mercado de 5G no Brasil. O combate à companhia faz parte de sua agenda no país.

E a organização suprapartidária CLP (Centro de Liderança Pública) propõe em parceria com o economista do Insper Ricardo Paes de Barros um modelo para viabilizar um programa de transferência de renda de R$ 27 bilhões que substitua o Bolsa Família e o auxílio emergencial, sem furar o teto de gastos.

Conselheiro americano contra Huawei no Brasil

O embaixador Robert O’Brien, conselheiro de segurança de Donald Trump, comanda uma delegação que chegou ao país na segunda-feira (19) com o intuito oficial de participar da aprovação de um novo pacote comercial assinado entre Jair Bolsonaro (sem partido) o presidente americano.

A previsão é que três protocolos sejam assinados, direcionados a: combate à corrupção, boas práticas regulatórias e facilitação de comércio. Na segunda, o representante já assinou um acordo para promover o fluxo bilateral de comércio e investimentos.

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