Política

Ações da Vale saltam 4%, Petrobras sobe 3% apesar do petróleo e bancos disparam até 7%; Magalu e Via Varejo caem

SÃO PAULO – O último mês do ano começou com um pregão de forte alta para o Ibovespa, que avançou mais de 2% após um novembro bastante positivo para o benchmark da Bolsa, que subiu 15,90% em seu melhor mês desde março de 2016.

Além das perspectivas positivas para uma vacina, um outro catalisador nesta sessão veio da China, com o Índice Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) industrial subindo para 54,9 pontos em novembro, acima da mediana das expectativas dos economistas compilada no consenso Bloomberg, que apontava para queda a 53,5 pontos depois dos 53,6 pontos registrados em outubro.

Os resultados do são os melhores desde novembro de 2010, e indicam que a economia chinesa está se recuperando a níveis pré-pandemia. O ano foi marcado na China por medidas rígidas de contenção de infecções, estímulos sobre o setor de infraestrutura, exportações de suprimentos médicos e alta da demanda.

Ainda em destaque, está a reação dos mercados à afirmação desta terça-feira do presidente Jair Bolsonaro de que não é possível “perpetuar” benefícios concedidos à população por conta da pandemia do novo coronavírus e acrescentou que é necessário definir a situação, gerando alívio no mercado em meio aos temores com o risco fiscal.

Os papéis da Vale (VALE3, R$ 81,25, +4,17%) subiram forte com os dados positivos da China e a forte alta do minério em 2020. Até o fechamento da véspera, os ativos VALE3 já tinham subido 52,5% no ano, enquanto o Ibovespa acumulava perdas de 5,84% em igual período.

Nesta data, os contratos futuros de minério de ferro se recuperaram ao longo da sessão após as perdas iniciais, com os contratos referenciais de Dalian e Cingapura se firmando diante da forte demanda chinesa pelo ingrediente siderúrgico. O minério de ferro mais negociado para entrega em janeiro na Bolsa de Commodities de Dalian encerrou as negociações com alta de 0,3%, a 908,50 iuanes (US$ 138,38) a tonelada.

Enquanto isso, a Petrobras (PETR3, R$ 26,30, R$ 2,94%; PETR4, R$ 25,60, +2,81%) viu seus papéis subirem em meio ao maior apetite ao risco do mercado, embora a sessão seja de queda para o preço do petróleo. Notícias apontam que a reunião da OPEP+ para a definição de metas de produção a partir de janeiro de 2021 foi adiada pra quinta-feira (3) tendo em vista discordâncias a respeito do patamar de produção a ser definido a partir de janeiro, sendo que atualmente está programada uma elevação de produção de 2 milhões de barris ao dia (mbpd).

Já após uma queda na véspera, os bancos se recuperaram, com Itaú (ITUB4, R$ 29,75, +4,22%), Bradesco (BBDC3, R$ 22,80, +5,31%; BBDC4, R$ 25,66, +5,60%), Santander Brasil (SANB11, R$ 41,95, +7,15%) e Banco do Brasil (BBAS3, R$ 34,79, +2,75%).

Papéis de companhias de shoppings, como Multiplan (MULT3, R$ 24,04, +6,04%), Iguatemi (IGTA3, R$ 38,07, +5,28%) e brMalls (BRML3, R$ 10,20, +4,19%) também subiram forte, após a queda da véspera e em continuidade ao movimento de rotação do mercado em meio à expectativa com a vacina contra o coronavírus, ofuscando assim a notícia da véspera do retorno do estado de São Paulo à fase amarela, que restringirá o horário de funcionamento dos shoppings novamente.

Em continuidade ao movimento de rotação dos investidores dos setores de ações, mais uma vez papéis que registram ganhos no ano caíram nesta sessão, caso de Natura & Co (NTCO3, R$ 49,10, -2,60%), RD (RADL3, R$ 24,98, -3,37%) e Totvs (TOTS3, R$ 25,76, -3,70%), enquanto os ativos das empresas com exposição ao e-commerce como Via Varejo (VVAR3, R$ 17,15, -3,38%), Magazine Luiza (MGLU3, R$ 22,88, -2,14%) e B2W (BTOW3, R$ 69,76, -0,91%) voltaram a cair, diminuindo os ganhos do ano.

Confira mais destaques:

Petrobras (PETR3, R$ 26,30, R$ 2,94%; PETR4, R$ 25,60, +2,81%)

A Petrobras prevê desinvestimentos de US$ 25 bilhões a US$ 35 bilhões no período de 2021 a 2025, versus uma faixa de US$ 20-30 bilhões de no plano de negócios anterior, à medida que a empresa busca reduzir sua dívida e concentrar recursos em ativos de “classe mundial” como os campos de pré-sal.

Como resultado, suas vendas de petróleo no mercado brasileiro cairão para 1,252 milhão de barris por dia nos próximos cinco anos, versus média de 1,348 milhão de barris por dia entre 2015/2019, estimou a empresa. Além da venda de refinarias, parte do petróleo passará a ser exportado.

A empresa projetou um salto na sua exportação de petróleo para 891 mil barris por dia no período de 2021 a 2025, ante média de 445 mil bpd entre 2015 e 2019. A empresa reforça investimentos nos produtivos campos do pré-sal, de acordo com apresentação mais detalhada de seu plano de negócios plurianual.

“Temos uma avaliação geral neutra do Plano Estratégico da Petrobras para 2021-25, uma vez que a maioria das metas anunciadas estão em linha com as nossas projeções e refletem diversos pontos já comentados pela administração da companhia ao longo do ano. Por outro lado, acreditamos que o mercado deve ter uma interpretação ligeiramente negativa da previsão de produção de petróleo em 2021, que foi impactada por menores expectativas de crescimento de produção de petróleo de novas unidades de produção. Notamos que esse aspecto não nos causa preocupação, tendo em vista que acreditamos que o mercado deve prestar mais atenção na maior geração de caixa e sustentabilidade financeira da Petrobras do que simplesmente um crescimento de produção de petróleo a qualquer custo”, avaliam Gabriel Francisco e Maira Maldonado, analistas da XP Investimentos.

Os analistas atualizaram o preço-alvo em um horizonte de 12 meses de PETR4 e PETR3 para R$ 32 por ação, o que se compara a R$30 para PETR4 e R$29 para PETR3 anteriormente.

Eles ressaltaram que agora o preço-alvo para as duas classes de ação é o mesmo refletindo (i) declarações recentes dos executivos da companhia de que pretendem realizar a mesma distribuição de dividendos para ambas as classes de ações (PNs e ONs) daqui para frente, bem como (ii) a incorporação no modelo dos efeitos da nova política de dividendos da Petrobras, segundo a qual a companhia distribuirá 60% da geração de caixa da companhia (fluxo de caixa operacional subtraído de investimentos) a partir do momento que alcançar o patamar de US$60 bilhões de dívida bruta (incluindo arrendamentos).

“Dessa forma, não vemos motivo matemático que justifique que uma das classes de ações da Petrobras valha mais do que a outra, pois as distribuições de dividendos a ambas as classes serão iguais e ambas as ações já desfrutam de alguns mesmos direitos segundo o Nível II de Governança da B3”, avaliam.

O Credit Suisse destacou que o Petrobras Day detalhou os planos para o período entre 2021 e 2025, indicando que a empresa se mantém comprometida em manter seu valor para acionistas, com foco em valor e não em volumes.

E que a valorização pode ser vislumbrada nos próximos cinco anos, e não em um futuro distante, à medida que a Petrobras abandona investimentos em ativos não essenciais. O banco afirma que os cortes em investimentos podem permitir pagamento de dividendos significativos.

A empresa prevê gerar entre US$ 115 bilhões e US$ 125 bilhões nos próximos cinco anos, distribuindo entre US$ 30 bilhões e US$ 35 bilhões em dividendos, o que indica um rendimento de dividendos de entre 10% e 11%. O Credit Suisse espera rendimentos ainda maiores, de cerca de 15% ao ano, em média, pelos próximos cinco anos.

O fluxo de caixa do acionista (FCFE) previsto é de cerca de 21% ao ano. Mas o banco espera um patamar ainda maior, de 25% ao ano, com base em suas estimativas para o barril Brent.

A produção de petróleo estimada pela empresa para 2025 é de 2,7 milhões de barris por dia, acima da expectativa do Credit Suisse de 2,4 milhões de barris. Mas a produção pode baixar a 2,3 milhões de barris diários a partir de 2022, devido a desinvestimentos.
Na opinião do banco, a venda de refinarias é positiva também porque diminui o risco de interferência política na empresa.

O Credit Suisse também destaca que a governança social e ambiental também foi destaque na apresentação, com medidas como controle da emissão de gases estufa e de vazamentos de petróleo e derivados impactando diretamente nas compensações pagas a funcionários a partir de 2021.

A empresa também se compromete a aumentar reuso de água, frear o aumento de rejeitos implementar projetos sobre biodiversidade em áreas nas quais atua e investir em projetos sociais e ambientais. O banco mantém avaliação em outperform, com preço-alvo de US$ 15, frente os US$ 9,57 atualmente negociados na bolsa de Nova York.

JBS (JBSS3, R$ 23,49, +1,47%)

A JBS informou em fato relevante na segunda que concluiu a aquisição dos ativos de margarina e maionese da Bunge no Brasil, por meio de sua controlada Seara.

O negócio inclui a compra de três unidades produtivas que pertenciam à Bunge e estão localizadas em Gaspar (SC), São Paulo (SP) e Suape (PE). A expectativa é que a operação agregue R$ 1,2 bilhão à receita anual da Seara. A Bunge concordou em vender seus ativos de margarina e maionese no país para a Seara Alimentos, subsidiária da JBS, em dezembro de 2019. A JBS disse na época que pagaria R$ 700 milhões pelo negócio.

A aquisição dá à JBS os direitos sobre marcas como Delícia, Primor e Gradina, fortalecendo a posição da companhia no mercado de margarinas no Brasil, também otimizando sua plataforma de distribuição, segundo o comunicado.

A JBS disse que a operação está em linha com a estratégia da empresa de expandir seu portfólio de produtos de maior valor agregado e com marca. “A aquisição fortalece a posição da Seara no mercado de margarinas no Brasil e trará ao consumidor inovação e mais opções de qualidade”, disse em nota o CEO da Seara e da JBS América do Sul, Wesley Batista Filho.

Copel (CPLE6, R$ 69,94, +2,45%), Eneva (ENEV3, R$ 59,16, +1,58%), JHSF (JHSF3, R$ 7,45, +1,50%) e Unidas (LCAM3, R$ 26,53, -2,61%)

A  B3 divulgou a primeira prévia da carteira teórica do Ibovespa com base no pregão de 30 de novembro para o período de janeiro a abril de 2021. Copel, Eneva, JHSF, Unidas (antiga Locamerica) foram incluídas e nenhuma ação foi excluída.

As ações TIMP3 da TIM foram substituídas por TIMS3 e as ações VIVT4 da Vivo foram substituídas por VIVT3.

Carrefour Brasil (CRFB3, R$ 19,84, -1,34%)

O Carrefour Brasil pagou R$ 289,6 milhões ao Makro em acordo de lojas. A rede de supermercados diz que celebrou os instrumentos definitivos de aquisição de 3 lojas próprias e 2 postos de combustíveis da rede Makro, localizadas em 3 estados brasileiros, segundo comunicado. A transação faz parte de acordo firmardo em 16 de fevereiro, no qual o Carrefour Brasil acertou a compra de 30 lojas e 14 postos de combustíveis operados pelo Makro por R$ 1,95 bilhão.

Boa Vista Serviços (BOAS3, R$ 12,60, +2,44%)

A Boa Vista Serviços acertou a compra da Acordo Certo por R$ 137,6 milhões. A companhia pagará inicialmente R$ 37 milhões pela aquisição das ações. O contrato também prevê investimentos para fomentar atividades e pagamento de preço de compra complementar após 2 anos em valor mínimo de R$ 100,6 milhões. O pagamento adicional está sujeito ao atingimento de metas e ao cumprimento de condições. A Acordo Certo é uma plataforma 100% digital de renegociação de dívidas.

Embraer (EMBR3, R$ 8,21, +1,36%) 

A Embraer informou na noite de segunda-feira, 30, que sofreu um ataque cibernético aos seus sistemas de tecnologia da informação, que resultou na divulgação de dados supostamente atribuídos à empresa na madrugada de 30 de novembro.

“O referido ataque cibernético foi identificado em 25 de novembro de 2020, o qual indisponibilizou o acesso a apenas um único ambiente de arquivos da Companhia”, afirma a fabricante de aviões em fato relevante.

Diante do ocorrido, a Embraer deu início de imediato a investigação, com o isolamento de alguns de seus sistemas e consequente impacto temporário em algumas operações.

A companhia afirma, no entanto, que continua operando com o uso de alguns sistemas em regime de contingência, sem impactos relevantes sobre as atividades.

A empresa afirma ainda que avalia os impactos sobre seus negócios e terceiros, bem como as medidas a serem tomadas.

Shopping Centers: Multiplan (MULT3, R$ 24,04, +6,04%), Iguatemi (IGTA3, R$ 38,07, +5,28%) e brMalls (BRML3, R$ 10,20, +4,19%)

Ontem, João Doria, governador de São Paulo, anunciou restrições mais rígidas e regressão para a fase amarela do estado em meio ao aumento do número de casos do coronavírus e ocupação dos leitos das UTIs.

A fase amarela não implica em novos fechamentos dos shoppings centers, mas ela restringe a capacidade máxima de 60% para 40% e diminui o horário de funcionamento de 12 horas/dia para 10 horas/dia.

“Vemos um impacto significativo nas operadoras de shopping centers dado que há uma forte correlação entre o horário de funcionamento dos shoppings e as vendas dos lojistas. Assim, acreditamos que as novas restrições devem atrasar ainda mais a recuperação dos shopping centers”, avalia a XP Investimentos.

No radar do setor, o conselho de administração da Multiplan aprovou na segunda-feira recompra de até 7,5 milhões de ações da companhia, informou a empresa gestora de shopping centers e empreendimentos imobiliários. O papel encerrou nesta segunda-feira cotado a R$ 22,67, o que leva o valor da operação a até R$ 170 milhões. O programa de recompra terá duração de 18 meses.

BRF (BRFS3, R$ 21,64, -1,77%)

Segundo o Valor Econômico, a China deve retomar importações de carne suína do frigorífico da BRF em Lajeado/RS. A planta estava com as exportações ao país asiático suspensas desde 4 de julho, em função de preocupações com o coronavírus. A empresa conta com 14 habilitações para exportar para a China (dez de aves, três de suínos e uma de miúdos de suínos). No mês passado, os chineses já haviam reabilitado a unidade da companhia em Dourados/MS. Para conferir todos os detalhes, acesse nosso relatório semanal, o Expresso Alimentos & Bebidas;

“Nos últimos meses, os chineses bloquearam temporariamente as importações de carnes de diversos países. Enxergamos a notícia como positiva na medida em que sinaliza um retorno à normalidade, permitindo que a BRF se beneficie integralmente das exportações para a China”, aponta a XP.

LOG (LOGG3, R$ 34,63, +0,76%)

A XP Investimentos iniciou a cobertura para a LOG Commercial Properties com a recomendação neutra e preço-alvo de R$ 40,40 por ação, o que implica em um potencial de valorização de 16%.

“Apesar de estar bem posicionada para se beneficiar da crescente demanda por galpões logísticos, com possibilidade de solidificar sua liderança no segmento, vemos as ações da LOG bem precificadas após o forte desempenho nos últimos meses (alta de 59% desde março contra o 49% do Ibovespa).  Consequentemente, isso nos leva a uma postura mais conservadora para LOGG3”, avaliam os analistas.

Alupar (ALUP11, R$ 24,10, +0,17%), CTEEP (TRPL4, R$ 26,99, -0,77%) e Taesa (TAEE11, R$ 32,94, -0,51%)

O Morgan Stanley iniciou cobertura dos papéis das transmissoras de energia Alupar , CTEEP (Companhia Transmissora de Energia Elétrica Paulista) e Taesa. O banco avalia que a Alupar é sua empresa favorita dentre as três, devido a perspectiva de valorização atrativa, a maior expectativa de crescimento no setor de transmissão de energia, devido a investimentos previstos para 2020,e operações de qualidade, com disponibilidade operacional e margens altas.

A CTEEP oferece o melhor perfil de recompensa pelo risco, por períodos mais prolongados, na avaliação do banco, com boa perspectiva de crescimento devido a novos projetos e receitas de investimentos em retrofit, além de concessões novas e renovadas, que permitem vislumbrar o maior período de retorno em seu grupo.

Já a Taesa tem um perfil menos atrativo, com perspectiva de valorização menor e perspectiva de crescimento relativamente pequena. Os dividendos estão sendo pagos em proporção maior que a concorrência, mas o Morgan Stanley espera que as outras empresas alcancem a Taesa.

A recomendação para os ativos da Alupar é overweight (exposição acima da média), com preço-alvo de R$ 31 (potencial de valorização de 24,7% em relação ao fechamento da véspera), mesma recomendação da CTEEP, esta com preço-alvo de R$ 31 (upside de 14%). Já para Taesa, a recomendação é underweight (exposição abaixo da média do mercado), com preço-alvo de R$ 33 (queda de 0,33% em relação ao último fechamento).

XP Inc e Itaú (ITUB4, R$ 29,75, +4,22%)

A XP anunciou na segunda oferta de ações, incluindo papéis da empresa detidos pelo Itaú Unibanco, no valor de até US$ 1,3 bilhão, incluindo lote adicional. Na quinta-feira passada, o conselho do Itaú aprovou cisão de participação de 41,05% que possui na XP para uma nova empresa, com possibilidade de venda da parcela restante de 5% que mantém no grupo de investimentos. Saiba mais clicando aqui.

BR Distribuidora (BRDT3, R$ 21,00, +2,29%) e Eletrobras (ELET3, R$ 31,81, +2,41%; ELET6, R$ 32,78, +2,44%)

A BR Distribuidora recebeu R$ 34,6 milhões da Eletrobras em acordo. A quantia refere-se à 31ª parcela dos Instrumentos de Confissão de Dívidas assinados com Eletrobras e suas distribuidoras de energia, informou a BR Distribuidora em comunicado ao mercado. Desde a assinatura dos instrumentos, BR Distribuidora já recebeu cerca de R$ 4,63 bilhões.

Via Varejo (VVAR3, R$ 17,15, -3,38%) e Magazine Luiza (MGLU3, R$ 22,88, -2,14%)

Magalu e Via Varejo divulgaram os principais dados e performance de vendas durante a Black Friday, com números sólidos para ambas, destaca a XP Investimentos.

“Analisamos os dados do SimilarWeb de downloads de aplicativos e visitantes únicos dos sites e notamos que Magalu, B2W e Via Varejo se destacam nos downloads de aplicativos, principalmente na semana passada, enquanto a B2W parece ter tido um desempenho melhor do que seus pares quando analisamos visitantes únicos”, avaliam os analistas.

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No entanto, ao visualizar o número acumulado de novembro versus. 2019, Casas Bahia e Magalu registraram um forte crescimento em visitantes únicos, enquanto apenas Casas Bahia registrou um crescimento em downloads de aplicativos. “Dessa forma, acreditamos que todas as empresas se beneficiaram com o evento até certo ponto, mas Via Varejo e Magalu devem se destacar”, apontam.

De acordo com dados do setor, as vendas online no varejo da Black Friday registraram um aumento de 25% (Ebit / Nilsen) e 31% (Neotrust / Compre & Confie) versus 2019. Em um primeiro momento, pode parecer fraco dado que as expectativas eram de taxas de crescimento próximas dos três dígitos devido à pandemia. “No entanto, observamos que é difícil interpretar os números deste ano, já que as empresas distribuíram suas promoções ao longo de novembro, o que por sua vez levou a uma sexta-feira menos agressiva. Dessa forma, não vemos o crescimento de 25%-30% como fraco e acreditamos que as vendas de novembro serão um indicador melhor para entender o desempenho da Black Friday deste ano. Além disso, aconselhamos serem cautelosos ao comparar valores de fontes diferentes, pois os períodos que suportam os dados podem variar entre eles, distorcendo a análise”, avaliam. Confira o relatório completo clicando aqui. 

Ainda no radar do setor, a Via Varejo informou nesta terça que concluiu a aquisição da empresa de e-commerce I9XP Tecnologia e Participações S.A. por meio da subsidiária VVLog Logística Ltda. A operação havia sido anunciada em 29 de outubro.

Gerdau (GGBR4, R$ 23,80, +5,31%)

A Gerdau informa que foi concluída, em 30 de novembro de 2020, após cumprimento das respectivas condições precedentes, incluindo a aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), a aquisição de 96,35% das ações de emissão da Siderúrgica Latino-Americana (Silat) pela sua controlada, Gerdau Aços Longos.

Em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa informa que a Silat está localizada em Caucaia, na região metropolitana de Fortaleza, Estado do Ceará e possui uma capacidade anual instalada de 600 mil toneladas de laminação de aços longos. “Com a transação, a Gerdau fortalece o seu posicionamento na região e reforça sua estratégia de atender melhor seus clientes no mercado nacional”, diz.

Exxon (EXXO34, R$ 50,48, -1,19%)

A Exxon Mobil, grande produtora norte-americana de petróleo, disse na segunda que contabilizará uma baixa contábil de US$ 17 bilhões a 20 US$ bilhões de dólares em propriedades de gás natural, no maior “impairment” de sua história, e que reduzirá os gastos no ano que vem para o menor nível em 15 anos. A gigante do petróleo está sofrendo com os impactos da pandemia de Covid-19 sobre a demanda e os preços da energia.

A Exxon passará a se concentrar na Guiana, onde descobriu até 8 bilhões de barris de petróleo, em operações “offshore” no Brasil e no campo de petróleo da Bacia de Permian, disse a empresa.

Arco (NASDAQ: ARCE)

O Morgan Stanley divulgou uma nota comentando as metas da Arco Educação para o ano fiscal de 2021. A empresa espera aumentar em entre 20% e 25% o faturamento com mensalidades na comparação anual, abaixo da previsão do banco, de 31%, e partindo de uma base menor, de R$ 962 milhões.
Segundo o banco, a Arce decidiu divulgar previsões a partir de uma perspectiva conservadora quanto à velocidade da reabertura de escolas e aumento nas desistências de cursos acima da média, fatores influenciados pela pandemia.

A meta para margem Ebitda no ano fiscal de 2020 está em linha com a previsão do banco, que vê o objetivo como “alcançável”.

Os resultados no terceiro trimestre de 2020 em linha com suas expectativas. As despesas não recorrentes no período são consideradas altas pelo banco, de R$ 31 milhões, frente sua estimativa de R$ 26 milhões.

O Ebitda ajustado foi 9% superior a suas estimativas, e a receita líquida de R$ 29 milhões foi acima da expectativa do Morgan Stanley, de R$ 15 milhões. O destaque positivo foram os gastos administrativos gerais, beneficiados por sinergias com a Positivo e gastos menores com viagens.

O banco avalia que a concorrente Vasta oferece ações mais atrativas no momento. Comparativamente, o cenário de curto prazo da Arco parece mais complexo, devido a uma base de comparação mais difícil, que impõe crescimento mais lento, de entre 20% e 25%, incluindo aquisições e fusões.

O Morgan Stanley mantém recomendação dos papéis da Arco em equalweight (exposição em linha com a média do mercado), com preço-alvo de US$ 43,70, frente os US$ 43,75 de fechamento da véspera na Nasdaq.

(Com Agência Estado e informações da Reuters)

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Fonte: Infomoney Blog Epolitica

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