Em fevereiro, vendas no varejo crescem 1,2%
Principais atividades
Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo exerceram o maior impacto positivo na formação da taxa global do varejo. Com aumento de 4,1% frente a fevereiro de 2019, a atividade inverte movimento registrado nos dois meses anteriores. No primeiro bimestre de 2020, esse segmento acumulou aumento de 0,6% frente a igual bimestre de 2019. No acumulado nos últimos doze meses, o setor volta a registrar aceleração na intensidade de crescimento (0,2%) após seis meses perdendo ritmo.
Móveis e eletrodomésticos foi o segmento que exerceu o segundo maior impacto positivo no indicador do varejo, após alcançar o sexto mês consecutivo de crescimento: 11,7% de aumento no volume de vendas em relação a fevereiro de 2019. No primeiro bimestre de 2020, acumula 11,4% de alta, em comparação a igual bimestre do ano anterior. O setor registra o quarto bimestre consecutivo de variações positivas, sendo a segunda taxa a dois dígitos (no 4º bimestre de 2019 o valor foi 11,7%). Em doze meses, acumula 5,5%.
Outros artigos de uso pessoal e doméstico, que engloba lojas de departamentos, óticas, joalherias, artigos esportivos, brinquedos, entre outros, cresceu 8,7% em relação a fevereiro de 2019, mostrando ganho de ritmo em relação ao resultado de janeiro (7,6%). No primeiro bimestre de 2020, houve alta de 8,1% frente a igual período de 2019. O acumulado de doze meses, 6,1%, monstra estabilidade perante a dezembro (6,1%) e janeiro (6,2%).
Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria, com alta de 7,9% frente a fevereiro de 2019, registrou a trigésima quarta variação positiva consecutiva nessa comparação, representando a série mais longa de crescimento entre todos os setores pesquisados desde 2017. No primeiro bimestre do ano, acumulou variação de 7,5% em relação ao mesmo período de 2019. Nos últimos doze meses, acumulou aumento de 6,8%.
Tecidos, vestuário e calçados, com aumento de 1,0% em relação a fevereiro de 2019, mostrou o segundo mês consecutivo de taxas positivas. O acumulado para o primeiro bimestre do ano ficou em 1,8%. No entanto, o indicador acumulado nos últimos doze meses, ao passar de 0,4% até janeiro para -0,1% em fevereiro, mostra redução de ritmo.
Combustíveis e lubrificantes mostrou variação positiva de 0,2% no volume de vendas em relação a fevereiro de 2019, interrompendo dois meses seguidos de queda. O acumulado no primeiro bimestre de 2020 foi de -0,2% e o nos últimos doze meses foi de 0,2%.
Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação, em relação a igual mês de 2019, registrou recuo de 13,3%, em seu segundo mês consecutivo de queda. O setor foi o único a influenciar negativamente o indicador do varejo. O acumulado do ano para a atividade foi de -10,1%, o primeiro bimestre negativo desde julho-agosto de 2019, e o acumulado nos últimos doze meses de -1,8%, invertendo a trajetória, para essa comparação, que vinha sendo observada desde novembro de 2019.
Livros, jornais, revistas e papelaria apresentou recuo no volume de vendas de 7,8% frente a fevereiro de 2019, após dois meses de crescimento. Com isso, o segmento volta a apresentar comportamento de retração registrado até novembro de 2019. Ainda assim, na comparação com o primeiro bimestre do ano passado, a perda do setor foi de 1,5%, a menos intensa desde o terceiro bimestre de 2017. Nos últimos doze meses, o segmento acumula recuo de 14,8%, permanecendo negativo desde março de 2014 (-0,2%).
Varejo ampliado
Veículos, motos, partes e peças registrou aumento de 1,1% em relação a fevereiro de 2019, assinalando a décima primeira taxa positiva seguida. No primeiro bimestre, o setor acumulou avanço de 5,6% e, nos últimos doze meses, de 8,7%, mostrando perda de ritmo em relação a janeiro (10,1%), interrompendo uma trajetória de estabilidade que vinha sendo registrada desde novembro de 2019 com variações de até 0,2 p.p.
Material de Construção, com queda de -2,0% em relação a fevereiro de 2019, interrompe sequência de cinco meses de crescimento consecutivos. No acumulado do ano, a taxa foi de 0,3%. O indicador acumulado nos últimos doze meses, ao passar de 4,2% em janeiro para 3,4% em fevereiro, mostrou perda de ritmo voltando ao patamar de outubro (3,5%).
Vendas do comércio crescem em 21 das 27 Unidades da Federação
Na passagem de janeiro para fevereiro de 2020, na série com ajuste sazonal, a taxa média nacional de vendas do comércio varejista mostrou crescimento (1,2%) com predomínio de resultados positivos atingindo 21 das 27 Unidades da Federação. Nesse sentido, destacaram-se Tocantins (15,1%), Amazonas (3,5%) e Minas Gerais (2,7%). Já os principais destaques negativos ficaram por conta do Amapá (-3,8%), do Ceará (-1,7%) e de Rondônia (-0,5%). A Bahia registrou estabilidade (0,0%).