Conheça 14 iniciativas que, por meio da tecnologia, estão ajudando a população mais vulnerável e a área da saúde

Não é novidade que a pandemia de Covid-19 tem gerado diversos desafios à sociedade, seja por conta das graves questões de saúde ou pelas consequências econômicas do isolamento social. Embora a medida de distanciamento seja necessária para conter a disseminação do novo coronavírus e os integrantes das classes média e alta brasileiras encontrem menos limitações em segui-la, a realidade para os moradores de comunidades carentes ou das ruas é muito diferente. Para reduzir os danos causados a esse grupo mais vulnerável, diversas empresas lançaram mão da tecnologia para arrecadar, de forma online, recursos que contribuam com a causa, uma vez que o método permite construir uma ampla rede de colaboração que vai além dos círculos sociais e gera um impacto muito maior.
Rui Ramos, cofundador e CEO da eSolidar, startup portuguesa de causa social que oferece às instituições de caridade ferramentas fáceis para captar recursos e aumentar a visibilidade, acredita que, devido à superlotação e à falta de condições para seguir as recomendações, como trabalhar de casa, os moradores das favelas serão as principais vítimas da Covid-19 no Brasil. Para Gilson Rodrigues, integrante do G10 Favelas (bloco de líderes e empreendedores de impacto social das comunidades que fazem ações em prol do seu desenvolvimento econômico e protagonismo) e líder comunitário de Paraisópolis, pouco é falado sobre como a situação de distanciamento será conduzida para os 12 milhões de brasileiros que vivem nessas condições. “Nesses locais, onde a quarentena é um desafio devido à grande aglomeração de pessoas, os moradores ficam ainda mais expostos ao risco de contaminação”, afirma.
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O ativista lembra, ainda, que grande parte dos moradores não terão condições de permanecer isolados, já que muitos só recebem dinheiro quando saem para trabalhar, como as empregadas domésticas e ambulantes. “Isso se soma ao fato de a maioria das famílias não terem renda suficiente para comprar mantimentos para os 14 dias de isolamento – quem dirá para comprar álcool em gel. São pessoas que estão inseridas no grupo de 69% dos moradores que trabalham na área de serviços: porteiros, empregadas domésticas, babás, zeladores. Os trabalhadores autônomos pertencem à parcela da sociedade que mais vai sofrer diante da pandemia.”
Em meio a este cenário que demanda urgência de contribuições, o aplicativo Ribon, criado para melhorar a experiência de doação dos indivíduos, destaca-se como um criador do hábito de “boas ações”. O mecanismo de colaborações da plataforma funciona a partir da parceria com fundações ou institutos que direcionam recursos para entidades de caridade, as quais executam as campanhas. A doação dessas entidades é disponibilizada por meio de moedas virtuais, chamadas “ribons”, que podem ser adquiridas a partir da leitura de matérias patrocinadas e de cunho social postadas no aplicativo diariamente, e depois doadas às causas escolhidas pelo usuário. Segundo Rafael Rodeiro, CEO e cofundador do app, 30 mil pessoas por mês colaboram com as campanhas.
Para Rodeiro, o diferencial da plataforma é construir consciência e engajamento, que são propiciados ainda mais durante a quarentena, uma vez que a população pode passar mais tempo acompanhando o conteúdo e se envolvendo com as causas. “Mais da metade dos usuários nunca tinha doado antes para a caridade. Então, o que a gente faz por meio da Ribon é construir um movimento de contramão em um país que não tem uma alta cultura de doações. Nós proporcionamos a criação do hábito de colaborar e mostramos aos doadores que isso faz bem ao conectá-los com algo maior.” O aplicativo é gratuito, mas também oferece a opção de uma assinatura mensal que permite que o usuário compre ribons com seu próprio dinheiro. Segundo Rafael, o desejo por este upgrade surge do próprio engajamento.
De fato, o contexto da pandemia tem trazido diversas inseguranças, mas também está gerando uma onda de solidariedade que cresce a cada dia e que é facilitada pela tecnologia. Além do Ribon, outras 13 plataformas foram criadas ou direcionaram seu foco para ajudar os grupos mais vulneráveis em meio à crise do novo coronavírus.
Veja, na galeria de imagens a seguir, as iniciativas de cada uma delas:
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Source: Forbes