Ações de blue chips disparam até 5% e só 5 ativos do Ibovespa caem; Totvs salta 7% após entrar no Ibovespa
A Bolsa informou que um dos principais impactos com o novo modelo de tarifação se concentrará no pequeno investidor de varejo. Segundo a B3, a taxa mensal de manutenção de conta, atualmente de cerca de R$ 110 ao ano, será zerada. Uma das intenções, com essa medida, é que as corretoras ampliem a base de clientes pessoa física. A tarifa cobrada na negociação de ações na B3 também cairá cerca de 10% para as pessoas físicas em geral.
No fim do ano passado, o presidente da B3, Gilson Finkelsztain, disse a jornalistas que a companhia vinha debruçada sobre esse assunto depois de observar que muitas corretoras estavam absorvendo esses custos e não repassando aos seus clientes. “Estamos sensíveis à questão de tarifação para garantir que o crescimento da pessoa física continue”, comentou, na ocasião.
No anúncio feito hoje, a B3 informou também que clientes que tiverem até R$ 20 mil de saldo em custódia numa mesma corretora serão isentos das demais taxas de manutenção de conta, como as cobranças sobre o pagamento de proventos e valor em custódia. Segundo a companhia, essas medidas atingem cerca de 65% da base de investidores pessoa física que hoje têm saldo em contas de renda variável na B3.
“A B3 reconhece seu papel central no desenvolvimento do mercado de capitais brasileiro. Isso envolve oferecer novos produtos, melhorar serviços prestados e estimular mais negociação e expansão da base clientes por meio de mecanismos de preços e incentivos. É isso que estamos fazendo hoje. Acreditamos que esta nova estrutura de tarifação cumpre esses objetivos”, afirma Finkelsztain, em nota à imprensa.
Segundo a Bolsa, essa redução da tarifas está em linha com a decisão anunciada pela B3 de compartilhar, com os clientes e o mercado, os benefícios dos ganhos de escala do seu negócio. Essa foi, aliás, uma promessa feita junto ao mercado na época das negociações da fusão entre BM&FBovespa e Cetip, concretizada há quase três anos. A B3 informa que a medida representa uma redução de aproximadamente R$ 250 milhões nas tarifas pagas pelos clientes da B3 no ano considerando os volumes negociados nos últimos 12 meses.
Petrobras (PETR3;PETR4)
A Petrobras comunicou ao mercado que recebeu US$ 691,9 milhões (R$ 2,8 bilhões) da petrolífera Petronas Petróleo Brasil S.A., subsidiária da Petronas da Malásia, referentes à aquisição de 50% dos campos de Tartaruga Verde e do módulo III de Espadarte. A estatal brasileira vendeu 50% dos direitos de exploração e produção dos campos à petrolífera malaia em 25 de abril do ano passado, quando recebeu a primeira parte do pagamento (US$ 258,7 milhões, ou R$ 1,047 bilhão). O restante foi efetuado dia 27 de dezembro de 2019.
Com a venda de ativos nos outros países da América do Sul, de poços nas bacias da região Nordeste, da petroquímica Braskem e da distribuição de gás natural, além de todas as refinarias fora do eixo Rio-São Paulo, a Petrobras se prepara para ser uma empresa mais enxuta na década de 2020, analisa matéria de hoje do jornal Valor Econômico.
Segundo estimativas, o objetivo da Petrobras é levantar entre US$ 20 bilhões e US$ 30 bilhões nos próximos anos, para reduzir a dívida bruta dos US$ 88 bilhões atuais para menos de US$ 60 bilhões em 2021. A estratégia deverá aumentar a distribuição de dividendos.
Embraer (EMBR3)
No âmbito da parceria com a Boeing, a Embraer anuncia que foi implementada a segregação interna do negócio de aviação comercial.
A operação envolve a contribuição, pela Embraer, ao capital social da Yaborã Indústria Aeronáutica S.A., do acervo líquido de ativos, passivos, bens, direitos e obrigações referentes à essa unidade de negócio.
Em comunicado, a fabricante brasileira de aeronaves lembra que a consumação da parceria com a americana continua sujeita à aprovação pela Comissão Europeia e pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e outras condições.
“Até que tais aprovações sejam obtidas e as demais condições sejam satisfeitas, não há garantias quanto à consumação da Operação ou ao prazo para sua conclusão, continuando a Embraer e a Boeing a envidar seus melhores esforços para que o fechamento da Operação ocorra no menor prazo possível”, reafirma a companhia.
A transação entre as fabricantes de aeronaves prevê a criação de uma joint venture que englobará o braço de aviação comercial da Embraer. A Boeing deterá 80% da nova empresa, denominada Boeing Brasil – Commercial, enquanto a Embraer terá os 20% restantes. As companhias também trabalham em uma segunda joint venture, com participação de 51% da Embraer, destinada a promover e desenvolver mercados para o avião militar KC-390.