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Acordo da Opep+ decepciona e petróleo WTI cai 9%; ação da Petrobras tem queda

petróleo e gás

SÃO PAULO – Os contratos futuros de petróleo tiveram queda expressiva, com destaque para o WTI, em meio à decepção sobre o que sabe até o momento do desfecho da teleconferência da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep+) sobre corte de produção de petróleo.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para maio encerrou em queda de 9,28%, a US$ 22,76, depois de ter chegado a atingir máxima intraday de US$ 28,36, com alta de 12%. Já o Brent para junho caiu 4,11%, a US$ 31,48, na Intercontinental Exchange (ICE). Com isso, as ações da Petrobras (PETR3;PETR4) também registram queda, de cerca de 3%, após chegarem a subir 8% durante a manhã.

No começo da sessão, o contrato da commodity chegou a registrar fortes ganhos em meio à expectativa com as reduções de produção para tentar equilibrar o mercado em meio aos choques de oferta e demanda da commodity. O mês de março foi marcado pela guerra de preços entre Arábia Saudita e Rússia e pela redução de demanda com o coronavírus.

Mais cedo, foi noticiado que haveria um corte de produção de 20 milhões de barris de petróleo por dia através do acordo preliminar entre Arábia Saudita e Rússia, o que animou as cotações da commodity.

Contudo, o otimismo inicial foi dando lugar ao mau humor, à medida que mais detalhes sobre a reunião circulavam no mercado.

De acordo com a Dow Jones e a Bloomberg, a Organização chegou a um consenso por redução de 10 milhões de barris de por dia (bpd) entre maio e junho, volume que, na avaliação do Commerzbank, pode não ser suficiente para estabilizar o setor.

“No melhor dos casos, os cortes na produção que estão sendo considerados podem aliviar o golpe causado pela queda na demanda. Então, os preços do petróleo enfrentam riscos consideráveis após a conferência de hoje”, destaca o banco, em relatório enviado a clientes.

Além da redução planejada de 10 milhões de barris, a Opep+ está buscando cortes de até 5 milhões por dia no Grupo dos 20 países (G-20), disseram delegados à Bloomberg.

Uma contribuição do G-20, cujos ministros de Energia devem se reunir na sexta-feira, pode dar um estímulo extra aos esforços para reavivar os preços.

Contudo, não está claro se esses países vão aceitar. “A duração do acordo também é um fator importante, com reduções consideráveis sendo necessárias até o fim do ano, para aliviar o impacto nos estoques”, explica o ING.

A Rússia insistiu que os EUA, em particular, façam mais do que apenas permitir que as forças do mercado reduzam sua produção recorde. Enquanto isso, Donald Trump, presidente dos EUA, disse que o corte no país  acontecerá “automaticamente”, à medida que os baixos preços colocarem o xisto em apuros, um sentimento reiterado por seu secretário de Energia na quinta-feira.

O plano provisório da Opep+ relaxaria os limites de produção após dois meses, dependendo de como for a evolução do coronavírus. O corte de 10 milhões de barris por dia pode encolher para 8 milhões por dia a partir de julho e 6 milhões por dia a partir de janeiro de 2021, segundo um delegado.

A Arábia Saudita aplicará sua redução a um nível de produção atual de cerca de 11 milhões de barris por dia, disse um delegado. Isso é mais baixo do que os níveis de produção recentes, que subiram acima de 12 milhões por dia no início de abril.

(Com Agência Estado e Bloomberg)

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Source: Infomoney Blog Epolitica

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