Em janeiro, vendas no varejo recuam 1,0%
Principais atividades
Móveis e eletrodomésticos, com aumento de 11,0% no volume de vendas frente a janeiro de 2019, exerceu o maior impacto positivo na formação da taxa total do comércio varejista de janeiro de 2020, após aumento de 18,6% registrado no mês de dezembro. Com isso, o acumulado nos últimos doze meses, ao passar de 3,6% até dezembro para aumento de 4,8% em janeiro, mantém ganho de ritmo observado desde agosto de 2019, último ponto negativo registrado pela série da atividade para este indicador (-0,8%).
Outros artigos de uso pessoal e doméstico, que engloba lojas de departamentos, óticas, joalherias, artigos esportivos, brinquedos, etc., teve alta de 7,6% no volume de vendas em relação a janeiro de 2019, no sétimo avanço consecutivo e exerceu a segunda maior contribuição positiva ao resultado do varejo. O acumulado nos últimos doze meses registrou taxa de 6,2%, resultado próximo ao assinalado em dezembro de 2019 (6,1%).
Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria registraram aumento de 7,1% nas vendas frente a janeiro de 2019 e foi a terceira maior contribuição positiva na taxa global do varejo, registrando a trigésima terceira variação positiva consecutiva, na comparação com igual mês do ano anterior. Em termos de resultado acumulado nos últimos doze meses até janeiro (6,8%), o setor mostrou estabilidade pelo terceiro mês consecutivo.
Tecidos, vestuário e calçados registrou taxa positiva de 4,2%, em relação a janeiro de 2019, após resultado próximo a estabilidade em dezembro (-0,1%). Com isso, o indicador acumulado nos últimos doze meses, ao passar de acréscimo de 0,1% em dezembro de 2019 para 0,5% em janeiro de 2020, interrompeu a trajetória descendente no ritmo de vendas, iniciada em julho de 2019 (1,3%).
Livros, jornais, revistas e papelaria mostrou aumento de 3,7% frente a janeiro de 2019, segundo mês de crescimento após uma sequência de 28 taxas negativas. Com isso, a análise pelo indicador anualizado, acumulado nos últimos doze meses, embora no campo negativo desde março de 2014 (-0,2%), mostrou redução de 4,1 p.p. ao passar de -20,7% em dezembro para -16,6% em janeiro de 2020.
Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com recuo de 2,8% frente a janeiro de 2019, teve a segunda taxa negativa após seis taxas positivas consecutivas nessa comparação. Com isso, o segmento exerceu o maior impacto negativo sobre a taxa do varejo. Além disso, o acumulado nos últimos doze meses, após avanço de 0,4% até dezembro, registrou estabilidade (0,0%) em janeiro.
Combustíveis e lubrificantes, com recuo de 2,3% no volume de vendas em relação a janeiro de 2019, exerceu a segunda maior contribuição negativa para o resultado total do varejo. A elevação dos preços de combustíveis, acima da variação média de preços, é fator relevante que vem influenciando negativamente o desempenho do setor. Com isso, o indicador anualizado, acumulado nos últimos doze meses (0,3%) mostrou perda de ritmo em relação ao acumulado até dezembro (0,6%).
Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação mostrou recuo de 6,7% em relação a janeiro de 2019. O indicador acumulado nos últimos doze meses (0,1%) reduz ritmo nas vendas em relação a dezembro (0,8%).
Varejo ampliado
Veículos, motos, partes e peças subiu 10,2% em relação a janeiro de 2019, sua décima taxa positiva seguida, exercendo a maior contribuição no mês para o varejo ampliado. O acumulado nos últimos doze meses, ao registrar 10,1% até janeiro, ficou praticamente estável em relação ao acumulado até dezembro (10,0%).
Material de Construção com aumento de 2,5% em relação a janeiro de 2019, após avanço de 4,9% em dezembro de 2019, teve a quinta taxa positiva consecutiva, nessa comparação. Com isso, o acumulado nos últimos doze meses, ao passar de 4,2% em dezembro para 4,3% em janeiro, manteve trajetória de crescimento iniciada em agosto de 2019.
Vendas do comércio caem em 16 das 27 Unidades da Federação
De dezembro de 2019 para janeiro de 2020, na série com ajuste sazonal, houve queda em 16 das 27 Unidades da Federação, com destaque para: Amapá (-10,4%), Bahia (-6,9%) e Tocantins (-5,6%). Por outro lado, houve altas em 11 das 27 Unidades da Federação, destacando-se Rondônia (5,2%), Roraima (3,4%) e Acre (3,2%)
No comércio varejista ampliado, houve resultados positivos em 17 das 27 Unidades da Federação, com destaque para: Rondônia (3,7%), Roraima (3,2%) e Goiás (3,1%). Por outro lado, pressionando negativamente, figuram 8 das 27 Unidades da Federação, com destaque para: Bahia (-6,6%), Amapá (-6,6%) e Tocantins (-2,5%). Paraíba e Acre mostraram estabilidade (0,0%) nas vendas frente a dezembro de 2019.
Source: IBGE