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Em maio, setor de serviços fica estável (0,0%)

O volume de serviços no Brasil ficou estável (0,0%) em maio de 2019, na comparação com o mês anterior (série com ajuste sazonal), após ter avançado 0,5% em abril, quando interrompeu três taxas negativas seguidas (perda acumulada de 1,6%). Em relação a maio de 2018 (série sem ajuste), o volume de serviços avançou 4,8%, taxa mais elevada desde fevereiro de 2014 (7,0%).

O acumulado do ano cresceu 1,4%, com ganho de dinamismo frente aos acumulados até março (1,1%) e abril (0,6%). Já o acumulado nos últimos doze meses, ao passar de 0,4% em abril para 1,1% em maio de 2019, registrou o resultado mais intenso desde janeiro de 2015 (1,8%).

Em termos setoriais, quatro das cinco atividades cresceram em maio frente a abril, com destaque para o ramo de serviços de informação e comunicação (1,7%), que assinala a segunda taxa positiva seguida, com ganho acumulado de 2,6%.

Os demais avanços foram em outros serviços (2,6%), serviços profissionais, administrativos e complementares (0,7%) e serviços prestados às famílias (0,5%). Em contrapartida, os transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio, ao repetirem o resultado de abril (-0,6%), mostraram a única taxa negativa.

Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS). Consulte o material de apoio para mais informações.

Indicadores da Pesquisa Mensal de Serviços
Brasil – Maio de 2019
Período Variação (%)
Volume Receita Nominal
Maio 19 / Abril 19* 0,0 0,6
Maio 19 / Maio 18 4,8 9,2
Acumulado Janeiro-Maio 1,4 5,1
Acumulado nos Últimos 12 Meses 1,1 4,3
 Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria 
*série com ajuste sazonal

A evolução do índice de média móvel trimestral (série com ajuste sazonal) caiu 0,1% em maio frente a abril e manteve a trajetória descendente iniciada em janeiro de 2019. Entre os setores, transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-0,3%) assinalou a única taxa negativa, mantendo, assim, o comportamento iniciado em novembro de 2018. Já os aumentos vieram dos setores de serviços prestados às famílias (0,8%), de outros serviços (0,6%), de serviços profissionais, administrativos e complementares (0,4%) e de serviços de informação e comunicação (0,3%).

Em relação a maio de 2018, o volume de serviços avançou 4,8%, com expansão em todas as cinco atividades e em 56,6% dos 166 tipos de serviços investigados. Entre as atividades, os ramos de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (5,7%) e de serviços de informação e comunicação (4,7%) exerceram as contribuições positivas mais relevantes desse mês, impulsionados, em grande medida, pelo aumento na receita das empresas de transporte rodoviário de carga, no primeiro setor; e de portais, provedores de conteúdo e outros serviços de informação na Internet, consultoria em tecnologia da informação e desenvolvimento e licenciamento de programas de computador customizáveis, no último. Vale destacar que o bom desempenho do segmento de transporte terrestre (10,1%) está diretamente atrelado à incidência da greve dos caminhoneiros em maio de 2018, na medida em que a interrupção do fluxo de mercadorias nas rodovias brasileiras provocou perdas importantes de receita das empresas que realizam os fretes.

Os demais avanços vieram de outros serviços (8,7%), de serviços prestados às famílias (6,4%) e de serviços profissionais, administrativos e complementares (1,8%).

No acumulado do ano, frente a igual período do ano anterior, o setor de serviços cresceu 1,4%, com expansão em três das cinco atividades de divulgação e em 51,2% dos 166 tipos de serviços investigados. Entre os setores, os serviços de informação e comunicação (3,4%) exerceram o principal impacto positivo, impulsionado, em grande parte, pelo aumento da receita das empresas que atuam nos segmentos de portais, provedores de conteúdo e outros serviços de informação na Internet, de desenvolvimento e licenciamento de programas de computador customizáveis e de consultoria em tecnologia da informação.

Os demais avanços vieram de serviços prestados às famílias (4,7%) e de outros serviços (3,9%). Em contrapartida, as influências negativas ficaram com os segmentos de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-0,9%) e de serviços profissionais, administrativos e complementares (-0,2%).

Pesquisa Mensal de Serviços
Indicadores do Volume de Serviços, segundo as atividades de divulgação
Maio 2019 – Variação (%)
Atividades de Divulgação Mês/Mês anterior (1) Mensal (2) Acumulado no ano (3) Últimos 12 meses (4)
MAR ABR MAI MAR ABR MAI JAN-MAR JAN-ABR JAN-MAI Até MAR Até ABR Até MAI
Volume de Serviços – Brasil -0,7 0,5 0,0 -2,3 -0,7 4,8 1,1 0,6 1,4 0,6 0,4 1,1
1. Serviços prestados às famílias 1,6 0,2 0,5 4,6 3,6 6,4 4,5 4,3 4,7 1,9 2,1 2,7
1.1 Serviços de alojamento e alimentação 1,7 -0,7 0,3 6,0 2,2 5,6 5,3 4,5 4,7 2,6 2,6 3,1
1.2 Outros serviços prestados às famílias 1,2 4,2 2,0 -2,7 11,8 10,8 0,0 2,8 4,4 -2,0 -0,8 0,4
2. Serviços de informação e comunicação -1,6 0,9 1,7 0,7 2,1 4,7 3,3 3,0 3,4 1,3 1,6 2,1
2.1 Serviços de tecnologia da informação e comunicação (TIC) -0,6 -0,1 1,9 1,8 3,1 5,8 4,5 4,1 4,5 2,2 2,5 3,2
2.1.1 Telecomunicações -1,3 0,2 0,1 -1,4 -1,3 -1,2 0,3 -0,1 -0,3 -1,0 -0,8 -0,5
2.1.2 Serviços de tecnologia da informação -1,6 0,8 5,4 8,5 13,1 21,3 13,9 13,7 15,3 9,2 9,8 11,0
2.2 Serviços audiovisuais 0,0 1,0 -0,1 -7,0 -3,9 -2,3 -4,3 -4,2 -3,8 -4,2 -4,6 -4,8
3. Serviços profissionais, administrativos e complementares 0,2 0,2 0,7 -2,7 -0,7 1,8 -0,7 -0,7 -0,2 -1,4 -1,6 -1,2
3.1 Serviços técnico-profissionais -0,4 0,4 -1,0 -3,8 3,0 -1,5 -0,7 0,3 -0,1 -0,9 -1,2 -1,5
3.2 Serviços administrativos e complementares -1,3 2,2 0,6 -2,3 -2,0 3,0 -0,7 -1,0 -0,2 -1,5 -1,7 -1,1
4. Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio 0,3 -0,6 -0,6 -7,2 -5,0 5,7 -1,6 -2,5 -0,9 0,5 -0,2 0,9
4.1 Transporte terrestre -2,2 -1,0 -0,6 -6,5 -3,1 10,1 -0,8 -1,4 0,8 1,5 0,8 2,5
4.2 Transporte aquaviário -1,7 0,6 1,9 0,8 -1,8 3,3 2,5 1,4 1,8 -2,0 -1,5 -0,7
4.3 Transporte aéreo 8,7 -10,1 10,9 -8,7 -18,0 -3,6 2,0 -3,5 -3,5 7,7 5,4 4,3
4.4 Armazenagem, serviços auxiliares aos transportes e correio 1,7 0,1 0,0 -9,9 -5,1 2,4 -4,8 -4,9 -3,4 -2,4 -3,1 -2,4
5. Outros serviços -0,1 -0,8 2,6 -1,2 1,0 8,7 3,2 2,7 3,9 2,2 1,6 2,5
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria  
(1) Base: mês imediatamente anterior – com ajuste sazonal
(2) Base: igual mês do ano anterior
(3) Base: igual período do ano anterior
(4) Base: 12 meses anteriores

Resultados Regionais

Regionalmente, no confronto de maio contra abril de 2019 (série com ajuste), houve equilíbrio de taxas negativas (13) e positivas (12) entre as 27 unidades da federação, que registrou ainda duas estabilidades no volume de serviços, mesmo resultado observado no nível nacional (0,0%).

Entre os locais que apontaram resultados negativos, destaque para Mato Grosso (-4,9%) e Bahia (-1,9%), com ambos eliminando integralmente o avanço registrado em abril (2,1% e 0,5%, respectivamente). Em contrapartida, os principais resultados positivos em termos regionais vieram de São Paulo (1,3%), do Rio de Janeiro (0,9%) e de Santa Catarina (2,3%), com o primeiro acumulando ganho de 1,6% no período abril-maio; e os dois últimos alcançando a terceira taxa positiva seguida.

Na comparação com maio de 2018, o avanço do volume de serviços no Brasil (4,8%) foi acompanhado por 18 das 27 unidades da federação. A principal contribuição positiva ficou com São Paulo (8,3%), que teve todos os cinco setores pesquisados mostrando crescimento no volume de serviços, com destaque para: informação e comunicação (15,4%) e transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (4,4%). Vale citar ainda os avanços vindos de Minas Gerais (5,0%), de Santa Catarina (11,7%) e do Paraná (5,5%).

Por outro lado, a influência negativa mais importante veio do Rio de Janeiro (-3,0%), pressionado, exclusivamente, por apenas uma das cinco atividades investigadas: informação e comunicação (-13,7%).

No acumulado de janeiro a maio de 2019, frente a igual período do ano anterior, o avanço do volume de serviços no Brasil (1,4%) se deu de forma concentrada entre os locais investigados, já que apenas 10 das 27 unidades da federação também mostraram expansão na receita real de serviços. O principal impacto positivo em termos regionais ocorreu em São Paulo (4,9%), seguido por Santa Catarina (4,2%) e Minas Gerais (1,4%). Por outro lado, Rio de Janeiro (-4,4%) registrou a influência negativa mais relevante.

Agregado especial de atividades turísticas

Em maio de 2019, o índice de atividades turísticas subiu 1,6% frente ao mês anterior, após recuar 1,3% em abril. Regionalmente, onze das doze unidades da federação acompanharam este movimento de crescimento, com destaque para os avanços vindos de São Paulo (2,1%), seguido por Rio de Janeiro (2,1%), Minas Gerais (3,3%), Bahia (5,1%) e Ceará (7,5%). O único resultado negativo veio do Paraná (-1,2%).

Na comparação maio de 2019 contra maio de 2018, o volume de atividades turísticas no Brasil cresceu 5,1%, impulsionado, principalmente, pelo aumento de receita das empresas de locação de automóveis e de hotéis. Em sentido oposto, o segmento de transporte aéreo de passageiros apontou a principal influência negativa sobre a atividade turística. Em termos regionais, nove das doze unidades da federação investigadas mostraram crescimento nos serviços voltados ao turismo, com destaque para São Paulo (8,4%). Já os impactos negativos mais importantes vieram do Distrito Federal (-6,6%) e de Santa Catarina (-4,8%).

No indicador acumulado no ano, o agregado especial de atividades turísticas cresceu 3,2% frente a igual período do ano passado, impulsionado, sobretudo, pelos ramos de hotéis, de locação de automóveis e de serviços de catering, bufê e outros serviços de comida preparada. Em sentido oposto, o principal impacto negativo ficou com o segmento de transporte aéreo de passageiros. Regionalmente, sete dos doze locais investigados também registraram taxas positivas, com destaque para São Paulo (8,6%), seguido por Ceará (9,9%). Por outro lado, Distrito Federal (-6,2%) e Santa Catarina (-5,3%) assinalaram as principais influências negativas no acumulado do ano para as atividades turísticas.

Fonte: IBGE

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