Registro Civil 2017: homens de 20 a 24 anos têm 11 vezes mais chances de morrer por causas externas do que as mulheres
Em 2017, ocorreram e foram registrados 2,87 milhões de nascimentos no país, crescimento de 2,6% frente a 2016. Os registros efetuados em anos posteriores ao do nascimento eram 2,7% do total, em 2017, contra 3,5% em 2016. Cresceu o percentual de filhos de mães com mais de 30 anos de idade: na faixa de 30 a 39 anos, a taxa foi de 23,4% para 32,2% e na faixa dos 40 anos ou mais de idade, de 2,2% para 2,9%.
O número de casamentos registrados caiu 2,3% em relação a 2016, apesar do aumento de 10% nas uniões homoafetivas, que representam 0,5% do total de registros.
Já os divórcios aumentaram 8,3% frente a 2016, com uma taxa geral de 2,48 divórcios para cada mil pessoas com 20 anos ou mais de idade no país. A maior proporção dos divórcios se deu entre famílias constituídas somente com filhos menores de idade (45,8%). O percentual de divórcios com guarda compartilhada dos filhos teve aumento significativo, passando de 16,9%, em 2016, para 20,9% em 2017.
Em 2017, 1,27 milhões de óbitos foram registrados, aumento de 0,23% frente a 2016. A maioria dos registros (59,3%) foi de pessoas de 65 anos ou mais de idade. Na faixa de 20 a 24 anos, as mortes por causas externas (homicídios, suicídios, acidentes de trânsito etc.) atingiram 11 vezes mais homens do que mulheres. De 2007 para 2017, a mortalidade por causas externas aumentou em 17 das 27 unidades da federação do país. As maiores altas foram em estados do Norte e do Nordeste: Ceará (144,1%), Sergipe (134,7%), Bahia (128,5%), Acre (121,8%), Tocantins (114,7%), Rio Grande do Norte (113,1%) e Piauí (111,8%).
A pesquisa completa e o material de apoio das Estatísticas do Registro Civil 2017 estão à direita desta página.
Nascimentos registrados aumentam, mas não recuperam perdas anteriores
Em 2017, 2.867.701 nascimentos ocorreram e foram registrados nos cartórios do Brasil. Em comparação com 2016, houve aumento de 2,6%, recuperando parte da queda de 5,1% ocorrida em 2016 frente a 2015. Ainda assim, o total de nascimentos registrados em 2017 foi menor que os totais registrados em 2014 e em 2015.
Entre as Unidades da Federação, somente o Rio Grande do Sul apresentou redução no número de nascimentos registrados em 2017 em relação a 2016 (-0,4%). Entre os demais estados, os que apresentaram os menores crescimentos foram: Pará (0,4%), Ceará (0,5%), Amapá (0,6%) e Mato Grosso (0,8%). Já os maiores crescimentos foram observados em: Sergipe (5,1%), Rondônia e Rio de Janeiro (5,8%), Espírito Santo (5,9%), Acre e Mato Grosso do Sul (6,3%) e Tocantins (9%).
Cresce o percentual de filhos de mães com mais de 30 anos de idade
Entre 2007 e 2017, o número de filhos com mães que tinham até 19 anos de idade na ocasião do parto passou de 20,22%, em 2007, para 15,95%, em 2017. Na mesma comparação, os filhos de mães do grupo de 20 a 29 anos de idade passaram de 54,1% para 48,98%; o de 30 a 39 anos passou de 23,4% para 32,2%; e o percentual de filhos de mães com 40 anos ou mais de idade passou de 2,2% para 2,9%.
Em dez anos, o número de óbitos por causas externas aumentou em 17 estados
Entre 2007 e 2017, analisando-se os registros de óbitos violentos em homens de 15 a 24 anos de idade por Unidade da Federação, houve aumentos em 17 das 27 unidades da federação. Os estados do Norte e Nordeste mostraram os maiores aumentos, com destaque para Ceará (144,1%), Sergipe (134,7%), Bahia (128,5%), Acre (121,8%), Tocantins (114,7%), Rio Grande do Norte (113,1%) e Piauí (111,8%). Por outro lado, houve quedas significativas no Paraná (-43,2%), Distrito Federal (-35%), São Paulo (-30,9%), Espírito Santo (-25,9%), Mato Grosso do Sul (-23,5%), Rio de Janeiro (-20,9%) e Rondônia (-19,3%).
Variação relativa do volume de óbitos registrados por causas externas (não naturais) no grupo de homens na faixa etária de 15 a 24 anos, segundo Unidades da Federação – Brasil – 2007/2017 |
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Paraná | -43,2 |
Distrito Federal | -35,0 |
São Paulo | -30,9 |
Espírito Santo | -25,9 |
Mato Grosso do Sul | -23,5 |
Rio de Janeiro | -20,9 |
Rondônia | -19,3 |
Minas Gerais | -9,9 |
Santa Catarina | -4,4 |
Mato Grosso | -3,3 |
Pernambuco | 16,6 |
Goiás | 20,1 |
Rio Grande do Sul | 22,8 |
Paraíba | 24,4 |
Amapá | 53,2 |
Maranhão | 71,7 |
Pará | 73,4 |
Alagoas | 73,5 |
Roraima | 80,0 |
Amazonas | 80,7 |
Piauí | 111,8 |
Rio Grande do Norte | 113,1 |
Tocantins | 114,7 |
Acre | 121,8 |
Bahia | 128,5 |
Sergipe | 134,7 |
Ceará | 144,1 |