Em março, IBGE prevê alta de 1,5% na safra de grãos de 2020
CEREAIS DE INVERNO (em grão) – Os principais cereais de inverno produzidos no Brasil são o trigo, a aveia branca e a cevada. A estimativa da produção do trigo foi de 4,9 milhões de toneladas, crescimento de 1,2% em relação ao mês anterior. Em relação ao ano anterior, a presente estimativa encontra-se 6,5% menor.
A região Sul responde por 85,6% da produção tritícola nacional. A produção gaúcha, de 1,9 milhão de toneladas, apresenta crescimento de 3,3% em relação ao mês anterior, com o rendimento médio aumentando nesse mesmo valor. No Paraná, a produção foi estimada em 2,1 milhões de toneladas e, em Santa Catarina, em 155,1 mil toneladas, mantendo as estimativas do mês anterior. No Sudeste, de 460,0 mil toneladas (MG com 190,7 mil toneladas e SP com 269,3 mil toneladas). No Centro-Oeste, as maiores produções são de Goiás, com 171,1 mil toneladas e Mato Grosso do Sul, com 51,4 mil toneladas.
A estimativa da produção da aveia foi de 917,3 mil toneladas, 1,5% acima do mês anterior. Os maiores produtores do cereal são Rio Grande do Sul, com 632,6 mil toneladas, e Paraná, com 176,7 mil toneladas. Em relação a 2019, a produção da aveia deve crescer 0,6%.
Para a cevada, a produção estimada encontra-se em 376,0 mil toneladas, crescimento de 2,5% em relação ao mês anterior. Os maiores produtores do cereal são Paraná, com 244,0 mil toneladas, e Rio Grande do Sul, com 117,0 mil toneladas. Em relação ao ano anterior, a produção de cevada deve apresentar declínio de 6,1%.
FEIJÃO (em grão) – A estimativa da produção nacional total foi de 3,1 milhões de toneladas, declínio de 1,0% em relação ao mês anterior. Os maiores produtores, somadas as três safras, são Paraná (24,7% do total nacional), Minas Gerais (16,2%) e Goiás (10,9%). Em relação à variação anual, a estimativa da produção aumentou 0,5%.
A 1ª safra de feijão está estimada em 1,3 milhão de toneladas, declínio de 0,3% frente a fevereiro, o que representa 4,2 mil toneladas. Destaques positivos para Pernambuco, com alta de 43,1%, e Ceará, com 8,0%. Os resultados são baseados no aumento do rendimento médio, que foi de 45,4% para Pernambuco e de 10,4% para o Ceará. Os destaques negativos ficaram com Santa Catarina (-14,0%) e Rio Grande do Sul (-10,3%), os dois com previsão de redução para o rendimento médio de 15,1% e 11,0%, respectivamente. Houve aumentos de 4,1% na estimativa de produção, em relação ao ano anterior.
A 2ª safra de feijão foi estimada em 1,3 milhão de toneladas, com uma redução de 1,4% frente à estimativa de fevereiro. Mato Grosso teve destaque este mês com declínio de 8,4% na estimativa de produção. Rio Grande do Sul e Paraná também aguardam uma diminuição de 6,7% e 2,1% na produção, respectivamente. Destaque positivo para Santa Catarina que prevê um aumento de 6,7% em sua estimativa de produção. Quanto à variação anual, a estimativa de produção indica aumento de 7,7% em relação a 2019.
Em relação à 3ª safra de feijão, a estimativa de produção foi de 461,4 mil toneladas, declínio de 1,8% frente a fevereiro. A área plantada também teve sua estimativa reduzida em 1,7%. Mato Grosso é a unidade da federação com maior influência nesse resultado, pois as estimativas indicam diminuição de 6,7% na área plantada, de 0,2% no rendimento médio e de 6,9% na produção. Em relação ao ano anterior, a estimativa de produção recuou 21,6%.
FUMO (em folhas) – A produção nacional de fumo em folhas foi estimada em 699,4 mil toneladas, uma redução de 6,1% em relação ao mês anterior, com queda de 5,7% na produtividade. A falta de chuvas que atingiu o Rio Grande do Sul, maior produtor nacional, foi o principal motivo para essa redução. O rendimento médio declinou 14,9% em relação aos dados divulgados em fevereiro. A estimativa da produção gaúcha foi de 291,4 mil toneladas, redução de 15,5%, ainda assim sendo responsável por cerca de 41,7% da safra nacional de fumo. A Região Sul, é responsável por cerca de 96,5% da produção nacional.
MILHO (em grão) – Em relação à última informação, a estimativa da produção cresceu 0,5%, totalizando 97,0 milhões de toneladas. Em relação ao ano anterior, a produção encontra-se 3,6 milhões de toneladas menor.