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Ibovespa fecha em alta com suporte de aéreas e empresas de turismo

O Ibovespa fechou mais uma sessão em campo positivo, avançando 0,37% aos 112.291 pontos nesta quinta-feira (3). Durante o pregão, o benchmark da bolsa brasileira chegou a bater os 113 mil pontos. Entre os principais destaques positivos da sessão estão os papéis das companhias aéreas e empresas de turismo, beneficiados pela perspectiva otimista de vacinas disponíveis para a população em médio prazo. As ações da Embraer (EMBR3) lideraram as altas, avançando 11,05% e fechando a R$ 9,35.

Além da continuidade no rally das vacinas, o resultado do PIB brasileiro no terceiro trimestre divulgado hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), crescimento de 7,7%, também colaborou para o sentimento de recuperação econômica, apesar do número vir abaixo das expectativas do mercado.

“O crescimento do PIB e da Bolsa nem sempre andam coordenados quando se olha numa janela curta de um ano. A cotação da Bolsa de valores atual já antecipa um crescimento forte para o ano seguinte, acima de 3%. E antecipou um crescimento ainda mais forte depois das notícias recentes da vacina. De toda forma, o mercado continua otimista para a Bolsa também no ano seguinte, pois empresas de setores que se beneficiam com a saída da quarentena ainda negociam em níveis depreciados, como shoppings, educação, bancos, varejo físico, hotelaria e viagens”, explica João Beck, economista e sócio da BRA, escritório de renda variável da XP.

O dólar fechou em forte queda hoje, perdendo 1,93% e negociado a R$ 5,13 na venda, retornando aos patamares observados em julho. Além da fraqueza geral do dólar frente a uma cesta de moedas, as vendas foram também impulsionadas pela captação de US$ 2,5 bilhões em recursos no exterior pelo Tesouro anunciada ontem no fim do dia.

“O ‘muralha de dinheiro’ para os mercados emergentes é o maior de todos os tempos e supera os influxos após a crise financeira global em 2010. A China é uma grande diferença, pois agora está atraindo fluxos maciços, ao contrário de 2010, mas fora da China os emergentes também estão vendo uma incrível ‘muralha de dinheiro’”, disse no Twitter Robin Brooks, economista-chefe do Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês).

Nesta semana, o mercado recebeu de forma positiva o comentário do presidente Jair Bolsonaro de que não é possível “perpetuar” benefícios concedidos à população por conta da pandemia do novo coronavírus e acrescentou que é necessário definir a situação. A fala amenizou temores sobre mais gastos em 2021, que deteriorariam a já frágil situação das contas públicas – fator principal para a queda de 21,92% do real ante o dólar neste ano.

Ainda no noticiário político, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou hoje que as conversas em torno da tramitação da proposta de reforma tributária encaminhada pelo governo ao Congresso estão interrompidas no momento em razão de um “desentendimento político”, mas afirmou que o governo irá aprovar o projeto.

Em Wall Street, os índices encerram o dia em campo misto. Nas notícias positivas, os pedidos de seguro desemprego nos EUA caíram para 712 mil na última semana de novembro, abaixo das expectativas do mercado. No viés negativo, a Pfizer informou que enfrenta dificuldades na cadeia de suprimentos da sua vacina. A notícia derrubou em 1,74% a ação da companhia em Nova York e pressionou o S&P 500 que encerrou com variação negativa de 0,06%, enquanto o Dow Jones e o Nasdaq Composite fecharam em alta de 0,29% e 0,23%, respectivamente.

DESTAQUES DO IBOVESPA

Maiores Altas
EMBR3: +11,05% a R$ 9,35
GOLL4: +8,79% a R$ 27,36
CVCB3: +7,55% a R$ 20,80
PCAR3: +7,29% a R$ 71,64
BTOW3: +5,75% a R$ 72,44

Maiores Baixas
USIM5: -5,14% a R$ 13,11
SUZB3: -4,76% a R$ 51,98
GOAU4: -4,19% a R$ 10,29
GGBR4: -4,10% a R$ 22,48
CSNA3: -3,69% a R$ 23,22

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