Economia

Produção industrial cai 0,2% em fevereiro ante janeiro, diz IBGE, acima do esperado

A produção industrial brasileira recuou 0,2% em fevereiro, após registrar queda de 0,3% em janeiro, informou nesta quarta-feira (19) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ante fevereiro de 2022, na série sem ajuste sazonal, a indústria caiu 2,4%. É o terceiro resultado negativo consecutivo, acumulando queda de 0,6% no período.

O consenso Refinitiv esperava uma queda de 0,1% em fevereiro ante janeiro e uma retração de 1,9% sobre fevereiro de 2022.

O resultado para o bimestre de janeiro-fevereiro de 2023 é de -1,1% enquanto o acumulado nos últimos 12 meses é de -0,2%.

“Embora a produção industrial tenha mostrado alguma melhora no fim do ano passado, este início de 2023 apresenta perda na produção, permanecendo longe de recuperar as perdas do passado recente”, explicou em nota o gerente da pesquisa, André Macedo.

Na passagem de fevereiro para março, nove dos 25 ramos pesquisados mostraram queda na produção.

Entre as atividades com maior influência no mês estão os ramos de produtos alimentícios (com queda de 1,1%), de produtos químicos (-1,8%) e de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-4,5%).

“Entre os alimentos, alguns dos destaques negativos vieram da menor produção de carnes de bovinos, aves e suínos, sucos e derivados da soja. A queda observada na produção de carne bovina teve a influência da suspensão das exportações para a China por conta do mal da vaca louca no final do mês de fevereiro”, listou o pesquisador.

Além disso, as atividades de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-3,5%) e de produtos de metal (-1,4%) ajudaram a pressionar a variação negativa da indústria nacional.

Já entre as 16 atividades com alta na produção, o destaque no mês ficou como ramo de indústrias extrativas (4,6%), que intensificou a expansão de janeiro (3,4%). Também registraram avanços os setores de bebidas (3,6%), de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (0,5%), de impressão e reprodução de gravações (11,2%), de produtos diversos (4,0%), de metalurgia (0,8%) e de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (2,0%).

No recorte por grandes categorias econômicas, a maior taxa negativa foi a de bens de consumo duráveis, que registrou recuo de 1,4%, intensificando a perda de 1,2% de janeiro.

O segmento de bens de consumo semi e não duráveis (com queda de 0,1%) também teve redução na produção, interrompendo quatro meses consecutivos de crescimento. Setores de bens de capital (0,1%) e de bens intermediários (0,5%) registraram variações positivas.

Queda anual

O recuo de 2,4% na produção industrial na comparação com o mesmo mês do ano passado foi disseminado e atingiu 17 dos 25 ramos pesquisado. As influências negativas mais importantes vieram de produtos químicos (-8,0%), produtos alimentícios (-3,8%), veículos automotores, reboques e carrocerias (-6,1%) e máquinas e equipamentos (-9,0%).

Entre as oito atividades em alta, a de indústrias extrativas (5,1%) exerceu a maior influência sobre a média da indústria, impulsionada, principalmente, pela maior produção dos itens minérios de ferro e óleos brutos de petróleo.

“O recuo nessa comparação reverte o avanço de 0,3% registrado em janeiro deste ano”, sublinha Macedo, ressaltando a influência do chamado efeito-calendário. “Fevereiro de 2023 teve um dia útil a menos, com 18 dias úteis”, afirmou o pesquisador.

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Fonte: Economia Infomoney
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