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EXCLUSIVO: App de meditação Calm e Gympass se unem para atender foco corporativo em saúde mental

 Peter Kovalev/Getty Images

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Startups têm buscado atender às demandas por implementação rápida de tecnologia que ajude funcionários a tratarem problemas como estresse e insônia

Um ano depois de ter chegado ao Brasil, o aplicativo de meditação Calm investe na visão de ecossistema e acelera o foco em empresas para impulsionar crescimento, com parcerias com empresas como a plataforma de benefícios corporativos Gympass.

Junto com a Headspace, a startup baseada em São Francisco é um dos principais players globais no segmento de serviços digitais de bem-estar. O aplicativo da Calm já teve mais de 19 milhões de downloads e a empresa tem uma base de mais de 3 milhões de assinantes em 190 países da ferramenta. O app está sendo indicado pelo Gympass para crianças e usuários adultos, para ajudar em dificuldades do sono, alívio do estresse e aumento da concentração – todos problemas que inevitavelmente impactam a produtividade no trabalho.

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O Brasil é um dos mercados de maior crescimento para a empresa, que traduz seus conteúdos de maior sucesso para o português e também produz itens locais através de parcerias como a que selou com o ator Cauã Reymond. Segundo o diretor de estratégia da empresa, Alex Will, o Brasil – que é o segundo país com maior incidência de estresse no mundo, segundo a International Stress Management Association – está entre os mercados em que há uma aderência crescente a serviços focados em saúde mental.

“A revolução de boa forma física que começou 50 anos atrás, e agora vemos o começo de uma revolução da boa forma mental e notamos que, no Brasil, existe um movimento para além do fitness físico e um foco em cuidar da mente”, diz o executivo, em entrevista exclusiva com a Forbes.

Segundo Will, o Calm já tinha intenções de lançar uma oferta corporativa há algum tempo, e o projeto foi acelerado com a pandemia, dado o crescente interesse de empresas por ajudar a preservar o bem-estar psicológico de seus funcionários. “Antes [soluções de saúde mental] eram algo legal de se ter em uma empresa, e agora são necessárias”, aponta, ressaltando que usuários não precisam estar passando por problemas de saúde mental para beneficiarem-se da ferramenta, que conta com recursos como histórias de ninar.

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O apelo do aplicativo para empresas também se deve à facilidade e rapidez de implementação: segundo o executivo, é possível entregar a ferramenta para companhias que empregam milhares de pessoas em uma questão de dias. Além disso, o fato de que a marca é conhecida entre o público consumidor também ajuda.

“Nós nunca conseguiríamos crescer tanto [no segmento corporativo] se não tivéssemos uma marca forte entre consumidores e milhões de reviews do nosso aplicativo, pois a parte mais difícil [em operar no espaço B2B] é educar o cliente sobre a sua empresa. No nosso caso, muitos [dos tomadores de decisão] que compram o app para suas empresas já o utilizavam anteriormente”, detalha.

A Calm não abre o número de empresas que já compram sua oferta corporativa de bem-estar baseada em um aplicativo de smartphone, mas Will diz que o portfólio tem desde “empresas que empregam de 200 a 20.000 pessoas”. A startup norte-americana, que por sua vez tem 150 funcionários, conta com um time de 25 pessoas no braço corporativo, que atualmente é a fonte de maior crescimento da empresa.

Além do foco no segmento corporativo, a Calm aposta em uma visão de ecossistema, bem como formas de entrar no mundo offline. Parcerias neste sentido incluem um livro publicado com a editora Penguin e produtos, como cobertores, relacionados a experiências de bem-estar.

A empresa também prevê parcerias com provedores de serviços financeiros, como a American Express, em que clientes recebem um ano de uso do aplicativo como parte dos mimos ofertados aos clientes. Segundo Will, a Calm quer reproduzir este formato no Brasil, unindo-se com empresas no segmento de fintech, por exemplo. “Existem muitas oportunidades no Brasil, tanto em termos de empresas que querem oferecer o aplicativo para seus funcionários, quanto empresas que querem posicionar [serviços de] saúde mental como parte de sua proposta de valor para clientes”, ressalta.

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