Ações de blue chips disparam até 5% e só 5 ativos do Ibovespa caem; Totvs salta 7% após entrar no Ibovespa
SÃO PAULO – O Ibovespa iniciou 2020 com fortes ganhos e renovou máxima histórica acima dos 118 mil pontos, na esteira de boas notícias vindas da China que impulsionaram as commodities, com o minério de ferro negociado em Qingdao em alta de 2,7% e o de Dalian com ganhos de 1,39%.
O BC chinês anunciou que reduzirá o compulsório dos bancos a partir do dia 6 para aumentar a liquidez na economia local, que parece estar recuperando a confiança. O PMI industrial da China de dezembro, divulgado na madrugada de hoje, saiu positivo aos 51,5 pontos, mas inferior ao de novembro. Por fim, o presidente americano Donald Trump disse que quer assinar a primeira fase do acordo comercial com o gigante asiático no dia 15 e poderá visitar Beijing em data posterior para discutir a segunda fase, informa a CNBC News.
Em meio a essas notícias, os papéis de Vale (VALE3) e siderúrgicas como Gerdau (GGBR4), CSN (CSNA3) e Usiminas (USIM5) registraram valorização entre 2% e 5%.
No mercado de commodities, o petróleo WTI se sustentou em torno de US$ 61 pela 6ª sessão seguida com persistência das tensões no Oriente Médio. Os ativos da Petrobras (PETR3;PETR4) avançaram, também na esteira das perspectivas de continuidade vendas de ativos.
Além disso, um dos maiores destaques ficou com a B3, em meio ao anúncio de medidas para a redução de tarifas para os investidores no mercado de ações. Os bancos também registraram expressiva alta, com Banco do Brasil (BBAS3), Itaú Unibanco (ITUB4), Bradesco (BBDC3;BBDC4) e Santander (SANB11) com ganhos que variaram de 1,8% a 4%.
Por sinal, poucas ações do índice, mais precisamente 5, fecharam queda, sendo que somente a Yduqs (YDQS3) teve baixa superior a 1%, sendo seguida de Natura (NTCO3), Taesa (TAEE11), Bradespar (BRAP4) e Sabesp (SBSP3).
A maior alta do índice, por sua vez, foi de uma empresa de educação, a Cogna (COGN3). A Saber, marca de serviços de educação para o ensino básico, informou a aprovação da cisão parcial da companhia, sendo a parcela cindida composta pela totalidade das ações de emissão da subsidiária Somos Sistemas e da 5ª, 6ª, 7ª e 8ª emissões de debêntures simples. Com a operação, a Cogna passa a ser titular direta das ações da empresa. Além disso, outras companhias que viram seus papéis subirem forte em 2019´(veja mais clicando aqui), caso de Qualicorp (QUAL3), JBS (JBSS3) e Via Varejo (VVAR3) foram destaque de alta na sessão.
Cabe destacar também a Totvs (TOTS3), que entrou na última prévia do Ibovespa, na carteira que vai entrar em vigor entre janeiro e abril, e viu seus ativos saltarem 7,13%.
Confira os destaques:
Natura (NTCO3)
A Natura & Co Holding S.A. informou ontem (1) ao mercado que obteve a aprovação da Securities and Exchange Commission (SEC, comissão de valores mobiliários do governo americano) e da Bolsa de Valores de Nova York, a New York Stock Exchange (NYSE) para a listagem dos seus papéis ADS (American Depositary Shares).
Segundo a Natura, cada ADS representará duas ações ordinárias da Natura & Co e será negociado na NYSE com o código NTCO. O banco depositário das ações é o The Bank of New York Mellon e o banco de custódia é o Itaú Unibanco S.A. A Natura prevê que suas ADS começarão a ser negociadas na NYSE no pregão de 6 de janeiro.
Unidas (LCAM3)
A Unidas S.A. informou ontem (1) à CVM que aumentará o seu capital social em R$ 14,5 milhões, com a emissão de 690 mil novas ações ordinárias, ao preço de emissão de R$ 21,12 cada. Segundo a Unidas, elas serão integralizadas em espécie pela Companhia de Locação das Américas (Locamerica). Segundo a Unidas, o aumento de capital tem por objetivo a “recomposição do capital social da companhia”.
B3 (B3SA3)
A B3 reduziu as tarifas cobradas para a negociação de ações, de olho no desenvolvimento do mercado e para a atração da pessoa física, que em 2019 ultrapassou 1,5 milhão de investidores, número que dobrou em um ano na esteira da queda das taxas de juros no Brasil. A mudança ocorre ainda na expectativa do mercado com a chegada de um novo concorrente para o mercado de renda variável no Brasil, após o acordo da B3 com a ATS, que tinha planos de abrir uma bolsa no Brasil.