Tecnologia

Governo economiza mais de R$ 1 bilhão com novas regras de trabalho remoto para servidores

Parte dos trabalhadores do setor público opera remotamente desde o início da pandemia, e o governo estima que já economizou mais de R$ 1 bilhão desde o início da pandemia.

Boa desse redução ocorreu pela implementação de novas regras para servidores públicos relacionadas ao trabalho remoto, introduzidas em outubro pelo governo brasileiro.

Parte dos trabalhadores do setor público opera remotamente desde o início da pandemia, e o governo estima que já economizou mais de R$ 1 bilhão desde o início da pandemia. As novas regras diminuem despesas do governo com estrutura e benefícios aos trabalhadores, no entanto, também determinam que os funcionários sejam responsáveis por despesas como eletricidade para trabalhar remotamente.

De acordo com relatório divulgado na última sexta-feira (25) pelo Ministério da Economia, calcula a retenção de custos com a medida de R$ 859 milhões relacionados a despesas fixas relativas à manutenção de escritórios físicos, e R$ 161 milhões em benefícios, como transporte, aos trabalhadores entre abril e agosto de 2020.

A redução de despesas como viagens chegaram a R$ 471,2 milhões. A economia com energia elétrica chega a R$ 255,5 milhões. O governo também informou que está gastando R$ 89,5 milhões a menos com serviços de comunicação, enquanto a economia com água e fotocópias chega a R$ 32,9 milhões e R$ 9,7 milhões, respectivamente.

Segundo Cristiano Heckert, Secretário da Secretaria Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia, os gastos são monitorados mensalmente desde a transferência desses servidores para casa, segundo publicação da ZDNet. “Os recursos economizados nas despesas administrativas podem ser usados no atendimento direto à população”, observou o secretário.

Atualização do governo publicada em julho de 2020, mostra que 95% dos professores que trabalhavam em escolas públicas federais trabalhavam remotamente, enquanto 49% dos servidores públicos de outros órgãos do governo federal trabalhavam em casa.

Novas regras

Na ocasião, o Ministério da Economia divulgou as regras de trabalho à distância para servidores públicos, que levaram em consideração as experiências vividas no setor privado.

Cada órgão do governo define, com base em suas necessidades, as atividades que podem ser realizadas remotamente, diz a publicação, e a partir do momento em que os servidores públicos são autorizados a trabalhar em casa, a instituição em questão é responsável por emitir suas próprias normas para o trabalho remoto.

As regras devem contemplar um plano de trabalho com metas específicas e um cronograma de trabalho a ser monitorado pelos gestores, cumprido e assinado pelo trabalhador. Um documento deverá ser apresentado pela instituição federal em questão contendo informações sobre a quantidade de empregados que irão aderir ao formato e quais as atividades serão desempenhadas remotamente, bem como se os trabalhadores vão operar nesse regime parcial ou totalmente.

Os trabalhadores que aderirem ao trabalho remoto, por sua vez, deverão ficar à disposição para ligações e checagem de e-mail dentro de um período pré-determinado, bem como comparecer fisicamente ao escritório quando necessário.

Quanto às despesas, os trabalhadores que optarem pelo trabalho remoto serão responsáveis pela estrutura de trabalho, como internet, luz e telefone. Não serão contabilizadas as horas extras trabalhadas fora do horário de trabalho estabelecido nas normas firmadas pelos órgãos governamentais.

O Ministério da Economia pretende consolidar as informações sobre a evolução do trabalho à distância no governo e disponibilizá-las, com dashboards com informações que incluem o percentual de servidores que atuam remotamente, além do número médio de atividades realizadas remotamente em cada governo agência, bem como desempenho e economia gerados por cada agência, ressalta a publicação.

“O trabalho remoto tem que ser entendido como uma alternativa ao trabalho que é feito presencialmente, mas tem características que definimos como back-office, ou seja, pessoas que trabalham no atendimento à população através da agência”, frisou.

“Essa seria a pessoa que faz o trabalho de análise interna, geralmente da mesa do escritório, para que o trabalho seja feito de casa, ela tem a capacidade de gerar o mesmo resultado, com alguma possibilidade de ganho [financeiro], devido ao tempo que economiza-se principalmente em viagens”, acrescentou o secretário.

Heckert também estima que mesmo após a pandemia, as despesas com viagens diminuam, uma vez que muitos eventos e reuniões continuem sendo realizadas de forma virtual.

Infoeconomico

Fonte: Computer Word

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