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Disputa pelo 5G: liderança da Qualcomm ameaçada por Huawei e Samsung

Quando se fala do mercado 4G, a Qualcomm reina com  folga: de acordo com dados da Strategy Analytics, a companhia alcançava 52% da participação de mercado dentro do mercado de processadores para celular no começo de 2018, sendo que a Samsung, segunda colocada, obtinha uma modesta posição de 14%. Porém, com a tecnologia 5G cada vez mais próxima, a disputa pelo pódio se encontra bem mais acirrada

Tanto a já citada Samsung como a Huawei (que investe pesado em equipamentos de telecomunicação para o 5G) anunciaram durante a IFA novos chips para smartphone com integração para a nova tecnologia.

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Apesar dos lançamentos terem ocorrido em separado, os produtos apresentados pelas marcas trabalhavam da mesma forma: um sistema que integra os processadores e um modem de quinta geração dentro de um único chip, soluções bem mais eficientes em espaço e potência do que as atuais, que realizam a mesma função em dois semicondutores em separado.

A companhia americana está com planos para apresentar um produto similar em 2020, porém corre o risco de ter seu lançamento ameaçado pelas rivais. Na feira, a Samsung avisou pretende iniciar a produção do superchip já no final deste ano e Huawei, ainda mais adiantada, anunciou o lançamento do seu processador mais avançado no dia 19 de setembro, no evento de estreia do Mate 30 Pro.

Novas soluções

Do lado da fabricante chinesa, o semicondutor mais avançado atende pelo nome de Kirin 990 5G, desenvolvido pela subsidiária HiSilicon. Do tamanho de uma unha, ele conta com um processador gráfico, uma CPU de oito núcleos e — o mais importante — modem 5G, junto com unidades de processamento neural dedicadas para acelerar tarefas de inteligência artificial.

Durante o evento, o CEO Richar Yu afirmou que o produto consegiu, em segundos, fazer o download de filmes em alta definição e também de jogos 3D, durante testes realizados na China.

Já do lado da Samsung, o carro-chefe fica por conta do Exynos 980, com foco nos modelos intermediários. Além das competências em 5G, o novo semicondutor não é tão potente como o apresentado pela Huawei, mas pode ajudar a marca a ganhar espaço do mercado antes que a Qualcomm apresente soluções mais robustas. O Galaxy A90, com data de lançamento estimada para este mês, já virá equipado com o Exynos 980.

Mercado segmentado

Apesar de, a curto prazo, a Qualcomm se encontrar em desvantagem perante as concorrentes, a tendência é que ela tenha total capacidade para se mostrar competitiva ainda em 2020. Ao enfrentar a companhia coreana, ela tem como ponto forte um portfólio de chips 5G mais potentes, que poderão ser instalados em dispositivos de topo de linha.

Já para a Huawei, a proibição da companhia de usar tecnologia vinda dos Estados Unidos ajuda a Qualcomm não só a ganhar mercado dentro do seu país, mas também na Europa, já que a fabricante chinesa não poderá utilizar serviços da Google dentro do seu Mate 30 Pro. Mais provavelmente, a marca deverá licenciar o seu chip para outras marcas de smartphone que não está sob o mesmo bloqueio fiscal, como a Lenovo.

 

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Fonte: Computer Word

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