Grupo Transportes passa a ser o principal componente do IPCA a partir de 2020
Novas tendências de consumo modificam a cesta de produtos do IPCA
Produtos e serviços de alta tecnologia, consumo prático, vida saudável e estética, além dos gastos com “pets” são algumas das tendências de consumo que contribuíram para alterar a cesta de produtos das famílias. No IPCA, 56 novos produtos e serviços passam a integrar o índice. Outros, como Aparelho de DVD, Assinatura de jornal, Fotocópia, Máquina fotográfica, Revelação e cópia, deixam de ser pesquisados ou foram agregados a outros subitens.
Serviços de streaming (0,08%), Transporte por aplicativo (0,21%), Combo de telefonia, internet e TV por assinatura (1,81%) e conserto de aparelho celular (0,07%) são alguns dos produtos e serviços tecnológicos que passam a ser pesquisados.
No caso do consumo prático, destacam-se alimentos como Macarrão instantâneo (0,03%) e Polpa de fruta congelada (0,01%).
Já Conserto de bicicleta (0,18%), Sobrancelha (0,11%), Atividade física (0,40%) Cabeleireiro e barbeiro (1,09%) e Depilação (0,06%) são exemplos de serviços relacionados à vida saudável e estética.
Também se destacam novos subitens que foram agregados em função do aumento de sua importância, como Tratamento de animais (clínica) (0,30%) e Serviço de higiene para animais (0,13%).
O IPCA é o índice oficial de inflação no Brasil. Abrange 16 áreas e reflete a cesta de consumo das famílias com rendimento mensal de 1 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte dos rendimentos.
INPC tem 61 novos produtos e/ou serviços
Já o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) passa a contar com 61 novos subitens, como ar condicionado e vinho consumido no domicílio. Ao todo são 368 produtos e/ou serviços pesquisados, quatro a menos que na cesta atual.
Embora tenha havido alterações nos pesos dos grupos, Alimentação e bebidas se mantém como o principal grupamento na composição do índice, passando de aproximadamente 27,3% para 21,5%. Diferentemente do IPCA, transportes teve ganho de participação de cerca de 1,8 ponto percentual, chegando a 20%.
INPC | POF 08/09 | POF 17/18 |
---|---|---|
Alimentação e bebidas | 27,2552 | 21,5054 |
Habitação | 16,4278 | 17,0485 |
Artigos de residência | 6,5578 | 4,9023 |
Vestuário | 7,5839 | 5,6997 |
Transportes | 18,2122 | 20,0252 |
Saúde e cuidados pessoais | 9,7919 | 11,8534 |
Despesas pessoais | 6,4706 | 7,9741 |
Educação | 2,6884 | 4,3735 |
Comunicação | 5,0122 | 6,6179 |
Já a composição dos pesos regionais, definida a partir do critério de população residente urbana, se manteve semelhante à atual. São Paulo permaneceu como a área de maior peso (24,60%) e Rio Branco, embora tenha aumentado sua participação, segue como a área de menor peso no índice (0,72%).
INPC | POF 08/09 | POF 17/18 | |
---|---|---|---|
AC | Rio Branco | 0,59 | 0,72 |
BA | Salvador | 8,75 | 7,92 |
CE | Fortaleza | 5,42 | 5,16 |
DF | Brasília | 1,88 | 1,97 |
ES | Vitória | 1,83 | 1,91 |
GO | Goiânia | 4,15 | 4,43 |
MA | São Luís | 3,11 | 3,47 |
MG | Belo Horizonte | 10,60 | 10,35 |
MS | Campo Grande | 1,64 | 1,73 |
PA | Belém | 6,44 | 6,95 |
PE | Recife | 5,88 | 5,60 |
PR | Curitiba | 7,29 | 7,37 |
RJ | Rio de Janeiro | 9,51 | 9,38 |
RS | Porto Alegre | 7,38 | 7,15 |
SE | Aracaju | 1,29 | 1,29 |
SP | São Paulo | 24,24 | 24,60 |