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CEO da CVC renuncia e será substituído por ex-Smiles; B3 lucra R$ 2,7 bi em 2019, lucro da Hering cai 10% e mais destaques

SÃO PAULO – O noticiário corporativo da noite desta quinta-feira (5) foi bastante agitado, com destaque para a temporada de resultados, com os números do quarto trimestre da B3, Hering, CCR e mais. Além disso, o Pão de Açúcar anunciou um acordo para vende de imóveis, enquanto a CVC anunciou a mudança de CVC. Confira os destaques:

CVC (CVCB3)

A CVC Brasil comunicou ao mercado o pedido de renúncia apresentado pelo CEO Luiz Fernando Fogaça, com efeitos a partir de 30 de março de 2020, sendo certo que até tal data o executivo continuará no exercício de suas funções de forma a contribuir no processo de sucessão.

“Na Companhia desde 2010, o Sr. Luiz Fernando Fogaça participou de importantes etapas estratégicas que contribuíram para o crescimento da Companhia. O Conselho de Administração agradece e reconhece a importante contribuição do Sr. Luiz Fernando Fogaça para a Companhia ao longo de todos esses anos”, destacou a companhia.

Para ocupar a posição de Diretor Presidente da Companhia, o Conselho de Administração aprovou a indicação de Leonel Andrade. Andrade foi Diretor Presidente da Losango, da Credicard e da Smiles Fidelidade, ocupando por 15 anos o principal cargo de gestão dessas empresas.

“O Sr. Leonel Andrade será eleito pelo Conselho de Administração após a aprovação, em Assembleia Geral a ser convocada nos próximos dias, de plano de outorga de ações de emissão Companhia destinado exclusivamente ao novo Diretor Presidente”, destacou o comunicado.

B3 (B3SA3)

A operadora da Bolsa brasileira B3 fechou o quarto trimestre de 2019 com lucro líquido de R$ 732,9 milhões, o que representa uma alta de 25,7% sobre o mesmo período do ano passado. No acumulado do ano passado, a companhia teve lucro de R$ 2,713 bilhões, avanço de 29,9% sobre 2018.

Já o lucro líquido recorrente da companhia subiu 20,9% e ficou em R$ 864,5 milhões nos três últimos meses do ano passado, enquanto em 2019 fechou em R$ 3,237 bilhões.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) recorrente da B3 totalizou R$ 1,179 bilhão no quarto trimestre, avanço de 29,1% sobre a cifra vista um ano antes. Em 2019, a operadora da bolsa viu seu Ebitda subir 24,4%, a R$ 4,259 bilhões.

A margem Ebitda (relação percentual entre a geração operacional e a receita líquida) recorrente da companhia foi de 74,7%, ante 69,6% no quarto trimestre de 2018.

A receita líquida, por sua vez, ficou em R$ 1,578 bilhão entre outubro e dezembro do ano passado. O valor configura uma alta de 20,2% sobre o resultado registrado no mesmo período do ano passado (R$ 1,313 bilhão).

Enquanto as receitas da B3 subiram, as despesas ficaram estáveis, em R$ 656,6 no quarto trimestre. No ano, porém, as despesas aumentaram 10%, para R$ 2,678 bilhões.

Os bancos Itaú BBA e Morgan Stanley avaliaram como “sólidos” e “robustos” os resultados do quarto trimestre da B3, empresa dona da Bolsa de Valores de São Paulo. Os bancos não mudaram as avaliações, que permanecem “acima da média” no caso do BBA e na “média do mercado” no Morgan Stanley.

“A receita líquida no quarto trimestre de 2019 foi de R$ 733 milhões, 26% superior a igual período do ano anterior. O número chegou 4% superior à nossa estimativa”, comentou o Morgan Stanley. “A surpresa aconteceu por uma forte expansão no faturamento e despesas operacionais mais baixas, o que foi parcialmente compensado por impostos mais altos”, avalia o banco americano. Já o Itaú BBA destaca que o forte controle das despesas e as tendências positivas na divisão de ações levaram a um resultado “robusto” no quarto trimestre.

O crescimento de 30% na divisão de ações, ressalta o banco, foi sustentado em parte pela grande quantidade de novas emissões de empresas na B3. “O Ebitda atingiu R$ 1,18 bilhão, um forte crescimento de 29% sobre o quarto trimestre do ano anterior”, comenta o BBA. O banco avalia que a B3 está bem posicionada para as novas emissões em 2020, o que deverá sustentar a expansão. O banco mantém a recomendação  “acima da média” para o papel B3SA3, com preço-alvo de R$ 52,00, uma alta de 10,4% sobre os R$ 47,11 do fechamento de ontem no pregão.

CCR (CCRO3)

O Grupo CCR, dono de concessões de infraestrutura, registrou no quarto trimestre de 2019 um lucro de R$ 392,6 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 307,1 milhões observado um ano antes.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado saltou 180,4% no último trimestre de 2019, para R$ 1,5 bilhão, na comparação anual.

A receita líquida, por sua vez, cresceu 18,4% no intervalo entre outubro e dezembro de 2019 em relação ao mesmo período do ano anterior, para R$ 2,645 bilhões. Os dados são ajustados pelo critério IFRS e consideram apenas os ativos controlados pelo grupo.

A companhia também divulgou dados “mesma base”, que exclui novos negócios, mudanças de participações e efeitos não recorrentes. Seguindo esses critérios, no quarto trimestre de 2019, em relação ao quarto trimestre de 2018, houve queda de 3% no lucro líquido, para R$ 499,2 milhões. O Ebitda subiu 19,6%, para R$ 1,633 bilhão. A receita líquida avançou 14,4%, para R$ 2,554 bilhões.

De acordo com Marcus Macedo, gestor de Relações com Investidores da CCR, a queda no lucro no critério mesma base pode ser explicada pela aproximação do fim de algumas concessões. “A curva de depreciação dos ativos é maior, apesar do bom resultado operacional”, diz o executivo. Considerando o ano de 2019, o impacto foi ainda maior: queda de 15,2% no lucro líquido mesma base em relação a 2018, para R$ 1,382 bilhão. Entre os contratos de concessão próximos do fim estão CCR NovaDutra (contrato encerra em fevereiro de 2021) e a CCR RodoNorte (novembro de 2021).

Ainda dentro do critério mesma base, o Ebitda de 2019 subiu 12,7%, para R$ 5,511 bilhões. No mesmo intervalo, a receita líquida avançou 8,8%, para R$ 8,656 bilhões.

Dentro do critério IFRS, de 2018 para 2019, houve alta de 83,8% no lucro líquido, para R$ 1,438 bilhão. O Ebitda ajustado avançou 42,2%, para R$ 5,790 bilhões. A receita líquida cresceu 16,7%, para R$ 9,494,4 bilhões.

A dívida líquida da companhia subiu 1,5%, de R$ 13,7 bilhões no quarto trimestre de 2018 para R$ 13,9 bilhões no último trimestre de 2019. A relação dívida líquida/Ebitda passou de 2,8 vezes para 2,4 vezes no intervalo. “Com endividamento razoavelmente baixo, a CCR busca novos negócios este ano, seja por meio de leilões ou aquisições”, diz Macedo.

No mês passado, a CCR venceu a disputa pela concessão da BR-101/SC, trecho que faz ligação com a Rodovia de Integração Sul (RIS), arrematada pela empresa em um leilão no ano passado, que passou a ser administrada pela CCR ViaSul.

Cia. Hering (HGTX3)

A varejista Cia Hering fechou o quarto trimestre com lucro líquido de R$ 63,2 milhões, uma queda de 34% sobre o mesmo período de 2018. O resultado foi pressionado pela fraqueza nas vendas da companhia no país.

No acumulado do ano, a companhia teve lucro de R$ 214,7 milhões, um recuo de 10,3% em relação aos R$ 239,5 milhões registrado em 2018.

Enquanto isso, a geração de caixa medida pelo Ebitda recuou 6,9%, para R$ 82,7 milhões Já a margem bruta recuou para 43,4% nos três últimos trimestres de 2019, contra 44,3% no mesmo período de 2018.

No ano passado, a receita líquida da companhia subiu de R$ 1,54 bilhão para R$ 1,55 bilhão. No ano passado, as vendas no mercado interno subiram 1%, para R$ 1,7 bilhão, enquanto as vendas no mercado externo caíram 15,1%, a R$ 42,1 milhões.

Natura (NTCO3)

A Natura teve um lucro líquido consolidado de R$ 14,3 milhões no quarto trimestre de 2019, uma queda de 96,3% em comparação a igual período de 2018. A empresa informou que o resultado sofreu o impacto de um efeito não recorrente, de impostos no valor de R$ 206,6 milhões relativos à forte reestruturação societária que a empresa atravessou após comprar a americana Avon. O Ebitda foi de R$ 744,5 milhões no quarto trimestre, uma alta de 4,2% sobre igual período do ano anterior.

A receita líquida consolidada avançou 7,3% para R$ 4,6 bilhões no quarto trimestre do ano passado. Só no Brasil houve expansão de 5,1% na receita, para R$ 2,7 bilhões.

Nas lojas da marca The Body Shop, houve crescimento de 6,7% na receita para R$ 1,4 bilhão. A Natura conseguiu reduzir seu endividamento em 2019, fechando o ano passado com uma dívida de R$ 4,6 bilhões, ante R$ 5 bilhões no final de 2018. A relação dívida líquida sobre o Ebitda era de 2,4 vezes (2,4x) no final de 2019, ante 2,7 vezes (2,7x) no fim de 2018. O destaque positivo da Hering em 2019 foi o comércio eletrônico, que cresceu 48,2%, atingindo 4,4% do faturamento da varejista e fabricante de Blumenau (SC).

Santos Brasil (STBP3)

A Santos Brasil (STBP3), uma das maiores operadoras logísticas portuárias privadas do país, obteve um lucro líquido recorrente de R$ 10,4 milhões no quarto trimestre de 2019. O lucro avançou 173% sobre igual período de 2018. No consolidado de 2019, a Santos Brasil lucrou R$ 15,4 milhões, uma expansão de 396,8% sobre 2018, quando apurou lucro líquido de R$ 3 milhões.

O Ebitda avançou 43% no quarto trimestre de 2019, sobre igual período de 2018, para R$ 70,7 milhões. O Ebitda de 2019 consolidado cresceu 16,9% para R$ 221,6 milhões. No consolidado de 2019, a receita líquida avançou 5,5% para R$ 972 milhões. Houve queda na movimentação no seu terminal de veículos em Santos, de 26,5% para 177.699 veículos, por causa da queda das exportações para a Argentina.

Em compensação, houve expansão de 7,8% na movimentação de contêineres nos três terminais (Santos/SP, Imbituba/SC e Vila do Conde/PA), totalizando 1,16 milhão de unidades. O investimento da Santos Brasil cresceu 76,9% no ano passado, sobre 2018, para R$ 114,1 milhões. A maior parte dos investimentos – R$ 101 milhões – foi feita nos terminais no porto de Santos (SP). Houve obra de extensão e reforço do cais.

Pão de Açúcar (PCAR3)

O Grupo Pão de Açúcar anunciou um acordo com fundos geridos pela TRX para vender 43 imóveis onde opera lojas de várias bandeiras de mercados por cerca de R$ 1,25 bilhão, com combinações para alugá-los por 15 anos.

Os contratos poderão ser renovados por 15 anos e o aluguel será equivalente a R$ 24 por metro quadrado por mês, informou a rede de varejo. Os imóveis vendidos incluem 2 lojas Extra Hiper, 6 lojas Mercado Extra, 22 lojas Pão de Açúcar e 13 lojas Assaí e ocupam área de 541.675 metros quadrados e possuem 295.266 metros quadrados construídos.

(Com Agência Estado)

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Fonte: Infomoney Blog Epolitica

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