CEOs da América do Sul avançam em contratações para cargos que exigem habilidades em IA
Pesquisa mostra que a maioria (87%) dos CEOs na América do Sul aceleraram a criação de ofertas digitais para garantir a entrega a seus clientes em 2020.
De acordo com o CEO Outlook América do Sul 2020, a maioria dos líderes da região também tem feito avanços em termos de acesso a profissionais qualificados para liderar iniciativas que envolvem a adoção de tecnologias como a inteligência artificial (IA).
Segundo o relatório produzido pela KPMG, 57% dos líderes ouvidos na região afirmaram que avançaram significativamente em termos de contratação de profissionais para lidar com projetos com foco em automação e sistemas de IA.
“Muitas empresas aceleraram o desenvolvimento de recursos, diante da pressão para proporcionar soluções imediatas que pudessem suprir as novas demandas de consumidores, que passaram a depender da tecnologia digital para realizar diferentes atividades – seja otimizando um canal de compras on-line ou potencializando provedores de dados, por exemplo”, de acordo com o relatório.
Entretanto, a falta de visão sobre o futuro diante da pandemia de Covid-19 dificultou o alcance dos resultados almejados por 23% dos líderes sul-americanos e 33% dos respondentes globais da pesquisa. No entanto, não foram apenas os desafios operacionais que surgiram durante a crise.
Muitos CEOs podem ter enfrentando dilemas relacionados aos objetivos estratégicos de suas organizações. Para enfrenta-los, 61% dos sul-americanos e 67% dos Globais pretendem investir na compra de novas tecnologias e digitalização. Os demais investirão na força de trabalho, com treinamento e desenvolvimento de novas habilidades, diz o relatório.
IA e a força de trabalho
Um estudo realizado pela Fundação Getúlio Vargas comissionado pela Microsoft, que investigou o impacto da IA nos principais mercados do Brasil (agricultura, transporte, comunicações, petróleo e gás e governo), identificou que a IA poderia impulsionar o crescimento do PIB nesses setores em até 6,43% nos próximos 15 anos, de acordo com publicação do site ZDNet.
Outro estudo, da Universidade de Brasília, segundo o site, descobriu que tecnologias de automação como a IA podem tornar irrelevante mais da metade de todas as vagas formais de emprego no Brasil.
De acordo com a pesquisa, se as organizações brasileiras continuarem empregando tecnologias de automação, como inteligência artificial, no ritmo atual, isso pode significar que 30 milhões de empregos serão eliminados até 2026.
Ainda segundo o estudo, a automação ameaça mais empregos no Brasil do que nos Estados Unidos, onde 47% das vagas poderiam ser eliminadas pela tecnologia, mas menos que na Europa (59%).
Em outros países latinos, como o Uruguai, a automação representa um risco para 63% dos empregos e na Argentina, 65% das vagas podem ser eliminadas, diz o estudo. A Guatemala tem o maior percentual, onde 75% dos empregos podem ser executados por máquinas.
Infoeconomico
Fonte: Computer Word