Economia

Ibovespa cai mais de 3% e perde os 115 mil pontos com coronavírus; dólar vai a R$ 4,21

SÃO PAULO – O Ibovespa tem forte queda nesta segunda-feira (27) com os investidores preocupados com a disseminação do coronavírus. O governo chinês informou que a doença atingiu mais de 2.700 pessoas e matou pelo menos 80, a maioria na província de Hubei. Foram enviados US$ 9 bilhões para combater a doença. A OMS (Organização Mundial da Saúde) corrigiu sua avaliação do risco do coronavírus, considerando elevado para o nível internacional, depois de tê-lo descrito como moderado por “erro de formulação”.

Há grandes temores sobre o impacto para a atividade mundial. Economistas dizem que economia do Japão pode sofrer mais com vírus atual do que com SARS; um dos motivos é a decisão de Pequim de proibir viagens ao exterior dos turistas chineses, que são os que gastam mais.

“Qualquer choque econômico nos colossais motores industriais e de consumo da China se espalhará rapidamente para outros países através do aumento das ligações comerciais e financeiras associadas à globalização”, destacou Stephen Innes, estrategista-chefe de mercado asiático na Axitrader, para a Bloomberg.

As ações de blue chips como Vale, siderúrgicas e Petrobras caem forte com a baixa de commodities; o minério de ferro teve baixa de 6% em Singapura, enquanto o petróleo tem baixa de mais de 2%.

Às 17h30 (horário de Brasília) o Ibovespa cai 3,08%, a 114.733 pontos. Enquanto isso, o dólar comercial avançou 0,58% a R$ 4,2088 na compra e a R$ 4,2101 na venda. Durante a sessão, o dólar chegou a atingir R$ 4,232 na venda, maior valor desde 2 de dezembro de 2019. O dólar futuro com vencimento em fevereiro tinha alta de 0,67% a R$ 4,212.

No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2022 caiu seis pontos-base a 4,92%, DI para janeiro de 2023 registrou queda de quatro pontos-base a 5,51% e DI para janeiro de 2025 teve queda de um ponto-base, a 6,28%.

Entre os indicadores, o Relatório Focus do Banco Central mostrou que ficaram estáveis as expectativas do mercado financeiro para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2,31% para 2019 e em 2,5% em 2020.

Já para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) as perspectivas foram revisadas de 3,56% para 3,47% para 2019 e mantiveram-se em 3,75% para 2020.

A projeção da taxa de câmbio subiu de R$ 4,05 para R$ 4,10 em 2019 e ficou em R$ 4,00 para 2020. Já para a Selic a perspectiva foi reduzida de 4,5% para 4,25% em 2019 e manteve-se em 6,25% para 2020.

Os mercados estão de olho na reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) nos Estados Unidos, que terá decisão na quarta-feira; também observam os resultados das empresas de tecnologia como Apple, Facebook e Google.

No Brasil, o mercado fica de olho na temporada de balanços, que terá início hoje com os resultados da Cielo. No noticiário corporativo, destaque para a notícia de que a Invepar prepara a venda da sua participação no Aeroporto de Guarulhos (SP).

Noticiário corporativo 

A Invepar, grupo de infraestrutura que administra empresas de transportes, prepara a venda da sua participação no Aeroporto de Guarulhos (SP). A empresa carioca não comentou a notícia, publicada ontem no jornal O Globo. Já a Copasa – Companhia de Saneamento de Minas Gerais – teve o seu rating elevado pela agência de classificação de risco Moody’s.

Ainda no radar, a Vale acionou o nível 2 do Plano de Ação de Emergência de Barragens de Mineração da Barragem Sul Inferior, da Mina Gongo Soco, em Barão de Cocais (MG). “Em razão das fortes chuvas na região, ocorreu uma erosão na parte interna do reservatório da estrutura, que se mantém estável”, disse a Vale.

(Com Agência Estado, Agência Brasil e Bloomberg)

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Fonte: Infomoney Mercados rss

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