O que são fungicida sistêmico e de contato e qual utilizar?
Fungicida sistêmico: confira quais as diferenças entre os principais grupos de fungicidas, sua ação e em qual situação cada um deve ser utilizado
Você sabia que há mais de 2.000 anos já se usavam produtos naturais como fungicidas!? Pois é! Os fungos já dão dor de cabeça ao produtor há muito tempo!
Mas, nesse tempo todo, fungicidas foram evoluindo – e os problemas com fungos também. Desde o uso da calda bordalesa, lá em 1.885, até o surgimento dos primeiros fungicidas sistêmicos no pós-guerra, muita coisa mudou.
Existem fungicidas sistêmicos, de contato, protetores, curativos e por aí vai. Mas será que são todos a mesma coisa e podem ser aplicados para as mesmas doenças?
Separei algumas dicas sobre fungicidas sistêmicos e fungicidas de contato, sobre como eles agem e em que situação devem ser aplicados. Acompanhe!
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Como são classificados os fungicidas?
Antes de entrarmos no assunto de fungicidas sistêmicos e de contato, é preciso entender melhor a classificação dos fungicidas para evitar confusão nos nomes e entender por que é melhor utilizar determinado fungicida.
A divisão entre fungicidas sistêmicos e fungicidas de contato é relativa à mobilidade deles na planta. Os sistêmicos são considerados móveis. Já os de contato, imóveis.
Mas os fungicidas também podem ser classificados pelo seu princípio de controle, alvo biológico e modo de ação. Como veremos a seguir, a mobilidade pode interferir nesse outros aspectos.
Princípio de controle
Essa classificação diz respeito a como o fungicida atua na planta. Nesse sentido, eles podem ser:
- Protetores: são fungicidas que impedem a penetração do fungo na planta;
- Curativos: atuam após a penetração do fungo, ou seja, após a infecção ter ocorrido, mas com sintomas ainda não visíveis;
- Erradicantes: quando já existem sintomas os fungicidas erradicantes seriam os mais indicados, eliminado o inóculo culo (na lesão, nas sementes ou no solo).

Princípios de controle de fungicidas e fases da infecção por fungos
(Fonte: Menten & Banzato, 2016)
Espectro ou alvo biológico
Nesse caso, os fungicidas podem ser uni-sítio (sítio específico) ou multi-sítio. Em outras palavras, os fungicidas podem atuar em um único ponto ou em vários pontos da via metabólica dos fungos.
Modo de ação
O modo de ação dos fungicidas refere-se ao processo metabólico do fungo no qual o composto químico irá atuar, por exemplo, respiração celular, síntese de substâncias, inibição de enzimas, etc.
Nesse caso, o modo de ação dos fungicidas e os respectivos grupos químicos podem ser divididos como:
- alteração em processos do núcleo celular (Benzimidazóis e Acilalanina)
- alterações nas funções da membrana celular (Triazóis e Morfolinas)
- inibição da respiração – complexos 3 e 2 (Estrobilurinas e Carboxamidas)
- alterações nas funções da parede celular (Dimetomorfe)
O que são fungicidas sistêmicos?
Fungicidas sistêmicos são móveis na planta, ou seja, eles são absorvidos no local de aplicação, mas podem ser translocados pela planta.
A absorção se dá pelas raízes ou através da cutícula da planta, quando aplicado via foliar. Sua translocação acontece pelos vasos condutores da planta, preferencialmente via xilema, mas alguns se movem pelo floema.
Fungicidas sistêmicos têm grande capacidade de penetração e translocação e podem ser imunizantes, protetivos, curativos ou erradicantes. Ou seja, têm uma amplitude maior de usos em relação aos de contato.
Contudo, a eficácia depende da aplicação no início da infecção ou de forma preventiva. Aplicações tardias têm pouca efetividade.
Os principais fungicidas sistêmicos são os benzimidazóis, carboxamidas, triazois, imidazóis, morfolinas e algumas estrobilurinas. Porém, existem diferentes graus de mobilidade/sistemicidade dentro dos fungicidas sistêmicos, como ilustram as imagens abaixo para triazóis e estrobilurinas.

Mobilidade e sistemicidade de fungicidas do grupo químico dos triazóis
(Fonte: Menten & Banzato, 2016)