MUNDO CORPORATIVO

Compliance nas empresas – Redução de riscos e de custos?

No mercado já existem muitas empresas que prestam esse tipo de serviço, mas naturalmente que os profissionais da empresa serão envolvidos nesse processo.

As empresas de auditoria já prestam esse tipo de serviço com relação às atividades de analisar se os controles internos estão sendo cumpridos de forma adequada e se estão em linha com as normas e os procedimentos internos.

Nós, da Simionato, já desenvolvemos diversas ferramentas e metodologias de trabalho, não só para verificar se o sistema de “Compliance” está funcionando, mas também analisando o desenvolvimento de estruturas de “Compliance”, adaptadas às necessidades do cliente.

O nosso CEO Hailton Simionato é um dos grandes incentivadores da adoção de práticas de “Compliance” efetivas e que resultem em resultados positivos, e, nesse sentido, fizemos a nossa lição de casa que resultou, em dezembro de 2017, na certificação da Simionato como empresa cidadã, por ter alcançado alto nível de qualidade das informações contábeis e socioambientais.

 

  1. Infoeconomico: E como a empresa identifica os riscos a que está exposta?

Sergio Luiz:  Primeiramente, é necessário entender o que é um risco operacional ou corporativo. Os riscos que uma determinada empresa está exposta, normalmente, se relaciona com a natureza do seu negócio, e podem ocorrer por ações internas ou externas.

O acontecimento de um risco sempre poderá representar perdas de ativos ou aumento de passivos. Cabe ressaltar, ainda, que esses ativos podem ser tangíveis ou intangíveis (imagem da marca).

A identificação dos riscos deve partir primeiramente do mapeamento das atividades e dos processos que são executados nas empresas, com a conexão com os eventos externos que de alguma forma podem influenciar no negócio.

Sem o mapeamento das atividades e dos processos, diversos riscos podem não ser identificados, pois na maioria das vezes estão relacionados com a execução de uma atividade incorreta não devidamente monitorada.

Por exemplo, uma empresa cujos os estoques de materiais que não tenham prazo de validade está muito menos exposta aos riscos de perda por obsolescência do que uma empresa cujos materiais têm prazo de validade. Contudo, isso não significa que por não ter prazo de validade ela não está exposta a esse risco.

“Definir normas, procedimentos internos e estruturar os controles internos não é atribuição de uma única pessoa, devendo envolver profissionais de TI, consultores jurídicos, profissionais da área contábil, financeira, recursos humanos, qualidade e os auditores externos.”

  1. Infoeconomico: No exemplo que o senhor citou, não seria perda tempo a empresa ficar monitorando os estoques que não tenham prazo de validade, ao invés de se focar em outras áreas?

Sergio Luiz:  Ai é que está o ponto da análise de risco. Essa visão não pode ser tão simplista assim, pois esse material pode não ter prazo de validade, mas pode se tornar obsoleto em virtude de aparecem outros com novas tecnologias, a custos de aquisição bem inferiores, ou até mesmo o produto que utiliza esse material em questão ser descontinuado. Portanto, a análise do risco é bem mais complexa.

Implantar estruturas eficientes deve, sobretudo, resguardar a empresa de todos os riscos que de alguma forma possam comprometer a gestão do negócio e até a imagem da empresa perante o mercado.

  1. Info Econômico: Então, de acordo com o que senhor diz, as práticas de “Compliance” também têm como objetivo resguardar a imagem da empresa?

Sergio Luiz: Sem dúvida. Muitos dos riscos a que as empresas estão expostas podem comprometer a imagem da empresa. Atualmente, temos visto constantemente na mídia o nome de empresas envolvidas em fraudes e corrupção, o que naturalmente causará uma imagem negativa, podendo acarretar o desinteresse dos consumidores em adquirir produtos ou serviços desta empresa, além é claro dos processos judiciais que naturalmente acarretarão em desembolsos financeiros.

Nós, inclusive, já contamos com especialista (Cláudio Sodera) na área de “forensic investigation”, e posso afirmar que são encontradas muitas informações que para os sócios da empresa eram totalmente desconhecidas.

Temos em nossa equipe especialistas em Data Science e Forensic Investigation, aonde com técnicas forenses, estes profissionais colhem informações que são usadas para dar suporte a processos de natureza criminal ou qualquer outro processo que haja conflito de interesses dentro das corporações. Hoje o “head” desta área é o senhor Cláudio Soldera, profissional com mais de 30 anos de experiência em TI, tendo executado análises em corporações investigadas na Lava Jato, Zelotes, e outras ações, que por sigilo profissional não podemos citar.

  1. Info Econômico: Que tipo de informações?

Sergio Luiz: Muitas das informações encontradas usando as técnica forenses, são dados de pontos chaves e provas para elucidar os processos. Seja ele de origem criminal ou o que mais temos nas empresas, fraudes praticadas pelos colaboradores. Também temos casos nos processos de Due Diligence que colaboradores internos ou externos tem participações em outras empresas ou até mesmo respondem a processos na justiça.

One thought on “Compliance nas empresas – Redução de riscos e de custos?

  • Carlos

    Achei muito interessante a matéria, poderiam pensar em colocar um artigo ou entrevista de como a empresa pode formalizar isso tudo.

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