Após explosão das queimadas, cana-de-açúcar é nova ameaça à Amazônia e ao Pantanal
“Essas medidas se explicam por uma questão ideológica – ou seja, pelo ambiente de vale tudo e de desprezo pelo meio ambiente e pelas condições de trabalho que, cada vez mais, está imperando em algumas organizações patronais da agricultura”, afirma Ricardo Abramovay, professor do Programa de Ciência Ambiental do Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo (USP).
Para ele, também há também razões patrimoniais envolvidas, pois desmatamento é hoje na Amazônia um caminho para se incorporar patrimônio – sobretudo a partir da invasão de terras públicas.
Tereza Campello, ex-ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e que também teve papel importante na elaboração do Zoneamento, acrescenta que a medida não interessa nem ao meio ambiente nem ao país. “Essa medida do governo Bolsonaro fragiliza nossa imagem internacional e, do ponto de vista econômico, prejudica o agronegócio”, diz. “Proteger o Pantanal e a Amazônia é estratégico para o Brasil. Ou deveria ser.”
Nota da redação: a matéria foi atualizada no dia 13 de novembro de 2019 às 13h45 para alteração da atual sigla partidária do ex-ministro Carlos Minc.
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Fonte: Reporter Brasil