Em março, IBGE prevê alta de 1,5% na safra de grãos de 2020
Destaques na estimativa de março de 2020
ALGODÃO HERBÁCEO (em caroço) – A terceira estimativa da produção de algodão foi de 6,7 milhões de toneladas, 3,8% abaixo da previsão de fevereiro. No Mato Grosso, maior produtor do País, a estimativa de produção é de 4,6 milhões de toneladas (-2,4% que a última estimativa). A Bahia, segundo maior produtor, estima produzir 1,4 milhão de toneladas (-9,2% frente a fevereiro). Comparada a 2019, a produção de algodão do País recuou 2,1%. O Mato Grosso deve colher 0,6% menos e a Bahia, 7,6% menos.
ARROZ (em casca) – A estimativa da produção, de 10,6 milhões de toneladas, aumentou 2,5% em relação ao mês anterior. As reavaliações da produção mais importantes foram verificadas no Rio Grande do Sul (+2,5% ou 185,1 mil toneladas) e Santa Catarina (+5,8% ou 62,1 mil toneladas), que respondem por mais de 80% da produção, e devem alcançar 7,5 e 1,1 milhão de toneladas, respectivamente. A estimativa da produção do Tocantins não mudou em relação ao mês anterior: 653,7 mil toneladas. Já a do Mato Grosso deve alcançar 377,7 mil toneladas (+3,1% em relação ao mês anterior). As produções maranhense e paranaense devem alcançar 157,8 e 140,6 mil toneladas, respectivamente, com a primeira crescendo 2,4% e a segunda decrescendo 8,4%.
Em relação a 2019, a estimativa da produção de arroz encontra-se 3,6% maior, apesar dos declínios de 2,5% na área plantada e de 1,6% na área a ser colhida.
BATATA-INGLESA – A produção brasileira deve alcançar 3,8 milhões de toneladas, declínio de 1,5% em relação ao mês anterior. Em relação a 2019, a produção recuou 2,1%.
A 1ª safra, com uma produção de 1,7 milhão de toneladas, apresenta declínio de 2,0% em relação ao mês anterior. A produção do Rio Grande do Sul foi de 334,1 mil toneladas, declínio de 9,6% em relação ao mês anterior, devido a uma prolongada estiagem.
A produção estimada para a 2ª safra foi de 1,2 milhão de toneladas, declínio de 1,4% em relação ao mês anterior. No Paraná, a produção estimada recuou 4,5%.
Com relação à 3ª safra, a estimativa encontra-se em 937,8 mil toneladas, declínio de 0,8%. A maior variação negativa foi informada por Goiás (-3,5%), que deve produzir 201,9 mil toneladas, declínio de 3,5%.
CACAU (em amêndoa) – A estimativa de produção encontra-se em 281,2 mil toneladas, crescimento de 17,7% em relação ao mês anterior. O rendimento médio encontra-se 12,5% maior. No Pará e na Bahia, maiores produtores (94,0% do total), houve reavaliação da estimativa da produção, com aumento de 27,1% e de 10,9%, respectivamente. No Pará, a área a ser colhida apresenta crescimento de 16,6%, enquanto que o rendimento médio aumentou 9,0%. Na Bahia, houve crescimento de 1,2% na área a ser colhida e de 9,5% no rendimento médio. Em relação ao ano anterior, a produção de cacau encontra-se 11,4% acima, havendo incrementos de 2,0% na área a ser colhida e de 9,1% no rendimento médio.
CAFÉ (em grão) – A estimativa da produção brasileira de café foi de 3,5 milhões de toneladas, ou 57,6 milhões de sacas de 60 kg, crescimento de 1,0% em relação ao mês anterior. Em relação ao ano anterior, a estimativa da produção foi 15,4% maior.
Para o café arábica, a produção estimada foi de 2,5 milhões de toneladas, ou 42,3 milhões de sacas de 60 kg, não havendo variação em relação ao mês anterior. Em relação a 2019, a estimativa da produção do café arábica cresceu 22,3%. Em Minas Gerais, principal produtor (74,0% do total), a estimativa da produção apresenta crescimento de 26,4%, devendo o rendimento médio aumentar 20,2% em relação ao ano anterior. A produção foi estimada em 1,9 milhão de toneladas, ou 31,2 milhões de sacas de 60 kg. Em São Paulo, a estimativa da produção cresceu 6,6% em relação a 2019, devendo ser colhida uma safra de 282,5 mil toneladas, ou 4,7 milhões de sacas de 60 kg. O rendimento médio deve crescer 4,8%.
Para o café canephora, mais conhecido como conillon, a estimativa da produção, de 920,5 mil toneladas, ou 15,3 milhões de sacas de 60 kg, apresenta crescimento de 4,0% em relação ao mês anterior. A estimativa da produção encontra-se 5,9% maior no Espírito Santo (68,8% do total nacional), em decorrência de igual aumento no rendimento médio. A produção estimada para Rondônia foi de 150,9 mil toneladas, e para a Bahia, 106,6 mil toneladas, ambas mantendo as previsões de fevereiro.