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Demografia das Empresas e Empreendedorismo 2017: taxa de sobrevivência foi de 84,8%

Empreendedorismo: Número de empresas de alto crescimento foi o menor da série histórica  

Em 2017, existiam, no Brasil, 20.306 empresas de alto crescimento (crescimento médio do pessoal ocupado assalariado de pelo menos 20% ao ano por um período de três anos e com 10 ou mais pessoas ocupadas assalariadas no ano inicial de observação). Esse foi o menor número da série iniciada em 2008 (30.954) e o maior foi em 2012 (35.206).

Essas empresas representavam 0,5% das empresas ativas, 0,8% das empresas com pessoas ocupadas assalariadas e 4,5% das empresas com 10 ou mais pessoas ocupadas assalariadas. Elas foram responsáveis pela absorção de 7,9% das pessoas assalariadas (2,5 milhões) e pelo pagamento de 6,9% dos salários e outras remunerações.

Entre 2016 e 2017, houve redução do número de empresas de alto crescimento, tanto em termos absolutos (692 empresas) como relativos (3,3%), com a queda abrangendo 8 das 11 seções analisadas. Educação registrou a maior queda tanto em termos absolutos (217 empresas) como em termos relativos (19,1%). Construção apresentou a segunda maior retração (185 empresas e 9,0%), seguida por Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas (159 empresas e 2,9%).

No triênio 2015-2017, houve queda no número de empresas de alto crescimento (menos 5.490), o que representa uma redução de 21,3%. As maiores perdas em valores absolutos foram nas seções Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas (1.570) e Construção (1.030). Construção (-35,5%) e Educação (-31,4%) destacaram-se em termos relativos. Informação e comunicação apresentou a menor redução (-4,5%).

Quase metade das unidades locais das empresas de alto crescimento encontrava-se na região Sudeste (49,2%), seguida pelas regiões Sul (19,3%), Nordeste (17,5%), Centro-Oeste (8,7%) e Norte (5,3%). A distribuição das unidades locais das empresas ativas com 10 ou mais pessoas ocupadas assalariadas apresentou um padrão semelhante, com as regiões Sul e Sudeste respondendo, juntas, por 70,2% de tais unidades.

55,2% das empresas de alto crescimento estavam na faixa de 10 a 49 pessoas ocupadas assalariadas

O conjunto das empresas com pessoas assalariadas apresentou uma variação relativa de 1,4% no pessoal ocupado assalariado (446,0 mil novos postos) de 2014 (31,4 milhões) para 2017 (31,9 milhões). Entre empresas de alto crescimento, esse aumento foi de 171,0% (1,6 milhão de novos postos).

Em relação ao porte, em 2017, 55,2% das empresas de alto crescimento estavam na faixa de 10 a 49 pessoas ocupadas assalariadas; 36,7%, de 50 a 249; e 8,1%, de 250 ou mais. As empresas com 10 a 49 pessoas ocupadas representavam 13,9% do total de assalariados e pagava 11,2% dos salários e outras remunerações. Por outro lado, nas empresas com 250 ou mais pessoas ocupadas assalariadas, esses percentuais eram de 56,5% e 61,4%.

A distribuição das empresas de alto crescimento em relação à faixa de idade foi: maior que 10 a 20 anos (33,7%), maior que 5 a 10 anos (33,5%), maior que 20 até 30 (13,9%), de 3 até 5 anos (11,9%), maior que 30 até 40 anos (4,4%) e maior que 40 anos (2,6%).

Homens ainda são maioria entre os assalariados das empresas de alto crescimento, mas participação feminina vem crescendo

Nas empresas de alto crescimento, em 2017, o percentual de homens (62,4%) no total de pessoal ocupado assalariado era maior que o de mulheres (37,6%). Mas, no período de 2009 a 2017, houve um aumento da participação feminina, tanto nas empresas de alto crescimento (de 31,0% para 37,6%) quanto nas empresas com 10 ou mais pessoas ocupadas assalariadas (de 33,5% para 37,6%).

A participação do pessoal ocupado assalariado com ensino superior completo nas empresas de alto crescimento passou de 9,6% (2009) para 15,1% (2017), o que representa um avanço de 5,5 p.p. Já nas empresas com 10 ou mais pessoas ocupadas assalariadas, essa variação foi de 10,2% para 15,6% (5,4 p.p.).

11,9% das empresas de alto crescimento eram gazelas

Em 2017, havia 2.422 empresas gazelas (empresas de alto com faixa de idade entre três e cinco anos no ano de referência). Esse número foi o menor da série histórica, iniciada em 2008, enquanto o maior número de empresas gazelas foi observado em 2012 (4.671). As empresas gazelas, em 2017, representavam 11,9% das empresas de alto crescimento e empregavam 198,8 mil pessoas assalariadas. Na comparação com 2016, houve uma queda de 11,1% no número de empresas e de 17,3% no pessoal ocupado assalariado.

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