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Em julho, IBGE prevê alta de 5,8% na safra de 2019

Em julho, a safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas para 2019 foi estimada em 239,7 milhões de toneladas, novo recorde para a produção de grãos do país, 5,8% superior (mais 13,2 milhões de toneladas) à de 2018 (226,5 milhões de toneladas) e 1,6% acima (mais 3,7 milhões de toneladas) da estimativa de junho. A área a ser colhida foi estimada em 62,9 milhões de hectares, crescendo 3,2% frente a 2018 (mais 1,9 milhão de hectares) e 0,2% (mais 112,8 mil hectares) em relação à estimativa de junho. O recorde anterior foi da safra 2017, com 238,4 milhões de toneladas de grãos.

Estimativa de Julho para a safra 2019 239,7 milhões de toneladas
Variação safra 2018/safra 2019 5,8% (mais 13,2 milhões de toneladas)
Variação safra 2019 / estimativa de junho 1,6% (mais 3,7 milhões de toneladas)

O arroz, o milho e a soja, os três principais produtos deste grupo, representam 92,7% da produção estimada e ocupam 87,3% da área a ser colhida. Em relação a 2018, houve acréscimos de 7,1% na área do milho e de 2,2% na área da soja, enquanto a área de arroz teve redução de 10,3%. Quanto à produção, foi estimado um aumento de 21,4% para o milho e decréscimos de 4,0% para a soja e de 12,7% para o arroz.

Para a soja, a produção estimada é de 113,2 milhões de toneladas e, para o arroz, de 10,3 milhões de toneladas. Para o milho e o algodão, as estimativas de produção são recordes: 98,8 milhões e 6,5 milhões de toneladas, respectivamente.

O volume da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas apresentou a seguinte distribuição regional: Centro-Oeste, 110,5 milhões de toneladas; Sul, 78,2 milhões de toneladas; Sudeste, 22,1 milhões de toneladas; Nordeste, 19,5 milhões de toneladas e Norte, 9,4 milhões de toneladas. Em relação à safra passada, houve incrementos de 5,1% na Região Norte, de 9,4% na Região Centro-Oeste, de 4,9% na Região Sul e de 1,8% na Região Nordeste, e decréscimo de 3,3% na Região Sudeste. Entre as Unidades da Federação, o Mato Grosso é o maior produtor, com uma participação de 28,1% na safra do país.

ESTIMATIVAS DE JULHO/2019

Em relação ao mês anterior, destacaram-se as variações nas seguintes estimativas de produção: feijão 3ª safra (10,0%), aveia (6,5%), milho 2ª safra (5,1%), algodão herbáceo (0,8%), soja (0,5%), feijão 1ª safra (0,1%), café canephora (0,0%), milho 1ª safra (-0,2%), sorgo (-0,8%), café arábica (-1,4%), arroz (-1,7%), trigo (-4,5%) e feijão 2ª safra (-4,8%). Com relação à variação absoluta, os destaques ficaram com o milho 2ª safra (3 512 767 t), a soja (603 842 t), a aveia (60 911 t), o algodão herbáceo (49 984 t), o feijão 3ª safra (46 380 t), o feijão 1ª safra (1 355 t), o café canephora (341 t), o sorgo (-21 123 t), o café arábica (-30 745 t), o milho 1ª safra (-42 929 t), o feijão 2ª safra (-58 843 t), o arroz (-175 306 t) e o trigo (-275 282 t).

ALGODÃO HERBÁCEO (em caroço) – A estimativa da produção de algodão foi de 6,5 milhões de toneladas, com alta de 0,8% em relação ao mês anterior. No Mato Grosso, maior produtor nacional, a estimativa da produção cresceu 1,1% e alcançou 4,4 milhões de toneladas, o que representa 67,0% da safra nacional. Preços compensatórios na época de plantio, e a boa produção e rentabilidade com o produto na safra do ano anterior incentivaram a ampliação da área plantada e o aumento dos investimentos nas lavouras. Em relação a 2018, a estimativa da produção de algodão cresceu 32,5%. No Mato Grosso e na Bahia, a área plantada aumentou 42,1% e 24,3%, respectivamente. Com relação à produção, houve crescimentos de 37,6% no Mato Grosso e de 17,1% na Bahia.

ARROZ (em casca) – A estimativa da produção caiu 1,7% em relação ao mês anterior, correspondendo a uma redução de 175,3 mil toneladas. Houve decréscimo de 1,5% no rendimento médio. A produção alcançou 10,3 milhões de toneladas. No Rio Grande do Sul, maior produtor brasileiro, com cerca de 70,0% do total nacional, a estimativa da produção caiu 2,0% em relação ao mês anterior. O excesso de chuvas e inundações nas regiões da Campanha e Fronteira Oeste foram responsáveis pela perda de algumas áreas, bem como pela redução do rendimento médio. Em relação ao ano anterior, a produção de arroz caiu 12,7%. No Rio Grande do Sul, a produção, em 2019, foi 14,6% menor.

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